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A INFORMAÇÃO NAS EMERGÊNCIAS

A informação bem-estruturada, com objetividade, é a pedra angular para interpretar aspectos subjetivos, costurar ideias e operar um conjunto de iniciativas com proatividade.

A informação em emergências precisa ser substancial e bem delineada para que se possa fazer os encaixes da figura (a cena) que se quer transmitir por meio das palavras e que seja possível ver o outro lugar e entender os princípios para as ações de resposta, e assimilar.

O conhecimento sobre determinado assunto requer que se possa obter a informação bem orientada. Por outro lado, se a informação estiver fragmentada poderá ser interpretada a partir dos retalhos e, com isso não possibilitar que o destinatário chegue ao conhecimento.

Outro aspecto essencial a respeito da informação é estabelecer parâmetros conceituais para definir a terminologia a ser adotada, pois para transmitir o sentido exato do que se pretende informar há que se conhecer com precisão a nomenclatura estruturante.

Por exemplo, na Química, a nomenclatura estruturante de uma substância orgânica é feita a partir de uma série de elementos que identificam as características da sua fórmula estrutural, então para construir o nome de um composto, há que:

1.       Determinar a cadeia principal; aquela com o maior número de carbonos, radicais, insaturação e carbono ligado ao grupo funcional.

2.       Numerar a cadeia principal, a partir do carbono de uma extremidade

3.       Identificar as ramificações

4.      Construir o nome, seguindo a ordem prefixo, infixo, sufixo, localizadores, prefixos multiplicativos e nomes dos demais ligantes.

Prefixo: relacionado ao número de carbonos da cadeia principal

Infixo: relacionado ao tipo de ligações entre os carbonos da cadeia

Sufixo: referente à função orgânica do composto

Localizadores: indicam a posição e o nome das ramificações presentes na estrutura

Prefixos multiplicativos: indicam a quantidade de ramificações iguais

Nomes dos demais ligantes: indicam os demais ligantes da estrutura

A informação em emergências é, portanto, um aspecto crucial como em qualquer processo de construção do conhecimento. Se considerarmos que a comunicação é per se um aspecto complexo, mesmo em condições favoráveis, há que se considerar que diante de emergências os fatores, como regra geral, não estarão pré-definidos para garantir o nível de acerto no repasse do que se estiver a informar com vista a tomada de decisões críticas.

Portanto, para que a informação seja consistente é necessário antes se obter o conhecimento abrangente sobre a natureza do evento e seus possíveis desdobramentos.

É essencial conhecer as fórmulas para montar o quebra-cabeça e permitir, do outro lado, o receptor possa enxergar e projetar (planejar) as ações de controle da emergência.


A REGRA DE NOMENCLATURA DA QUÍMICA SE APLICA À SEGURANÇA.

O conhecimento sobre como erigir um local de trabalho seguro, depende de métodos operacionais eficazes, que podem ser aprendidos por meio de cursos online individualizados, em vez de estarem os colaboradores a aguardar que um gestor lhes traga uma solução genericamente idealizada. As disciplinas “segurança” e “emergência” estão respectivamente afetas a Engenharia e Sociologia, e cada uma têm seus vocábulos próprios, por meio dos quais é especificamente construído o conhecimento.


Para melhorar a segurança no local de trabalho, não basta saber quem foi o infrator, quem foi a vítima, e se houve ou não intencionalidade, negligência ou imperícia, por exemplo.

 

Essas informações não agregarão valor e contribuirão para dissolver a confiança enquanto tende a aumentar o cinismo, afastando o interesse pela melhoria do fator humano e do entusiasmo pelo conhecimento e perder o rumo da “sabedoria” – aquele que é o maior objetivo e que norteia a razão de caminhar em direção à melhores práticas, em que todos os envolvido, investidores, colaboradores e, de forma geral a sociedade, se beneficiam

A informação mal orientada, fragmentada, em vez de incorporar grandeza e inspirar melhores performances individuais provoca no conjunto de trabalhadores a humilhação. A vexação pode ser considerada como a força motriz que deteriora as relações sociais no local de trabalho.


Já, a informação consistente que descreve uma atitude segura, da mesma forma, quando se faz o alerta para uma ação insegura é a melhor resposta, mas precisa ser ágil e honesta.


Punir a ação insegura é um método em desuso. Porém tradicionalmente os gestores ainda estejam a enxergar nesse tipo de gestão de pessoas algum benefício; isso não produz nada, além de vícios. As informações proativas devem substituir as reativas. As técnicas programáticas devem substituir as pragmáticas para contribuir com o desenvolvimento de parâmetros virtuosos que servem como incentivo para que todos contribuam.


As ações positivas e proativas precisam ser recompensadas no ato, ou seja, não devem seguir o rito antiquado e ineficaz de aguardar até um dia de festividades, como a SIPAT, em que são os superiores a receber os afagados das lideranças.

Acidentes e incidentes são de naturezas díspares, mas podem estar relacionados.


A informação leviana, com simplificações linguísticas, como hesitar ao descrever um evento que não reflitam com propriedade o corrido, apenas servirá para complicar os processos.


Os relatos consistentes são fundamentais para descomplicar o ambiente empresarial.


Com tecnologia da informação em rede é possível monitorizar os trabalhadores e distribuir elogios imediatos, prestando tributo ao merecedor e não ao algoz, ou então aos contumazes inspetores carrancudos por serem eles os exclusivos senhores da segurança.


Comunicação pode ser a transmissão da ideia de uma mente para outra, com compreensão.

A informação acurada deve diferenciar um evento de outro, em benefício da eficácia.


O padrão profissional dos telecomunicadores em emergências pressupõe a competência para receber chamadas, classificar a queixa e enviar recursos; se apresentar e identificar quem está chamando; ouvir o que a pessoa tem a dizer; proceder com o inquérito inicial para conduzir a realidade do que estiver sendo transmitido.

O atendente precisa entoar a voz e repassar segurança na forma de expressar, auxiliando o chamador a controlar suas emoções ao longo da comunicação em emergência.


São também requisitos, expressar de forma clara, não acelerar nem cortar palavras, estar consciente de que a qualidade estará consignada à voz que transmite profissionalismo.


Esses elementos da comunicação personalizam o centro de telecomunicações de emergências e estabelecem o padrão de conduta e qualidade dos serviços prestados.

A habilidade de comunicar do controlador de emergências inclui escrever, ler, falar e ouvir.


A coleta de dados, análises e compartilhamento dos resultados requerem equipamentos, especiais e técnicas de telecomunicações em emergências. Essas exigências são essenciais para obter os benefícios da integração com cruzamento de dados nas investigações.

A estrutura organizacional de um centro de telecomunicações em emergências é a pedra angular do sistema, encetando desafios com níveis de complexidades que somente são possíveis de destramar empregando tecnologias de comunicações com interoperabilidade.

Qualquer falha tem potencial de disseminar medidas inadequadas que podem ser comparadas a uma torre de aeroporto, onde a eficiência nas comunicações é crucial.

O estresse crítico do atendente é evitado ao não assimilar o sofrimento dos chamadores. 

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