FALHAS ESTRATÉGICAS E PERDAS FINANCEIRAS
- Randal Fonseca
- 22 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Ao enfrentar infortúnios sem plano estratégico o efeito mais óbvio é a perda financeira.
Sem planos consistentes as empresas expostas a infortúnios podem ficar mais tempo.
Organizações podem ficar impedidas de entregar seus produtos e serviços, implicando em desvantagens sob diversos aspectos, que podem incluir ter que tomar decisões difíceis, como cortar funcionários e desativar instalações.
A exigência incondicional de ter planos desenvolvidos com uma comunicação clara e concisa tem a ver diretamente com os benefícios da proatividade das equipes, para que seus membros possam colocar em prática as estratégias programáticas.
A COMUNICAÇÃO EFICAZ
No artigo JGE: LIDERANÇA, GESTÃO e TRANSFORMAÇÕES (21/07/24), vimos que dentre os cinco atributos essenciais dos líderes empresariais a comunicação efetiva ocupa a primeira posição de importância, uma vez que qualquer falha neste sentido tem o potencial de disseminar uma série de desafios com níveis de complexidades difíceis de destramar.
Os planos constituem a ferramenta que proporciona a paz de espírito para as lideranças e funcionários. Todos no ambiente de trabalho se sentem mais seguros quando sabem que existem políticas claras para lidar com diferentes tipos de ameaças.
Em muitas empresas são os gestores de Segurança e Saúde os responsáveis por desenvolver e implementar planos estratégicos. Também são eles que em geral contratam os treinos para que os trabalhadores saibam como seguir as provisões e dispositivos de cada tipo de plano.
A CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS E A RECUPERAÇÃO DE DESASTRES
O plano de continuidade de negócios descreve exatamente como a empresa procederá durante e após um desastre que afete suas operações. O plano deve descrever como serão mantidas as atividades principais mesmo que tenha de se mudar para um local alternativo.
O plano da continuidade de negócios pode incluir pequenos transtornos como cortes de energia prolongados ou interrupções nos serviços de Internet ou nas vias de acesso a instalações devido a enchentes menores ou movimentos sociais prolongados nas áreas.
Ter planos prontos e testados para serem ativados ajuda minimizar as consequências.
O plano para recuperação de desastres descreve como a empresa implementa recursos para responder a emergências e recuperar de impactos, tanto de causa natural como provocados pelo homem, como incêndio, ato de terror, ou crime cibernético.
Neste sentido a etapa da recuperação de desastres envolve as medidas que têm início na preparação para responder a emergências, que implica em ter os meios próprios para controlar a condição e retornar à operação normal e segura o mais rápido possível.
A SEMELHANÇAS DOS PLANOS
Ambos os planos exigem monitoramento regular e, às vezes, demandam revisões sistêmicas para garantir que correspondam aos processos de evolução da empresa. Um gestor de emergências, por suas habilidades e competências de comunicação efetiva, estará mais qualificado a testar e aprimorar continuamente esses planos.
O planejamento da continuidade dos negócios e da recuperação de desastres muitas vezes são interdependentes. Embora os dois planos não sejam iguais eles podem se sobrepor em algumas áreas e é por isso que funcionam melhor quando desenvolvidos em conjunto.
Ambos os planos contêm estratégias proativas que ajudam uma empresa a se preparar para eventos repentinos. Em vez de tratar diretamente das ações de resposta e da recuperação a um desastre, ambas as provisões adotam uma abordagem preventiva, procurando minimizar os efeitos de impactos antes que eles ocorram.
Uma análise mais detalhada da continuidade de negócios versus recuperação de desastres revela algumas distinções importantes.
Em última análise, estas diferenças realçam que as empresas precisam ter ambos os tipos de planos para estarem suficientemente preparadas. As empresas podem utilizar os dois planos tanto para ameaças e impactos tanto de causas naturais como antropogênicos.
Os dois planos são fundamentais para ataques cibernéticos e para pandemias.
AS DIFERENÇAS ENTRE OS PLANOS
A continuidade dos negócios se concentra em manter as atividades durante um evento inesperado que altere a condição operacional, enquanto a recuperação de desastres se concentra em restaurar o acesso aos dados e a infraestrutura de TI após um desastre. Ou seja, o primeiro tem a finalidade de manter a loja aberta mesmo em circunstâncias inusitadas ou desfavoráveis, enquanto o segundo se concentra em fazê-la voltar à normalidade da forma mais expedita possível.
Ao contrário dos planos de continuidade de negócios, as estratégias de recuperação de desastres podem envolver a criação de medidas adicionais de segurança para os funcionários, como a realização de simulações de incêndio ou a compra de suprimentos de emergência.
A combinação dos dois permite que uma empresa coloque a mesma ênfase tanto em manter suas operações em curso, como garantir a segurança dos funcionários o tempo todo.
Embora a continuidade dos negócios e a recuperação de desastres tenham objetivos diferentes, somente combinando os dois planos as empresas poderão se preparar de forma abrangente e antecipada para eventos desastrosos, assim:
A. Planos eficazes de continuidade de negócios limitam o tempo de inatividade operacional.
B. Planos eficazes de recuperação de desastres limitam o funcionamento anormal ou ineficiente do sistema empresarial.
Uma estratégia de continuidade de negócios pode garantir que métodos de comunicação como sinais de Internet e servidores de rede continuem operando em meio a uma crise. Entretanto, uma estratégia de recuperação de desastres ajuda a garantir a capacidade de a organização regressar à plena funcionalidade após um distúrbio.
Em outras palavras, a continuidade dos negócios se concentra em manter as luzes acesas e os negócios abertos com alguma funcionalidade, enquanto a recuperação de desastres se concentra em fazer com que as operações voltem ao normal.
De forma orgânica as empresas podem incorporar como parte dos seus planos globais a continuidade de negócios, mas a recuperação de desastres pode precisar ser uma etapa separada dentro de um processo mais amplo de salvaguarda a iluminar todas as ameaças.
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