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NÓS SALVAMOS VIDAS

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 30 de out.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 31 de out.

Salvar vidas é o que faz o JGE ao disponibilizar os benefícios da gestão de emergências para os estados frágeis onde a educação para desastres é a melhor defesa pública.

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Como disciplina inovadora das ciências sociais os saberes da Gestão de Emergências têm sido ignorados pelos “senhores” das decisões tecnocratas eivadas de pragmatismo.


A gestão de emergências considera que cada grupo social pode avaliar o contexto e desenvolver suas próprias habilidades de intervenção. Neste âmbito, as autoridades governamentais podem e mesmo devem contar com apoio de agências internacionais.


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É lícito lembrar que o desenvolvimento da aviação civil e militar contou substancialmente com suporte técnico e logístico das agências internacionais. Também, a tecnologia da radiodifusão e da informação foram majoritariamente apoiadas por organizações internacionais. Assim, contar com a disciplina Gestão de Emergências não fere a soberania.


EROSÃO DA AUTORIDADE LEGÍTIMA

A autoridade de governos quando questionada ao tomar decisões coletivas fica enfraquecida, pois há ainda incapacidade de fornecer serviços públicos básicos de qualidade, como segurança, saúde, educação e infraestruturas. As críticas por contar com ajuda internacional apenas produzem pressões sociais negativas, como ocorre na Venezuela.

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Estados frágeis não têm capacidade de satisfazer necessidades essenciais dos cidadãos e, gerir mudanças sociais que incluem a educação pública para desastres é uma solução que auxilia em casos extremos a controlar instabilidades e conflitos nas comunidades.


A fragilidade do Estado fica caracterizada pela dificuldade em prover a todos segurança e serviços públicos de qualidade, produzindo desequilíbrio entre sociedade e comunidades.

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De forma geral, a intervenção internacional pode ser uma solução para interromper os conflitos político-sociais, e auxiliar a encontrar um caminho livre de armadilhas para o desenvolvimento e fortalecimento das instituições nacionais, a exemplo da medicina.

Os defensores da ajuda internacional incentivam os atores dos estados frágeis a aceitarem o apoio para aumentar a qualidade de vida regional e restaurar a estabilidade democrática.


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Os acordos que autorizam a intervenção internacional dão sustentação ao desenvolvimento no qual os custos da manutenção da paz e da estruturação estatal seriam cada vez mais suportados pelo Estado que se posicione de forma séria nas ações de auxílio a estruturação.


Já, outro tipo de opinião tem sido a recuperação autônoma dos estados frágeis sem auxílio internacional, por acreditar terem os meios para recuperar da fragilidade sem precisar da intervenção de terceiros, pois alegam ter competências eficazes. Mas, não têm.


Os defensores da recuperação autônoma argumentam que a assistência internacional e o apoio externo comprometem a natureza autossustentável do pacto entre governantes.


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É com argumentos nada convincentes que as lideranças empresariais e autoridades governamentais fingem entender os objetivos da Gestão de Emergências, mas confundem com ações táticas de bombeiros, SAMU e polícias. Mas não é nada disso. O JGE oferece por meio das publicações uma vasta gama de informações que permite entender como a gestão de emergências opera no seio das sociedades complexas para descomplicar.


Estados nacionais como Uganda, Eritreia e Somália alcançaram sucesso na redução da violência e uma paz duradoura que possibilitou o desenvolvimento político e econômico.

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O processo tem início com a Educação Pública para Desastres, reiterando que o primeiro passo é formar gestores em nível acadêmico, para que assumam atribuições como atores não estatais autônomos.


ATORES NÃO ESTATAIS AUTÔNOMOS

Em estados frágeis a recuperação da paz social depende da integração de atores não estatais, como chefes comunitários, líderes políticos e religiosos para atender aspectos da segurança. Há, portanto, necessidade da mídia e população se envolverem nas reformas.


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Segundo as mais recentes comprovações de eficácia para alcançar metas de sustentabilidade, os estados frágeis precisam adotar a Gestão de Emergências, pois a principal estratégia para a paz social é a educação pública para engajar nas decisões.


AS QUATRO REGRAS DE ENGAJAMENTO INCLUEM:

1.      Aceitar atores não-estatais não implica em riscos diferentes dos atores estatais;

2.      O apoio não-estatal eficaz é obtido com as provisões da gestão de emergências;

3.      O apoio não-estatal só engaja quando forem adotadas diretrizes que agregam valor;

4.      A gestão de emergências dá suporte não-estatal a iniciativa privada nos contextos.


IMPACTO POSITIVO

Pesquisadores encontraram evidências sobre o impacto positivo do setor privado nas relações com a sociedade. Entenderam que as relações internacionais preenchem expectativas públicas - como ocorreu em muitos setores nacionais. Os estudiosos entenderam que as dúvidas sobre os benefícios resultavam da falta de dados empíricos coletados a partir de entrevistas e pesquisas públicas nos contextos frágeis.


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A interligação nas relações com a sociedade e comunidades continua sendo uma área de exploração e deve receber maior atenção nos círculos acadêmicos e no setor privado.


IMPACTO NEGATIVO

Pesquisadores encontraram evidências sobre o impacto negativo quando o setor privado não é integrado nos processos, dando hipótese de essa ausência contribuir com terrorismo.


Os dados demonstram a íntima conexão entre um Estado Frágil e a violência e, permite constatar que um Estado Estável Forte evita a guerra de "todos contra todos".

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É tácito que a pobreza não transforma pessoas pobres em terroristas e assassinos, mas a ligação entre estados frágeis e terrorismo tem sido objeto de estudos, uma vez que a pobreza tem muito a ver com instituições fracas e, a corrupção pode tornar os estados frágeis em vulneráveis a “redes terroristas e cartéis de drogas dentro de suas fronteiras".


"O historiador Walter Laqueur observou que a maioria dos estados pobres e frágeis tinham atividades terroristas e eram vulneráveis a crises de saúde pública pelo uso de drogas."


Uma ideia popular em relação às causas por trás da fragilidade do Estado é o conceito de Boa e de Má Governança. A teoria é que um Estado precisa de instituições fortes para alcançar e manter a estabilidade, sendo a fragilidade uma consequência da má governança.

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Um sinônimo ou uma analogia com a “má governança” pode ser obtido da herança colonial em que as decisões partem sempre dos senhores em detrimento dos vulneráveis.

Para saber mais sobre os vulneráveis acesse o artigo JGE: O AUTORRECONHECIMENTO.


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Há um consenso nos campos da Redução de Risco a Eventos Socialmente Perturbadores de que ao se reduzir as vulnerabilidades aumenta a resiliência a impactos e contribui para o desenvolvimento sustentável. Acesse: SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE.


É importante esclarecer de antemão que "risco" significa: "perda potencial de vidas, ferimentos, ativos destruídos ou danificados dentro de um sistema, sociedade ou comunidade". Essas ameaças ocorrem em um período específico, determinado pela exposição crônica à vulnerabilidade, que fica caracterizada por injustiça e preconceito.


Essa condição é determinada por fatores ou processos físicos, sociais, econômicos e ambientais, que aumentam a suscetibilidade a desastre, que é o custo das falhas.


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A injustiça e a desigualdade produzem marginalização, o que obriga grupos estratificados a residirem em encosta de morros e áreas sujeitas a impactos como de espraiamento dos rios.


Enquadrar a educação pública para desastres apenas quando sob iminentes ameaças não é uma opção: vários locais vulneráveis expostos a educação para desastres foram impactados. O planejamento estratégico deve antecipar ações sob o conceito temporal.


CONCEITUAÇÃO TEMPORAL

A conceito de temporalidade apresenta uma limitação do ponto de vista do ciclo de gestão de emergências. Um projeto de pesquisa de Bangladesh ilustra que a Educação Pública para Desastres envolve todo o ciclo de gestão de emergências - e isso demanda tempo.

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Bangladesh sofre ciclones, inundações e outros riscos naturais, e esses eventos climáticos impactam áreas densamente povoadas, causando severos danos a escolas e logradouros.


O DESAFIO DA CONTINUIDADE

O projeto destinado a continuidade da escolaridade abordou o desafio que Bangladesh vinha enfrentando nas etapas de resposta e recuperação de desastres. As partes interessadas das escolas trabalharam juntas criando planos de ação em emergência, implementando atividades de preparação e designando espaços escolares alternativos.


As medidas de mitigação permitiram reabrir as escolas participantes logo após os impactos.

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O sucesso da experiência justificou continuar a revisar anualmente as medidas. O caso evidenciou que o planejamento precisa ser abrangente ao qualificar as partes interessadas.


A conceituação temporal, descreve a Educação para Desastres como ação provisória. Em outros termos, o processo de temporalidade é parte inseparável da gestão de emergências.


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