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LIDERANÇAS NA SEGURANÇA PRIVADA

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 23 de jan.
  • 8 min de leitura

Existem dúvidas sobre a preparação dos agentes da segurança privada nos desastres.

As investigações focaram os diferentes cenários sociais dos clientes da segurança privada, como hospitais, escolas, condomínios verticais e horizontais, creches, shopping centers, aeroportos, portos, intermodais e até cemitérios, apenas para citar alguns. A lista é imensa.


Com base na análise de registros e relatos de testemunhas nos EUA, os investigadores concluíram que as falhas dos agentes da segurança privada nas respostas a desastres se dão por erros no plano estratégico e na má qualificação das lideranças e dos agentes.


Um aspecto que chamou atenção dos analistas é o despreparo do público-alvo que os agentes são designados a proteger. Ou seja, quanto mais despreparadas são as pessoas sob a guarda de segurança privada, maior é a necessidade de qualificar os agentes, tanto para respostas funcionais específicas do dia a dia, como multifuncionais diante de desastres.

O profissional da segurança privada designado para colégios ou creches precisa de uma qualificação diferente dos agentes que fazem a segurança nas instituições bancárias ou de transportadoras de valores, também é muito diferente a segurança em shopping centers.


A formação dos agentes tem muito a ver com os níveis de preparação do público-alvo para que as pessoas saibam, pelo menos, seguir as táticas em emergências de causas naturais.


É lícito lembrar que a falha no controle de emergências de grandes magnitudes é que produz os desastres, suscitando a integração de recursos direcionados à recuperação.


Então, a educação corporativa precisa distinguir a função dos agentes, associando aos níveis de vulnerabilidade de seus clientes. Neste aspecto, é essencial que a formação seja ampla e abrangente para incluir as medidas de recuperação.


Desastres, pela natureza expansiva, têm potencial de atingir tanto os agentes, como os clientes, indivíduos e famílias da comunidade.


EDUCAÇÃO PÚBLICA PARA EMERGÊNCIAS

Existem diferentes métodos para educar pessoas vulneráveis, mas nenhum método é melhor que outros. A educação corporativa é uma ferramenta funcional, operacional e econômica que prepara também os líderes que precisam contribuir nas análises de riscos e recrutamento dos agentes. Idealmente os vulneráveis devem ser educados para desastres.


Pessoas treinadas podem proteger melhor a si mesmas e aos outros. Os programas educacionais JGE são abrangentes, para que as pessoas enfrentem diferentes desafios.


Nesta visão geral, os artigos JGE estão direcionados à importância da educação pública e da formação técnica dos líderes com prevalência na disciplina Gestão de Emergências.


O JGE estimula a pesquisa na Ciência das Emergências, que é de máxima relevância.


CIÊNCIA DAS EMERGÊNCIAS

A gestão de emergências é uma disciplina que interage com matérias de outras ciências e segue ritos e padrões metodológicos que incluem o Método Indutivo, Dedutivo, Hipotético-Dedutivo e Dialético específicos das ciências sociais.


Devido à dificuldade em se ter objetividade nas investigações conduzidas em ciências sociais, ocorre como consequência aquele debate técnico sobre como controlar as variáveis em um ambiente social (do cliente) repleto de interferências externas (pelas comunidades).

É importante lembrar que as ciências sociais estudam os mais variados aspectos do comportamento humano e suas influências nas comunidades ou sociedade.


É importante ressaltar que as ciências humanas entram no cômputo dos fatores psicocomportamentais colocados em perspectiva em diversos artigos do JGE que contribuem para solução de problemas, com vista ao sucesso do setor da Segurança Privada, como planos de ação, de operações e de continuidade de negócios.


  • As habilidades analíticas para resolução de problemas – que podem incluir tomadas rápidas de decisões, são elementos essenciais e entram nas equações ao se avaliar as ameaças potenciais e ao se determinar como lidar com elas proativamente.

  • As habilidades de comunicação, são necessárias para articular planos e treinar funcionários das organizações que contratam serviços de Segurança Privada, para agirem diante de desafios antropogênicos (mais comuns), ou de causas naturais.

  • As habilidades de gestão de emergências são importantes porque qualquer organização pode estar em uma área atingida por impacto natural e, subitamente ter sua capacidade operacional limitada ou ser impedida de funcionar normalmente. Muitas vezes, o início de um evento climático pode ser rápido de tal forma a dar pouco tempo para que seja possível adaptar as rotinas às ações de controle. O professor Sérgio Jatobá, consultor JGE para formação de Forças Especiais, acrescenta que “o momento para organizar sistemas operacionais deve ser com muita antecedência, ou seja, muito antes de ser atingido.”

  • As habilidades para implementar defesas precisam ser adquiridas e testadas à exaustão, para que seja possível flexibilizar mudanças ou reformas estruturais.


AS LIDERANÇAS NAS RESPOSTAS

Os agentes da segurança privada dependem de competências para assumir a liderança nas respostas, tanto no controle de emergências como na recuperação de desastres.

Quando diante de ameaças esses agentes estando treinados podem minimizar os danos, mas sem treino para assumir a liderança, os comandos tenderão a piorar os impactos.


O professor Jatobá reitera que: "organizações do setor de Segurança Privada precisam contar com líderes competentes para coordenar as respostas, tomando como base os fatores ambientais e organizacionais na cena."


Instituir e manter um Programa Estratégico de Gestão de Emergências (PEGE) é fundamental para manter a prontidão e executar as ações de resposta que podem fazer toda a diferença. Ver: Estudos em Programas Estratégicos


Diferentes programas de Gestão de Emergências oferecidos no APP JGE, podem qualificar os líderes das empesas de segurança privada a fortalecer suas defesas; com o conhecimento para ajudar seus clientes a superarem os momentos de crise.


EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNICA

Reunir uma equipe é a principal responsabilidade de um líder. No centro de todos negócios bem-sucedidos tem a equipe unificada. Ver: Lideranças, Gestão e Transformações

Uma liderança forte pode ter um impacto positivo em um amplo espectro de setores, desta forma, quer trabalhem para promover uma causa ou para gerar receita, os membros eficazes da equipe de resposta se unem para atingir um objetivo comum.

Para inspirar funcionários a atingirem as metas organizacionais e alcançarem o crescimento (segundo estudos nesse âmbito), os líderes devem exibir cinco qualidades fundamentais:

  • Comunicação eficaz

  • Interesse e convicção

  • Determinação

  • Conexão individual com os agentes

  • Comprometimento com a construção de equipes


As lideranças das empresas de segurança privada e seus gestores intermediando a relação com os agentes precisam ganhar a confiança e respeito de todos para alcançar o sucesso.

Os superiores podem incorporar tendências de lideranças tanto inatas como desenvolvidas.


FORMAÇÃO EM LIDERANÇA

O profissional interessado em liderar precisará obter a formação especializada.


Competências individuais e conhecimento empresarial contribuem para o sucesso de uma empresa. No entanto, um líder eficaz pode determinar se a empresa funciona bem e atinge suas metas. Líderes empresariais geralmente ocupam cargos na gestão, mas nem sempre.


Não é preciso ter autoridade para ser líder.

Em geral os líderes eficazes exibem estilos colaborativos ou de coaching, ajudando os agentes a desenvolverem o pensamento crítico e a capacidade para decisão rápida.

Os líderes normalmente têm facilidade de se expressar, e com isso, conseguem comunicar ideias com eloquência. Esse é um atributo individual que facilita cumprir as metas.


Líderes admirados preparam seus funcionários para assumir tarefas sozinhos e contribuir com suas ideias para o grupo. Esses líderes entendem o valor de seus funcionários e os incentivam a melhorar as técnicas para ter sucesso nas rotinas e nas emergências.


O que acontece sem liderança?

Sem ter uma liderança eficaz, a organização pode enfrentar uma miríade de dificuldades.


Sem a visão antecipada de um líder é mais comum ter falha estratégica nas operações.


Sem ter a visão abrangente de um líder é possível investir de forma errada na infraestrutura ou deixar de prever mudanças estratégicas no setor empresarial.


A falta de liderança eficaz em uma empresa pode resultar em relações ruins com os clientes e levar à perda de mercado. Pela falta de um líder competente, as organizações podem perder bons funcionários, devido à queda da confiança e moral dos funcionários.


A falta de liderança eficaz pode causar erosão na confiança dos acionistas. Se os líderes não exibirem qualidades administrativas e investirem no desenvolvimento dos membros de sua equipe, eles podem estar a construir a base de uma equipe incompetente.

ATRIBUTOS DE UM LÍDER

Os líderes eficazes inspiram trabalhadores a atingirem metas de crescimento. Eles se preocupam com objetivos de seus funcionários como parte das suas próprias metas.


Independentemente do setor público ou privado, os líderes devem se preocupar com o impacto de suas decisões em seus funcionários, clientes, pacientes, alunos e comunidades.

Embora as lideranças assumam diferentes formas em diferentes organizações, os líderes devem ter cinco qualidades essenciais:


1.       Comunicação eficaz

Líderes precisam se comunicar de várias maneiras com seus pares. Os líderes devem garantir que sua comunicação verbal seja clara, concisa e respeitosa o tempo todo. Eles também devem aproveitar a comunicação bem-escrita para transmitir mensagens importantes. A comunicação não-verbal pode ser tão importante quanto a comunicação verbal e escrita. Líderes sabem que a comunicação flui nos dois sentidos: ouvir é essencial.


2.       Interesse e convicção

Demonstrar interesse por um projeto ou objetivo da equipe é atributo de liderança. Se os líderes têm convicção das suas decisões, os liderados ficam mais confiantes em seguir diretrizes. Por exemplo, os líderes das ONGs devem demonstrar interesse pela educação e bem-estar as comunidades que atendem. Líderes compartilham as convicções.


3.       Determinação

A liderança tem que ter determinação quando postulam a solução de problemas e tomadas de decisão. Por exemplo, um líder que trabalha no setor da Saúde precisa solucionar problemas de forma rápida, pois estará em pauta o bem-estar dos pacientes. Quando os líderes agem de forma decisiva, eles demonstram a coerência de suas determinações. Os liderados respeitam os líderes que respondem a desafios de forma rápida e eficaz.


4.       Conexão individual com os funcionários

Conectar com os funcionários individualmente pode sinalizar a qualificação dos líderes. Os funcionários não apreciam engrenagens sem face e funcionam melhor quando se conectam com seus colegas e adquirem confiança nas lideranças. A construção de confiança se dá por meio dos relacionamentos sutis que tendem a estimular a vontade de atuar de forma bem-definida para atingir a objetivos específicos.


5.       Construção das equipes

Uma extensão da confiança nos relacionamentos é a construção de equipes. Os líderes podem investir no desenvolvimento de suas equipes promovendo treinos e organizando eventos que envolvam familiares. Com esses relacionamentos sociais conseguem melhorar ainda mais a ética de trabalho, e fomentar a importância das habilidades de uma equipe.


Os líderes bem-sucedidos cultivam um ambiente saudável promovendo a integração dos liderados que contribui para os vínculos que são a essência para a equipe atingir metas.


PRÓXIMA GERAÇÃO DAS LIDERANÇAS

Na medida em que o mundo está cada vez mais interconectado, a cada dia há mudanças que transformam as ameaças socioambientais. As interações entre os ambientes sociais e ambientais estão a aumentar a complexidade dos riscos, exigindo dos agentes da Segurança Privada uma constante atualização de conhecimentos e habilidades que não podem ser alcançadas pelos antigos métodos de ensino e práticas seiscentistas – aquelas dos colégios e escolas tradicionais.  


Este novo terreno impacta as práticas do setor de Segurança Privada, exigindo que as lideranças possam acompanhar as exigências de seus clientes, como para aumentar a grade de contratantes, hoje e no futuro. Portanto, é importante explorar quais bases são necessárias para que os agentes evoluam em suas competências na mesma velocidade dos desafios que se apresentam às empresas do setor.


Essa geração de agentes da Segurança Privada já está diante da necessidade de ser auto programável. A qualificação deve acompanhar as exigências baseada em valores flexíveis, ou seja, capaz de se adaptar aos modelos culturais que se alteram rapidamente em curtos ciclos políticos no âmbito nacional que está diretamente envolvido com o internacional.

As instruções técnicas assim como as condutas pessoais não são mais duradouras como eram há menos de uma década. Agora se torna necessário a empresa de segurança privada ser flexível em inúmeros aspectos. As lideranças precisam identificar onde obter as melhores e mais confiáveis fontes de informações para alinhar a conduta da empresa de segurança privada com as particularidades de costumes e hábitos procedimentais de seus clientes, enquanto evolui com a sociedade envolvente.


Um exame dos fatores das mudanças (algures) permitirá compreender as competências necessárias para a prática bem-sucedida dos agentes da segurança privada. As habilidades são caracterizadas como “... a aprendizagem coletiva na organização ... ao contrário dos ativos físicos, que se deterioram com o tempo, as competências são aprimoradas à medida que são aplicadas e compartilhadas”.


As competências aprendidas e ensinadas são usadas de várias maneiras. Mais comumente, são para desenvolver a aprendizagem dos alunos para treino e educação e, com isso viabilizam a transparência do desempenho dos agentes nas interações sociais do trabalho.

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