top of page

EDUCAÇÃO CORPORATIVA PARA A SEGURANÇA PRIVADA

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 20 de mar.
  • 6 min de leitura

A Educação Corporativa JGE agrega valor aos agentes da segurança privada.

ree

A Educação Corporativa JGE agrega valor teórico-prático com a qualificação dos agentes que passam a ter níveis aguçados de percepção e a enxergar além do que está visível no campo.


BREVE HISTÓRICO

Desde a primeira década do século 20 as atividades nos setores produtivos passaram a gerir a segurança laboral tanto nos métodos operacionais como nas instalações industriais.


No entanto, ocupações civis realizadas em campo não receberam a atenção específica por falha nas estatísticas e recomendações técnicas que respaldam as leis e normas trabalhistas.


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) passou a promulgar diretrizes internacionais para que os países adotassem medidas que prevenissem o desgaste orgânico, males laborais e lesões no local de trabalho. Estudos sobre as mudanças nos padrões operacionais e de consumo revelavam que os riscos sociais e agravos na saúde estão associados aos costumes e atitudes.

ree

Revisões sistemáticas de segurança foram implementadas com vista a proteger a sociedade.


Setores da indústria e serviços que antes não entravam no foco das recomendações da OIT foram sendo arrolados na medida em que os sindicatos e as associações de classe chamavam a atenção das autoridades, e abriam processos jurídicos demandando reparações financeiras.


Dentre os estatutos, por falta de elementos regimentares, alguns regulamentos escaparam das prescrições legais. Exemplos podem ser tomados dos trabalhadores solitários, agentes da segurança privada, pesquisadores universitários, guias autônomos de turismo e seus auxiliares.

ree

Também há os que respondem a emergências estando ou não paramentados.


MUDANÇA DE PARADIGMA

A partir da década de 1960, foi adotado o vocábulo meio-ambiente, trazendo em seu significado semântico a responsabilidade pela preservação da natureza. Essa foi uma novidade conceitual de proporções impensáveis antes da missão espacial da Apolo 8 que, em 21 de dezembro de 1968, fotografou a Terra nascendo por trás da Lua: dando origem ao que se chama de o “Dia da Terra”.

ree

Essa visão modificou a forma de os cientistas avaliarem os ecossistemas, abrindo debates que estimularam percepções holísticas responsáveis por forjar conceitos, princípios, condutas e novas técnicas de produção e consumo. O tema suscitou diferentes tipos de formações acadêmicas e de especializações técnicas, tanto para estudar como para lidar com os fenômenos socioambientais.

ree

O número de atividades operacionais, jornalísticas e científicas realizadas em todos os ambientes cresceu rapidamente, mas paradoxalmente as legislações e métodos de proteção laboral não receberam tanta atenção da OIT ou dos sindicatos e associações, ficando cada grupo por si.


O PONTO DE DESENCONTRO

Enquanto as estatísticas e inspeções de rotinas trabalhistas seguem a apontar necessidade de melhorias e inovações de métodos e equipamentos de proteção individual e coletiva (EPI e EPC), pouco ou mesmo nada é dedicado à proteção dos trabalhadores solitários e da segurança privada.

ree

Embora diferentes abordagens tenham colocado em perspectiva a proteção ambiental, ao se examinar as ementas dos cursos de segurança do trabalho nada existe em preparar os formandos em termos de plano estratégico de resposta a emergências e desastres nas atividades de campo.


O CULTO AO HERÓI

Ao se examinar elementos da cultura relativamente a atividades profissionais em campo, é possível perceber uma forte associação das iniciativas com o mito do herói. Algo que coloca o trabalhador científico alinhado a abnegados, como Charles Darwin. Aqueles cientistas e técnicos apaixonados por “aventuras” que saem dos laboratórios e auditórios para estarem por conta própria, como faziam os descobridores, sem o amparo da Segurança do Trabalho do século 20.

ree

A DESPEITO DA SEGURANÇA

O conceito é que os preparativos de segurança podem prevenir eventos indesejáveis, mas quando ocorrem a justificativa é ter sido por “falha da segurança”. Essa é uma visão com data vencida, pois uma realidade perturbadora está comprovada: emergências e desastres ocorrem a despeito e à revelia de toda segurança, e por isso há que estar preparado.


A preparação é uma etapa da disciplina Gestão de Emergências que não é parte das ementas da Medicina Laboral ou da Engenharia do Trabalho. Sem as provisões desse conjunto de saberes, os agentes da segurança quando diante de emergências são instados a improvisar soluções, com tentativas e erros, em que a realidade mostra terem ocorrido muitos erros por tentativa.


Dois aspectos se apresentam: o primeiro é qualificar os agentes da segurança privada com habilidades para tomarem decisões com os melhores níveis de assertividade.

O segundo é formar os agentes da segurança privada para preparar um conjunto de estratégias desenvolvendo, ou pelo menos seguindo um plano de ações em emergências já existente.


PLANOS DE AÇÃO EM EMERGÊNCIAS

Como resultado de avaliações dos Planos de Ação em Emergência (PAE) e seus desdobramentos foi possível constatar que a imensa maioria dos planos trata da evacuação de áreas. Essa ordenança, geralmente com a finalidade de “cumprir-tabela”, não atende a uma miríade de ameaças impostas aos agentes da segurança privada.


Portanto, o PAE precisa ser abrangente e antecipar alterações operacionais, equipamentos, técnicas, treinos, simulados, avaliação de desempenho individual e em equipes, bem como aferir resultados em função dos objetivos.

ree

Concordando que os planos de ação em emergências têm sido documentos para satisfazer exigências normativas e legais, é possível concluir que a falha primordial está na inexistência de um Programa Estratégico de Gestão para operar o Sistema de Coordenação e Comando (SCC).


ETAPAS DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

Mitigação. Formular o paradigma geral que permite avaliar e analisar o ajuste humano em quaisquer ambientes e sob quaisquer ameaças aos riscos extremos e peculiaridades culturais.


Preparação. É a reflexão profunda do gestor sobre vulnerabilidade aos riscos decorrentes dos perigos de todos os tipos e magnitudes.


Resposta. É o tema central (núcleo duro) da gestão de emergências que estabelece parâmetros para controlar as diferentes magnitudes de impactos, dimensionando a resposta necessária.


Recuperação. É uma ação de curto e de longo prazo que permite avaliar como os impactos relacionados a cultura e considerando aspectos da sociologia, história, geografia, economia, filosofia, direito, administração pública e outras disciplinas das ciências Humanas e Sociais.


A reformulação geral e ajustes ao impacto é definido como mitigação pós-recuperação ou como “irmã gêmea” da etapa de preparação.

ree

MÉTODOS DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS


Ensino e aprendizado. Envolvidos estando integrados ao Sistema Coordenação e Comando.


Planejamento estratégico. Considera que o Programa da Gestão se dá segundo as situações. Cada ação provisionada é testada designando as atribuições das equipes para cada cenário potencial.  


Iniciar logo. O Programa Estratégico de Gestão Emergências (PEGE) é perene e precisa começar imediatamente, considerando sempre que mais de uma agência responderá ao impacto.


Prática continuada. Os treinos e simulações conjuntas com outras agências, consideram as vulnerabilidades aos riscos, para desenvolver as habilidades de respostas na media exata.


Outorga de autoridade excepcional. Os planejadores precisam entender o significado jurídico da autoridade outorgada durante o período de excepcionalidade. Este aspecto legal é parte sensível da gestão que implica a coordenação de comandos unificados.


Composição dos recursos. Cada plano deve descrever e identificar a origem dos recursos e componentes-chaves dos esforços conjuntos cooperados e coordenados com flexibilidade.


Treino. Os atores deverão demonstrar as competências dento do conceito do Sistema de Coordenação e Comando para alcançar o objetivo do impacto.


Planos e exercícios baseados e cenários. A gestão de emergências aprimora a eficácia das ações eliminando duplicidade de esforços e reduzindo a duração das operações, reduzindo os custos.


Experiência. Esforços cooperados seguem a coordenação prevista pelo Plano de Ação.


Conclusão. A forma para prevenir confusão e conflitos interagências é antecipar os problemas e desenvolver soluções razoáveis. Isso requer exercícios conjuntos com base em cenários pré-definidos, comunicação com interoperabilidade e coordenação com flexibilidade e cientificidade.

ree

DEFINIÇÕES AFINS


COMPETÊNCIAS

  • Além do conhecimento teórico, é necessário reunir habilidades intrínsecas aos temas.


PERCEPÇÕES

  • Conhecimento teóricos das competências e suas limitações.

  • Capacidade de identificar lacunas e compreender as implicações dessas lacunas.


SOLUÇÕES INTEGRADAS

  • Reunir o conhecimento com as habilidades para atuar em cada contexto.


PESQUISA EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

  • Aprofundar os métodos de investigação da teoria e prática no controle de emergências.

  • Levantar questões, desenvolver projetos e testar resultados nas atividades em campo.


POR ONDE INICIAR

Identificar perigos, analisar riscos e determinar as vulnerabilidades


Competência. 

Estar familiarizado e saber como preencher matrizes padronizadas adotadas para determinar o nível de risco, com base na frequência do perigo, gravidade e vulnerabilidade do público-alvo a cada perigo identificado.


Percepções. Ter consciência das deficiências nas metodologias adotadas para analisar riscos e determinar as vulnerabilidades a cada perigo identificado. Estar familiarizado com diferentes tipos de riscos, particularmente relacionados às subjetividades culturais e da construção social, com implicações para a gestão de emergências das comunidades próximas a áreas de pesquisa.


Soluções integradas. Ao determinar o risco da comunidade como uma função de risco e vulnerabilidade, incorpore conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável, valores da comunidade, cultura, gênero e contexto sociopolítico.


Pesquisa criativa. Desenvolver novas hipóteses de como entender, medir, parametrizar, aplicar e equacionar os níveis de risco com as vulnerabilidades dentro do contexto, conduzindo pesquisas teóricas e aplicadas para testar a melhorar continuamente.

ree

PROGRAMA ESTRATÉGICO


Competência:

  • Conhecer os fatores pertinentes as etapas da mitigação, resposta, preparação e recuperação.

  • Redigir um plano consistente com os desafios de uma comunidade ou organização.


Percepções:

  • Ter compreensão das vulnerabilidades a perigos e dos riscos específicos.

  • Conhecer as agências governamentais e como elas se relacionam com o plano estratégico.

  • Considerar as características da comunidade e participação no processo de planejamento.


Soluções integradas:

  • Ao desenvolver planos de gerenciamento de emergência para uma comunidade ou organização, integre questões de perigo, vulnerabilidade e risco aos planos.

  • Incorpore conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável, valores comunitários, cultura, gênero e contexto sociopolítico no processo de planejamento.

  • Desenvolver relacionamentos entre diferentes organizações e níveis de governo para criar um conjunto mais eficaz de planos estratégicos e táticos.

    ree

    PESQUISA CRIATIVA


  • Desenvolver novas hipóteses de como entender, medir e aplicar perigo, vulnerabilidade e risco dentro do contexto do processo de planejamento integrado de gerenciamento de emergência e desastres.

  • Conduzir pesquisas teóricas e aplicadas projetadas para testar hipóteses.

Comments


bottom of page