TECNOLOGIA E SABEDORIA
- Randal Fonseca

- 18 de ago.
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de ago.
O acesso quase irrestrito ao conhecimento permite alcançar níveis de sabedoria suficientes para utilizar as soluções trazidas pela Gestão de Emergências com vista a tratar vulnerabilidades, minimizando impactos e reduzindo custos socioambientais.

ESTUDOS QUALITATIVOS
Os estudos no âmbito da Gestão de Emergências, foram iniciados a partir de 2007, e atualmente estão disponíveis no JGE.APP.BR em português. Os programas de ensino JGE são direcionados tanto a lideranças como a liderados com diferentes métodos de ensino.
Os programas objetivam qualificar o público-alvo com diferentes responsabilidades, funções e atribuições no setor da Segurança Privada. Os conteúdos focam a efetiva redução dos efeitos de eventos surpreendentes com ênfase na preparação de pessoas vulneráveis.

EVIDÊNCIAS DAS VULNERABILIDADES
Com base em evidências filtradas e padronizadas, é razoável afirmar que as pessoas vulneráveis, como primeiro passo, precisam aprender sobre a dinâmica dos eventos socialmente perturbadores e, no processo do aprendizado, adquirem competências e desenvolvem habilidades para evitar que as emergências evoluam para o nível de desastres.
EFEITOS DESTRUTIVOS A SEREM MITIGADOS
Os efeitos de desastres naturais e provocados pelo homem causam sérias perturbações às comunidades, produzindo muitas vítimas, perdas financeiras, danos ambientais, comoções sociais e econômicas, que, reconhecidamente ficam além do poder da comunidade.
Os dados revelam que os efeitos dos desastres estão aumentando em todo o mundo.

FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO
A educação pública para desastres foca as ações direcionadas a recuperação dos efeitos dos impactos e, com isso, distribui o conhecimento entre indivíduos e grupos para que possam tomar medidas consistentes na redução das suas vulnerabilidades.
Essa proposta está sustentada pelas avaliações feitas durante as duas últimas décadas, em que se concluiu que as pessoas treinadas apresentam um nível de preparação satisfatório tanto para controlar emergências como para recuperar de desastres, de forma social e economicamente orientada. Então, com base nos resultados dos estudos, é lícito afirmar que a educação pública para desastres é uma ferramenta funcional, operacional, econômica e sociocultural para reduzir vulnerabilidades aos riscos.

PEQUISAS EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS
A pesquisa JGE foi limitada a artigos revisados em inglês e português publicados nos últimos 20 anos. Além disso, os artigos selecionados foram revisitados por pesquisadores independentes. A pesquisa primária gerou 128 referências relevantes. Após eliminar as duplicatas e artigos que não estavam relacionados à revisão do resumo, 41 referências foram identificadas para inclusão. Após nova revisão outras 31 referências foram excluídas por não atingirem índice satisfatórios para compor os elementos a serem incluídos na educação pública e na formação dos agentes especiais do setor de Segurança Privada.

MÉTODOS DE ENSINO QUALITATIVO
Existem diferentes métodos para ensinar e treinar as pessoas vulneráveis e profissionais responsáveis, mas nenhum deles pode ser considerado como melhor do que os demais.
Pessoas treinadas podem proteger melhor a si mesmas e aos outros.

Nesse sentido, o planejamento estratégico e o desenvolvimento de programas abranges para a qualificação constituem a base estrutural da gestão possibilitando que as pessoas enfrentem as ameaças coordenando a integração de ações cooperadas.
CONHECIMENTO ADQUIRIDO
A importância da educação para desastres com vista a integração de recursos está sendo colocada em perspectiva pelo Jornal da Gestão de Emergências, possibilitando com isso aplicar soluções tecnológicas mais eficazes para prever e prevenir que emergências não controladas (ou mal interpretadas) evoluam para o nível de desastres e, se chegar a impactar, poder contar com meios para recuperar em tempo-resposta e custos conhecidos.

EFEITOS PROTETIVOS
É possível aplicar as tecnologias de IA generativa para o setor de Segurança Privada oferecer aos seus clientes os benefícios, com acesso a escalabilidade personalizada para usar os dados das experiências em favor de todos. O objetivo inicial é determinar de forma acurada e sintética os níveis de vulnerabilidade das organizações e comunidades, preparando colaboradores e famílias para desempenharem ações coordenadas tanto na redução dos impactos como na rápida recuperação e, de forma mais abrangente, proteger os meios de produção da comunidade e a saúde dos indivíduos, como deve ser.

EFEITOS COMUNITÁRIOS E INDIVIDUAIS
Há evidências de que a maioria das perdas e danos patrimoniais, operacionais, mortes e feridos por desastres podem ser mitigados com medidas de preparação que incluem desde ajustes da infraestrutura comunitária, comercial, industrial e nas moradias. As ações de resposta a riscos conhecidos, podem ser planejadas utilizando modelos computacionais alimentados por IA generativa para aprimorar a coordenação nas ações de recuperação.

QUALIDADE DA INTEGRAÇÃO COORDENADA
Os níveis de eficácia aumentam significativamente quando as pessoas de uma comunidade se predispõem a integrar os recursos e a cooperar na recuperação de desastres. Para além da população estar envolvida, vem a importância de as autoridades e formuladores de políticas reverem seus métodos de persuasão e se concentrarem em desenvolver novas abordagens para o conjunto de esforços dar saltos qualitativos.

EFEITO CASCATA
Ao educar pessoas vulneráveis, as ações de suporte se tornam mais eficazes e menos penosas para os responsáveis – ou seja, é um benefício em cascata para a comunidade.
No sentido oposto, a baixa conscientização e compreensão inadequada do risco exercem um efeito negativo na prontidão, na resposta e nos níveis de atenção aos alertas de perigo, avisos e notificações dos procedimentos, prejudicando a proteção dos vulneráveis.
INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO
A prioridade ao inovar é aplicar o conhecimento e criar uma cultura de segurança com capacidade de resposta para os níveis de ameaças. Os impactos podem ser reduzidos quando as pessoas entendem e ficam motivadas a aderir às ações de prevenção.
Nesse sentido, a prioridade é coletar dados e disseminar informações sobre os riscos aos quais ficam sujeitas as pessoas vulneráveis, cujas limitações exigem a atenção especial de profissionais de resposta e pessoas treinadas para lidar com a condição.

RESULTADOS
As análises temáticas revelaram oito categorias principais de estratégias educacionais, que incluem: a) o aumento de conhecimento, b) a avaliação de necessidades educacionais, c) o planejamento educacional, d) as abordagens educacionais, e) o conteúdo educacional, f) as ferramentas educacionais, g) as organizações envolvidas, h) as barreiras da aprendizagem.
CONCLUSÃO
Embora sabendo não ser suficiente, muitos países já iniciaram a educação pública, mas existem algumas lacunas entre o que é e o que deveria ser. As estratégias de ensino e aprendizagem mais eficazes são necessárias para aumentar a qualidade da preparação para controlar emergências e reduzir o impacto de desastres em todos os níveis da comunidade.




Comentários