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DO BERÇO AO TÚMULO

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 13 de abr.
  • 3 min de leitura

A PREPARAÇÃO ANTES, DURANTE E APÓS

Os conceitos da Educação PARA Desastres e da Educação EM Desastres estão a confundir em vez de ajudar as políticas voltadas à redução de riscos de desastres.

A educação PARA desastres deve se envolver com cada detalhe das vulnerabilidades aos riscos de perigos, nas fases: “antes, durante e após impactos”. Já, as iniciativas direcionadas à educação EM desastres devem ir além da aprendizagem, dando ênfase a integração, cooperação e coordenação de recursos para reduzir os danos de desastres.


EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM

Educação formal, não formal e informal ensina apenas parte do que está implícito a aprender sobre preparação para desastres. Um conceito de política abrangente de aprendizagem ao longo da vida é problemático devido à natureza dinâmica e imprecisa, mas adaptável dos grupos sociais.


Esse conceito promove então a educação para desastre do “berço ao túmulo”, falhando, no entanto, em fornecer aquela precisão conceitual que abre a discussão política da Educação Pública, com ênfase na preparação das comunidades.

EDUCAÇÃO PÚBLICA

A política da preparação precisa ser direcionada a adequar tanto autoridades governamentais como os especialistas empresariais a seguirem um método de ensino direcionado a campanhas de conscientização, como também a formação específica dos agentes especiais.

Uma vez que a política de educação púbica para desastres, com foco na preparação, seja implementada e conte com a adesão das autoridades e dos especialistas, os participantes podem aprender de forma planejada a agir diante de ameaças, prevenindo que impactos cheguem provocar danos com dimensões de desastre, onde daí o foco será na recuperação e não mais na prevenção e controle de ameaças: duas etapas bem-diferentes.


CONSCIENTIZAÇÃO PÚBLICA

As campanhas de conscientização são projetadas para ouvir as opiniões e demandas da população abrangida e, com isso, trazer indivíduos e famílias para unir esforços cooperados, para estruturar o planejamento das ações iniciais, desde o berço até o túmulo.

Além da participação e engajamento popular, o método de ensino ao longo da vida pode incluir atividades que influenciem as decisões canônicas das autoridades e especialistas.


ENGAJAMENTO PÚBLICO

Algumas pesquisas já demonstraram que a participação e as abordagens de engajamento comunitário podem ser adequadas apenas para certos grupos sociais e atividades empresariais. Por exemplo, uma atividade que requeira a participação das famílias em uma localidade cuja cultura de engajamento é refratária, dificilmente terá sucesso.


Além disso, onde o livre envolvimento não é a norma, e a adesão a novas ideias para ações coordenadas não é uma opção realista, a política pública deverá iniciar o processo identificando o público-alvo na localidade que terá interesse e, qual outro público pode estar aberto a outras formas de aprendizado, por exemplo, direcionado a um cenário específico em vez de abrangente, devido a fatores crônicos que afligem as localidade.

DISCURSO POLÍTICO

As propostas efetivas de" abordagens participativas", com "engajamento do público" deverá ser diferente de promessas vazias, e os objetivos, dependendo do contexto, precisarão com efetividade ressaltar a importância de separar a “abrangência” das ações específicas e, pelo contrário focar em um “alcance profundo”, no qual as responsabilidades são detalhadas e compartilhadas entre especialistas e voluntários da comunidade.

Há pleno conhecimento que políticos buscam com suas promessas satisfazer o seu público com “alcance superficial”, no qual os especialistas instruem indivíduos e famílias separadamente, como se fosse possível reduzir vulnerabilidades aos impactos de desastres.


SOLUÇÕES ESCALÁVEIS

A educação pública se não puder ser ampla, pode oferecer uma graduação entre “alcance superficial” e “alcance profundo”, ambas iniciativas enquadram algum “ensino público”.

Alguns métodos dentro da escala gradativa podem satisfazer os objetivos se os aspectos “ativistas”, “experimentais” e “demonstrativos” forem bem-identificados na atividade.

A conceptualização da Educação PARA Desastres, por fim, alcança a meta de promover uma discussão e abordagens participativas baseadas nos contextos, chegando à finalidade precípua de reduzir os riscos dos desastres.


CONCLUSÃO

A educação pública para desastres, desde o berço até o túmulo, deve ser parte das políticas de redução de riscos. A presunção de estar seguro por contar com os serviços governamentais e obrigatoriedades empresariais legais, conduz à percepção errada de indivíduos e famílias. Uma vez estando conscientizado, todas as formas de alerta e avisos contribuem para estar preparado e atuar nas fases “antes, durante e após” impactos, sejam de causa naturais ou antropogênicas.

O momento de preparar para reduzir riscos de desastres é antes, muito antes.


NÃO ESPERE, FAÇA

É assim que as organizações do setor de Segurança Privada preparam os seus agentes.

Os programas de qualificação e treino focam as operações especiais de resgate. Os cursos direcionados aos profissionais tem o objetivo de ajudar o público-alvo de seus contratantes, mas vão além.


Esses agentes reconhecem a necessidade de levar para casa o conhecimento adquirido no âmbito de suas atividades, e os compartilham com seus familiares e outras pessoas.

Eles reduzem riscos antes, controlam impactos durante e, sem estresse, recuperam após.

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