TEM A SEGURANÇA PRIVADA ALGO A VER COM DESASTRES?
- Randal Fonseca
- 8 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de jan.
Desastres naturais têm provocado graves perturbações socioambientais com críticos reflexos na economia regional a exemplo do que atingiu regiões do Rio Grande do Sul.

EMERGÊNCIAS E DESASTRES
É notório que os fenômenos socioambientais estão aumentando em todo o mundo.
Neste contexto, somente adquirindo conhecimento e habilidades será possível utilizar os benefícios das tecnologias e métodos para melhorar as ações de prevenção, mitigação e resposta, para reduzir o sofrimento e os custos da recuperação de desastres acrescidos pelo tipo de "calvário" a ser percorrido para conseguir acesso aos créditos-financiamentos.
As vulnerabilidades a desastres identificadas nas localidades poderiam ser tratadas ou pelo menos mitigadas, mas permanecem devido a falhas na educação e treino da população.

A qualificação dos gestores influencia os resultados da recuperação de desastres.
Há evidências de que a maioria das lesões, agravos de saúde e mortes poderiam ser evitados com medidas de preparação doméstica para desastres. A educação pública para desastres é mais eficaz quando as pessoas na comunidade integram esforços cooperados, antecipando medidas e coordenando o empenho de todos na recuperação de desastres.
Mas, como entender o que as empresas de segurança privada têm a ver com desastres?

TEM TUDO A VER
Antes de mais, os agentes da segurança privada são pais e mães de famílias, membros das comunidades, frequentadores de academias, praticantes de esportes e artes marciais, estimam seus animais, professam seus credos e são contratados com base nas habilidades e aptidões físicas e mentais, e na confiabilidade das condutas, caráter e discernimento.
CAPITAL HUMANO
Os agentes da segurança privada após serem contratados fazem juramento para proteger a vida, a propriedade e o meio ambiente, mantendo níveis de aptidão para socorrer pessoas vulneráveis e auxiliar seus colegas quando eles não puderem se cuidar de si mesmos.
Fica evidente que a segurança privada tem tudo a ver com desastres, porque o capital humano deste setor reúne níveis de excelência, tanto na resposta como na recuperação.

POLÍTICAS DE PREPARAÇÃO
As autoridades e os formuladores de políticas públicas voltadas a preparação pública para desastres, precisam concentrar no desenvolvimento de uma nova abordagem para persuadir as pessoas e darem saltos qualitativos na redução de riscos.
Programas de conscientização nas escolas auxiliam, não apenas a envolver crianças e jovens, mas também as famílias e, às vezes, principalmente, com foco nas pessoas vulneráveis.
O aumento dos danos causados por desastres climáticos, quando associados ao aumento da desigualdade de renda e baixo nível doméstico de prontidão, evidencia a necessidade as ações de preparação pública para desastres com exercícios simulados que treinam a remoção de pessoas para abrigos em ginásios poliesportivos, igrejas e escolas.

Os agentes da segurança privada ficam estrategicamente posicionados e o primeiro passo é em geral dado por eles. Por isso a educação para desastres é essencial para que indivíduos e famílias saibam a quem recorrer.
É importante que os gestores das empresas de segurança privada entendam como seus agentes podem (e devem) aprender como agir, desenvolvendo habilidades para rapidamente atender demandas da população atingida e gerenciar a segurança de todos, inclusive auxiliando os abrigados dentro das das estruturas oferecidas por instituições.
A SEGURANÇA PRIVADA NOS ABRIGOS
Durante as últimas décadas, alguns estudos indicaram que pessoas treinadas podem estar preparadas para desastres e responder com excelente nível de qualidade.
Ficou evidente que a educação pública para desastres não é apenas uma boa ideia, mas uma necessidade incontestável para que saibam que a segurança privada é uma ajuda.

Pessoas vulneráveis em 2005 tingidas pelos efeitos do furacão Katrina: Nova Orleans.
O OUTRO LADO
Alguns observadores confirmaram que a baixa conscientização, e a falta de percepção adequada dos riscos socioculturais durante as respostas, se somam às demais falhas na prontidão das pessoas, como por exemplo em aderir aos avisos, alertas e notificações, também nas habilidades para seguir as medidas de proteção pessoal.
Esses fatores aumentam as dificuldades de recuperar dos danos de desastres.
Disseminar informações sobre riscos e como desenvolver a capacidade de resposta implica em ter planos de preparação com treinos direcionados especificamente aos profissionais da segurança privada, para que aprendam a lidar com todas a circunstâncias e isso inclui as pessoas com necessidades especiais que são em muitos eventos os mais vulneráveis.

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