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TRANSFORMAÇÕES NAS EMERGÊNCIAS MÉDICAS

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 26 de jul. de 2024
  • 13 min de leitura

Atualizado: 28 de jul. de 2024

As transformações nas emergências médicas incluem respostas por telecomunicações.

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No artigo JGE: LIDERANÇA, GESTÃO e TRANSFORMAÇÕES, vimos que dentre os cinco atributos essenciais nas operações a Comunicação Efetiva ocupa a primeira posição.


Há que se acompanhar os procedimentos que melhoram as respostas a emergências médicas por telecomunicações com algoritmos aprovados pela Regulação Médica. Renunciar ao que já está bem-reconhecido pelos usuários de outros países é contribuir para perda de eficiência.


As administrações governamentais da medicina de emergência, estão a refutar as respostas médicas por telecomunicações que beneficiam, ao reduzir custos e tempo-resposta.


MELHORIAS DE RESULTADOS

É preciso testar e aferir os resultados antes de desmerecer a prevalência. O sistema oferece maior velocidade de resposta e menor custo no atendimento médico em contextos frágeis.

Qualificar o capital humano é um dos fatores a ser aprimorado para implementar e ajustar os sistemas, pois não há como demonstrar o nível possível de eficácia a se alcançar.


Fazer upgrade nos equipamentos de telecomunicações já é rotina – pois as pessoas já aprenderam a confiar nesses aparatos que, a cada nova geração, apresentam funcionalidades profícuas. Mas, quando as novidades incluem repassar informações médicas por meio desses sistemas de telecomunicações, então surgem as resistências.


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Os antagônicos apontam para as leis e normas técnicas que cronicamente são refratárias.


A CIÊNCIA MÉDICA

Diferentemente da Física, a Medicina é a “ciência da verdade transitória”. Os atendimentos a emergências médicas são os que mais fazem parte dessas metamorfoses. A especialidade “Emergência Médicas” demorou muito tempo consignada a estagiários dos cursos de medicina nas salas de emergências de hospitais-escola. As vítimas eram cobaias.


A primeira cadeira de pós-graduação para especialização em medicina de emergência somente foi oferecida após setembro de 2015, quando o Conselho Científico aprovou os procedimentos como Especialidade Médica. As bases para essa especialidade foi a Guerra.

No entanto, essas mudanças paradigmáticas foram desafios acadêmicos que deram origem a debates para além da medicina, chegando às áreas jurídicas e sindicatos trabalhistas.


Essas mudanças encetaram a necessidade de alinhar não apenas as tecnologias de telecomunicações, mas também as responsabilidades setoriais dos grupos docentes.


A medicina de emergência foi reconhecida na USP em 2015, mas desde 1992 o SAMU, já estava sendo tripulado pelo pessoal da Enfermagem. Isso auxiliou “salvar vidas”, trazendo à luz conhecimentos sobre novos equipamentos e técnicas que revolucionaram o setor de socorrismo, tanto no espaço público como nas dependências da iniciativa privada.


A ORIGEM

A função da categoria de socorrista paramédico foi criada nos EUA na guerra do Vietnam.

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Os soldados eram treinados para atender colegas feridos no calor das batalhas.

De acordo os dados, 1.857.304 soldados, sem experiência anterior, foram treinados por dez semanas para atuar como paramédicos entre agosto de 1964 e fevereiro de 1973.


Além dos ferimentos por tiros e estilhaços, mesmo com um mínimo de treino médico, esses soldados aplicavam procedimentos para malária, gangrena nos pés e doenças venéreas.


A PAZ IMITOU A GUERRA

A partir de 1973, após o fim da Guerra no Vietnam, o então presidente Nixon comparou que as pessoas feridas em tempo de paz, no âmbito dos transportes, precisavam atendimento imediato consistente com os feridos no Vietnam. Nixon propôs que a formação de socorrista paramédicos fosse adotada para polícias, bombeiros, comissários de voo e praticantes de atividades em áreas remotas, como montanhismo e navegação longe da costa, por exemplo.


Essa determinação modificou o paradigma dominante que autorizava somente médicos e pessoal da enfermagem a atender vítimas com primeiros socorros em qualquer ambiente.

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As técnicas que salvam vidas deixaram de ser exclusividade da medicina e enfermagem.


A ESTRELA DA VIDA

Ainda em 1973, o presidente dos EUA, solicitou que fosse instituído um símbolo para o Sistema de Emergências Médicas (SEM), em substituição à cruz vermelha que até então era exibida em ambulâncias e uniformes dos médicos e da enfermagem.

Foi a origem da Estrela da Vida que atualmente é exibida ao redor do mundo.

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Emblemas possuem significado e são significantes: expressam conceitos por meio da forma.

A Estrela da Vida está associada ao plano das ideias e ao plano real.


O elemento gráfico da Estrela da Vida representa e/ou indica, de forma conceitual, um encadeamento lógico de serviços que somente pode alcançar os melhores resultados quando operados como um elenco, em sintonia fina. Esses serviços complexos de atendimento a emergências médicas, suscitados por esse símbolo, têm como objetivo único mitigar o sofrimento humano.


A Estrela da Vida foi criada como um emblema a representar a atividade sob uma condicionante comportamental que pressupõe a qualificação específica para integrar grupos e serviços, cada um ocupando a posição de um elo que forma uma corrente.   


SÍMBOLOS SÃO SIGNOS

Por um princípio de analogia representam algo e aludem a um contexto. Expressam o abstrato, mas com valor evocativo, seja mágico, místico ou funcional – mas possível.


É a forma material que, por convenção arbitrária, representa ou designa uma realidade complexa. Suscita em si um elemento descritivo duplo: estrela igual a um sistema que é igual a uma corrente.

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Cada ponta da Estrela da Vida simboliza um elo da corrente de serviços que salva vidas.


Por exemplo, as ambulâncias que exibem a Estrela da Vida indicam estarem integradas aos outros cinco serviços do Sistema. Diferentes representação dos serviços implícitos aos elos ilustram como o sistema está estruturado para coadunar com a condição do contexto.

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AMBULÂNCIAS E VELOCIDADE

Em geral, as pessoas aceitam que as ambulâncias precisam acelerar porque são sinônimo de “socorro de emergência”. Ambulâncias, no entanto, são veículos que participam das ações sistematizadas para salvar vidas, sem correrias, mas com planejamento.


É fácil compreender que se uma ambulância foi enviada à cena é porque alguém chamou e indicou o local e, alguém atendeu e enviou o recurso adequado àquela condição.

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Portanto, foram dois serviços que deram início ao envio da ambulância.

Reconhecer a emergência e chamar, seguido de atender a chamada e enviar recurso.


A Estrela da Vida expressa seis serviços e não apenas dois.

Dentre os serviços que precedem a chegada da ambulância está o terceiro elo ocupado pelo First Responder, cuja atribuição profissional é equivalente ao soldado no Vietnam.


Em ambiente de paz este soldado (o First Responder) conecta o cidadão com os servidores públicos, como os que atuam nas agências de remoção e nos hospitais.

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Por não ser a selva do sudeste asiático, mas uma cidade, o First Responder pode conhecer cada detalhe do local onde trabalha ou vive. Assim, ao atender a vítima e avaliar o tipo de problema os procedimentos podem ter resultado a ponto de não necessitar de ambulância.


Isso reduz tempo de espera por transporte, custos operacionais e tempo de recuperação.

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Diferentemente do soldado no campo de batalha, o First Responder nas grandes cidades, além de atender vítimas ele também instrui por telecomunicações o atendente a enviar o tipo ideal de ambulância e tripulação, minimizando erros e maximizando resultados, além de, subjetivamente, evitar a necessidade de a ambulância ser conduzida com velocidade.


As ambulâncias entraram no foco de criminosos, daí a necessidade de segurança.

Na cena, o First Responder organiza a chegada e a saída rápida da ambulância.


SEGURANÇA

Sendo o First Responder qualificado como socorrista de nível avançado, poderá discernir sobre as prioridades e informar quanto tempo a vítima poderá aguardar pela ambulância, aplicando o código de prioridade de envio que evita aumentar o número de ambulâncias e tripulações para servir à expansão das populações.


OS PRIMEIROS ALGORITMOS DE TELECOMUNICAÇÃO

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Em Las Vegas, 2007, foram credenciados os primeiros instrutores para ministrar aos telecomunicadores das agências o uso dos algoritmos para emergências médicas.


ONDE ESTÃO AS FALHAS?

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A maioria das falhas está relacionada com a injustiça social, com a Saúde Pública desmantelada, disparidades econômicas, violência, abuso de poder e dicotomia em reconhecer o significado das novidades que estão implantadas e funcionam.


É importante reiterar que para se conseguir implementar mudanças profícuas no ambiente urbano com maior amplitude de resultados, o ideal é não ficar a depender dos serviços de resposta governamentais e iniciar com a preparação dos serviços médicos de emergências nas empresas, para se chegar aos lares e comunidades.


No setor doméstico, devido a deficiência em educação e recursos, a OCDE reiterou o paradigma do tempo-resposta-integral, como referência de confiança na governança.


É essencial promover a educação pública para que as pessoas passem a aceitar as recomendações dos serviços de telecomunicações, visando dar a população uma assistência com nível de excelência em socorrismo, como os soldados no Vietnam.


Instruções repassadas pelos telecomunicadores com base em algoritmos aprovados pela Regulação Médica, é uma solução para problemas crônicos de saúde pública.


A GOVERNANÇA

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE – 2015).


Segundo a OCDE o programa de governança deve implementar uma sistematização de processos para recebimento de chamadas de emergências médicas que, além de ágil, seja economicamente orientado para auxiliar as comunidades e empresas na gestão de eventos que acometam a saúde decorrentes de quaisquer tipos e gravidade.


No entanto, há sempre aquela influência política pessimista a produzir insegurança aos gestores das agências de resposta, alertando sobre possibilidades de ações jurídicas.


Existem vários equívocos sobre o sistema de telecomunicações em emergências embasado em algoritmos. Há também dúvidas sobre a eficácia do funcionamento desse sistema, e ainda o porquê, ou por que não, as comunidades e grupos empresariais devem adotá-lo.

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EXEMPLOS DE EQUÍVOCOS INCLUEM:


EQUÍVOCO 1. A imensa maioria das opiniões opostas ao sistema acredita que se o atendente controlador do Centro de Telecomunicações repassar aconselhamento médico pelo telefone e, se um erro ocorrer a partir dessa iniciativa, a agência é responsável.

  • SITUAÇÃO. Nos EUA esse equívoco por muitos anos atormentou os responsáveis pelos serviços de segurança pública e fez com que as agências de resposta simplesmente negassem os benefícios e dissessem "não" ao programa.

  • FATO. Nos EUA, como nos países da União Europeia, nunca houve uma única ação judicial relacionada à instrução pré-chegada, apresentada contra os profissionais e lideranças das agências que tenham obtido o Certificado de Conclusão da formação com protocolos médicos aprovados, incluídos no sistema de algoritmos.

  • ENTENDIMENTO. Os centros de telecomunicação das agências que não forneceram a formação e treino para seus telecomunicadores e lideranças foram os que realmente assumiram o risco. Por outro lado, há nos EUA ações judiciais movidas contra as agências que se recusaram a repassar instruções ou assistência médica por telefone.


CONCLUSÃO. Os médicos norte-americanos que supervisionam esses programas de telecomunicação em emergências declaram em uníssono que: "Não há processos comprovados contra as agências que adotaram os protocolos de telecomunicações em emergências apoiados por algoritmos no sistema computacional”. Os médicos reiteram que “algumas agências que não dispõem desse tipo de suporte são as que foram processadas, sem, contudo, representar um número significativo de ações judiciais.

No entanto, paradoxalmente, os administradores das agências que se recusam a implementar o programa, utilizam o “medo de ações judiciais” como desculpa.

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EQUÍVOCO 2. Indivíduos que não estão familiarizados com o sistema de telecomunicações em emergências apoiado por algoritmos computacionais podem acreditar que o método atrasa o tempo-resposta para despachar as chamadas de emergências que entram na agência.

  • SITUAÇÃO. Esta suposição provoca debates sobre o que é verdadeiramente importante: será o sistema de telecomunicações com algoritmos ou o sistema tradicional personalizado de regulação médica adotado pela agência.

  • FATO. Ao contar com um “programa de qualidade” o sistema de telecomunicações com algoritmos computacionais coloca o telecomunicador na linha de frente da triagem e envio adequado do recurso. Para garantir a qualidade da resposta apoiada por algoritmo, um conjunto de políticas e procedimentos deve estar em vigor e, um processo de revisões de protocolos de triagem, repasse de instruções por telefonia e envio à cena de recursos categorizados deve estar estabelecido.

  • ENTENDIMENTO. O programa precisa contar com um Conselho de Revisão de protocolos da própria agência que mensalmente se reúna para aferir resultados.

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Regulação da agência deve também reunir com representantes da comunidade médica, telecomunicadores formados que tenham expertise para debater os aspectos de melhoria continuada para o programa e público-alvo dos serviços LowCode. 


O processo de revisão promovido pelo grupo analisa 10% das chamadas médicas por mês e depois relaciona as avaliações com o desempenho dos telecomunicadores. Com este processo, haverá comunicação bidirecional entre as equipes que vão para cena com a equipe de telecomunicadores e de supervisão da comunidade médica que faz a Regulação.


Ter um Conselho de Revisão resulta em respeito tanto ao trabalho do telecomunicador como daqueles que estão na linha de frente. O pessoal das agências poderá então perceber o que é preciso para ter um programa bem-sucedido de telecomunicações em emergências apoiado por algoritmos computacionais, e compreender as responsabilidades implícitas às tarefas que devem executar. Em essência, o que este Conselho de Revisão estabelece é um mecanismo de controle de qualidade que avalia o benefício do programa.


SOLUÇÃO SISTEMATIZADA

Há que se fornecer aos controladores de emergências um programa especializado de formação e treino em telecomunicações de emergências, para garantir o processamento bem-sucedido de emergências médicas em suas diferentes gradações de criticidade.


Além da garantia de qualidade, o programa oferece também aos administradores do centro de controle e operações em emergências médicas (a agência) o suporte técnico que inclui um grupamento de especialistas integrados a uma rede mundial de telecomunicações em emergências com interoperabilidade, possibilitando compartilhar dados e implementar melhorias por meio do processo de aperfeiçoamento continuado.


Uma vez que o centro de controle e operações em emergências médicas esteja conectado ao sistema internacional, todas as dúvidas poderão ser solucionadas com apoio da rede.

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O Software que controla os algoritmos se integra perfeitamente e o sistema completa sua função dentro dos serviços de telecomunicações das agências de resposta a emergências.


O Software para resposta a emergências médicas por meio de algoritmos permite que a agência responsável pelas telecomunicações em emergências faça a triagem das chamadas segundo uma sequência lógica de perguntas estruturadas (inquérito inicial) que analisam os níveis de gravidade da condição, garantindo que os sintomas e sinais críticos de saúde sejam identificados logo no início e o atendimento seja completado com o envio à cena do recurso categorizado.


LOWCODE – CONDIÇÕES DE MENOR GRAVIDADE

As chamadas que apresentam condições não-emergenciais (menores níveis de gravidade) são transferidas para outro Software juntamente com as informações já obtidas no inquérito inicial que, então, continuam a ser triadas e priorizadas pelo pessoal da linha LowCode.


O software LowCode coloca na tela os protocolos com o aconselhamento médico para condições de saúde não-emergenciais que são repassadas pelo atendente ao chamador.


O atendente que opera o LowCode recebe formação especializada em telecomunicações e controle de emergências por telefonia, mas também tem autorização para enviar à cena os recursos móveis (ambulância, bombeiro, polícia) para vítimas e/ou contextos complexos.


FLUXO DE DECISÕES

Cada protocolo empregado pelo Software resulta de um algoritmo de fluxo de decisões vinculado ao conteúdo clínico estabelecido universalmente pelas instituições de medicina de emergência. As perguntas que compõem o inquérito de triagem da condição, contidas no sistema, seguem um rito coerente para identificar a queixa-principal e atender na medida exata, no menor espaço de tempo.


O sistema conta com um dispositivo que controla a qualidade do atendimento geral e emite relatórios, para que sejam feitas as análises sistemáticas dos processos visando implementar melhorias nas técnicas de atendimento e de desempenho do pessoal: controladores, supervisores e médicos reguladores.


ESTRUTURA DO INQUÉRITO INICIAL

Cada chamada recebida no sistema é atendido segundo um protocolo definido como inquérito inicial orientado pelo Software. Esse protocolo é estruturado por meio de algoritmos encadeados dentro de uma estrutura lógica que partem da alta-acuidade da emergência para a baixa-acuidade, garantindo que os sintomas e sinais críticos sejam identificados logo no início do atendimento, indicando se o controle da chamada deve ser mantido no Software Padrão ou transferido para o Software LowCode.

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O LowCode é fundamentado em histórico de sintomas a partir de cinco princípios básicos:

  1. A maioria das transferências para o sistema LowCode é benigna e autolimitada.

  2. O foco do LowCode é na informação do chamador e na instrução do paciente.

  3. A formação dos enfermeiros LowCode é ao longo do desenvolvimento do sistema.

  4. Protocolos LowCode possibilitam:

    1. Padronizar os atendimentos;

    2. Melhora as práticas clínicas;

  5. LowCode é personalizável com as recomendações médicas para as especificidades.


O sistema LowCode foi projetado especificamente para os seguintes objetivos:

  1. Pessoal adequado para o lugar certo, na hora certa, com o equipamento adequado, usando os recursos para a assistência correta, clinicamente orientada; otimizando os custos para os pacientes e para os prestadores de assistência médica.

  2. Gerir chamadas que entram nos sistemas de saúde sobrecarregados, alocando recursos para intercorrências não-fatais e não-emergenciais.

  3. Ajudar as centrais de emergências médicas a otimizarem os recursos e resultados.

  4. O sistema LowCode envia equipes à cena quando necessário.

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IMPORTANTE

O sistema LowCode foi concebido para ser implementado como parte de um Serviço Médico de Emergência e utilizado ao lado do Sistema de Controle de Prioridades Médicas. Não é um processo independente. Tem que estar alinhado à Regulação de cada localidade.


SOCORRISTAS COMUNITÁRIOS

O número de programas de socorristas comunitários se expandiu para mitigar o impacto do aumento do número de pacientes que mesmo após terem sido atendidos voltam a chamar demandando por serviços de emergência. A proposta deste modelo de intervenção resulta da percepção dos atendentes em relação a um programa de socorrismo comunitário.


EDUCAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS (EPS)

Os princípios e práticas que regem a Educação em Primeiros Socorros (EPS), desde 2021, estão alinhados às evidências clínicas de intervenções por socorristas. Foi constatado que esse tipo de reincidências varia de acordo com o contexto. Com base nas evidências foram avaliados os custos decorrentes do envio de ambulância com equipes médicas e dos desvios de finalidades provocados pela falta de uma alternativa para esses casos de reincidências contumazes.


O European Ressuscitation Council (ERC) reconhece que os primeiros socorros podem fazer a diferença na redução do número de chamadas que reiteradamente entram no sistema com as mesmas queixas crônicas não-emergenciais.

O LowCode é uma solução satisfatória para todos.


PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS

As evidências para as diretrizes internacionais de primeiros socorros realizada pelo ERC concluiu que uma solução para melhorar os recursos nos contextos de ambientes frágeis e não-frágeis durante tempos de paz é investir na Educação em Primeiros Socorros (EPS), pois o fardo das sobrecargas recai sobre países de renda média, onde os recursos de saúde são limitados ou não disponíveis e, onde socorristas podem agir localmente (baixo custo); sem estar a enviar ambulâncias tripuladas pelos profissionais de Saúde (alto custo).


OS EDUCADORES

Educadores de seis países onde conflitos, geografia ou recursos os posicionam como áreas frágeis, colaboraram para definir quais as abordagens educacionais trariam os melhores resultados e poderiam ser considerados como eficazes na educação de leigos com potencial para serem socorristas First Responder.


Por meio de uma análise qualitativa, os temas educacionais e incluíram:

  • A necessidade de adotar uma linguagem desmedicalizada;

  • A prevalência de adaptar a educação ao contexto;

  • Considerar o tipo de pacientes que reiteradamente acionam a ambulância;

  • Envolver os socorristas a manterem alto-nível de qualificação;

  • Promover abordagens envolventes que estimulem a aprendizagem ativa.

Um conjunto semelhante de abordagens educacionais em contextos não-frágeis foram conectados conforme refletido nas Diretrizes ILCOR de primeiros socorros 2020.


ABORDAGENS

A opção por abordagens comuns forneceu aos educadores uma linha de base para desenvolver programas educacionais consistentes com recomendações locais, com aplicabilidades globais. Esse tipo de abordagem também permitiu instituir um processo de pesquisa sobre a aplicação da EPS em ambientes frágeis e não-frágeis.


Neste âmbito, foi reiterada a definição de fragilidade proferida pela OCDE (2016), em que a “exposição ao risco não apresenta capacidade de lidar com esses riscos”.


É lícito afirmar que a fragilidade afeta uma parte significativa da população global: nestes contextos, os riscos podem ser econômicos, ambientais, políticos, sociais ou de segurança. 


Cada contexto frágil mantém uma proporção ao risco tanto física quanto socialmente.

Para mitigar o risco e socorrer, a educação em primeiros socorros pode preencher a lacuna e, por isso, precisará estar sob a jurisdição do Sistema de Respostas a Emergências Médicas da localidade, ou seja, um sistema pré-hospitalar fornecido pelo Estado.


A qualidade das respostas a emergências médicas resultaria deste arranjo em um contexto em que os indivíduos estariam aptos a enfrentar desafios da falta de recursos e segurança.

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O First Responder recebe treino para lidar com chamadores histéricos, e minimizar custos.


REITERAÇÕES PARA PRIMEIROS SOCORROS

Os objetivos da EPS estão voltados a determinar as melhores práticas de primeiros socorros mais eficazes, seguros e viáveis. Os esforços para formular recomendações válidas para EPS focam cenários com poucas vítimas, onde serviços médicos de emergência ou profissionais de saúde não estão imediatamente presentes no local, mas podem estar disponíveis em um curto espaço de tempo.


MÉTODO

As diretrizes adotadas estão baseadas nas evidências científicas, publicadas pela força-tarefa de redação do ERC, com metodologia Scottish Intercollegiate Guidelines Network.


As recomendações abrangem os procedimentos para controlar sangramentos, feridas, queimaduras, traumatismo raquimedular e cranioencefálico, trauma musculoesquelético e envenenamento, bem como ferimentos por arma de fogo e cuidado psicossocial.


Ao deixar de lado as recomendações embasadas em consenso observacional, foi possível avançar para colocar o programa em prática fundamentado nas evidências científicas.

As diretrizes atuais fornecem as justificativas para os procedimentos e técnicas que estão incluídos nos conteúdos de primeiros socorros dos programas de cursos e treinamentos.


META ANÁLISE

É uma técnica estatística para integrar os resultados de estudos independentes, sobre uma mesma questão que combina os resultados em uma medida resumo.

A meta análise é utilizada em pesquisa social, educação, enfermagem, medicina etc. e não deve ser confundida com a revisão sistemática.

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