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MISSÃO DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 21 de out.
  • 11 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

“Proteger as comunidades coordenando e integrando as atividades para as etapas de mitigar, preparar, responder e recuperar de desastres de causas naturais e antropogênicas.”


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O PORQUÊ DESTE ARTIGO JGE

O JGE reitera a necessidade de profissionais e autoridades que atuam no âmbito das atividades de gestão estratégica, empregarem de forma correta as designações semânticas, evitando erros de interpretação que comprometem a finalidade dos investimentos afins.  


O JGE recomenda que as lideranças de iniciativa privada, governamental e das ONGs visitem artigos com esclarecimentos sobre as terminologias corretas, por exemplo acessando:  CIÊNCIA DAS EMERGÊNCIAS PARTE #3 OS COMENTÁRIOS.

Os recursos semânticos abaixo são referências úteis à gestão de emergências.


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PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

1. Princípios éticos e morais (o contrato social)

2. Princípios Estratégicos

3. Princípios táticos

4. Princípios de implementação


FASES DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

1. Abrangência

2. Antecipação

3. Orientação

4. Integração

5. Cooperação

6. Coordenação

7. Flexibilidade

8. Profissionalismo / cientificidade.


ETAPAS DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

1. Mitigação.

2. Preparação.

3. Resposta.

4. Recuperação.

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PARA MELHOR COMPREENSÃO DOS INICIANTES


AS FASES DA GESTÃO DE EMERGÊNCIAS SÃO:

1. Abrangentes – os gestores de emergência suportados pelos princípios cumprem todas as etapas, considerando as ameaças com potencial de impactar em nível de desastre.

2. Antecipadas – os gestores de emergência tomam medidas preventivas e preparatórias ao trabalhar com as lideranças para construir comunidades resistentes e resilientes a desastres.

3. Orientadas – os gestores de emergência utilizam dados sólidos publicados pela NFPA para identificar perigos, conduzir análises de riscos e determinar as vulnerabilidades para graduar os níveis de prioridades e definir os recursos a serem qualificados com método padronizado.

4. Integradas – os gestores de emergência empregam meios técnicos, políticos e financeiros ao conjugar esforços com os diferentes níveis de liderança empresariais, não-governamentais, governamentais e todos os elementos de uma comunidade.

5. Cooperativas – os gestores de emergência costuram uma complexa rede de relacionamentos para fortalecer o consenso e propósitos das diferentes lideranças com linguagem comum

6. Coordenadas – os gestores de emergência sincronizam as atividades de todas as partes relevantes interessadas em atingir um propósito comum para defesa das comunidades.

7. Flexíveis – os gestores de emergência utilizam abordagens criativas e inovadoras para enfrentar os desafios do planejamento estratégico visando operar as táticas nas respostas.

8. Profissionais – os profissionais dedicados a emergências valorizam a abordagem científica, baseada na educação superior, pesquisas afins e experiências de uma gestão pública ética, para cumprir o plano de investimentos na etapa da recuperação de desastres.


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PARA APROFUNDAR A COMPREENSÃO DAS FASES


1. Da abrangência da visão

Os gestores de emergência consideram todos os perigos para definir as atribuições dos demais gestores que em primeira instância são os responsáveis pela etapa de mitigação.


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A etapa da preparação inicia com a identificação e detalhamento dos riscos que não puderam ser mitigados e, que além de serem criteriosamente monitorizados são elementos do Plano de Ação e de desenvolvimento para as operações na etapa da resposta, e para os esforços conjugados na etapa da recuperação eficaz: com a retomada das atividades sociais.


EM SÍNTESE

  • A mitigação é obrigatória e ininterrupta de todos os gestores para minimizar impactos.

  • A preparação foca a qualificação dos recursos para responder a riscos não-mitigados.

  • A resposta é a reação imediata a um impacto com vista a minimizar os danos.

  • A recuperação reúne esforços para restaurar e reconstruir os danos de desastres.

A mitigação é irmã gêmea da recuperação, reduzindo riscos e melhorando a resiliência.

A superposição das fases resulta de não se ter um limite de onde uma termina e outra inicia.


2. Da antecipação de eventos

Gestores de emergência antecipam desastres futuros com base nos históricos das localidades e buscam dados revelados pelos ainda parcos trabalhos acadêmicos de pesquisas nesta área.


PESQUISAS EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

A informação básica disponibilizada por jornalistas é que os dados produzidos por cientistas naturais e sociais indicam que os desastres estão se tornando mais frequentes, intensos, dinâmicos e complexos. Até o momento desta publicação, não existia adesão uníssona de profissionais dispostos a obedecer aos princípios da Ciência da Emergências.


Tampouco, há compartilhamento de dados de pesquisas para a disciplina específica de gestão de emergências. Também, não há qualquer evento atual programado para reunir um público composto por acadêmicos com a finalidade de compartilhar e discutir questões relacionadas e suas aplicações como disciplina inédita no âmbito da Sociologia.

 

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Portanto, é possível concluir que existem oportunidades para profissionais que se considerem envolvidos com gestão de emergências, de forma que os seus trabalhos não voltem a referir (em locais não acadêmicos multidisciplinares) temas sob o título de Gestão de Desastres, pois esta designação já foi descontinuada por não expressar o conceito, lembrando que o termo “desastre” indica um evento que já impactou. Daí os esforços serão voltados à etapa da recuperação, de acordo com o previsto no plano estratégico da gestão de emergências (PEGE)


MÉTODOS DE PESQUISA

Apesar de se ter visão e paixão, não se têm recursos suficientes (por exemplo, corpo docente dedicado) para oferecer uma experiência educacional em gestão de emergências (por exemplo, grade de cursos, variedade de abordagens, qualidade dos conteúdos etc.).


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Embora muitos professores de ciências sociais concordem que é importante educar os alunos em como analisar e usar pesquisas, e como conduzi-las usando métodos e técnicas aceitos, a realidade é que muitos programas não podem apoiar a oferta de um curso diferenciado, mesmo estando o tema dentro do âmbito da Sociologia.

Assim, o Programa de Ensino Superior em Gestão de Emergências, poderia desenvolver métodos de pesquisa em nível de graduação e de pós-graduação interativas e individualizadas.


As publicações JGE, desde maio de 2023, podem consubstanciar métodos de pesquisa e aulas em gestão de emergências, ajudando na expansão do conhecimento e aplicação junto a formação de um corpo docente, com material suficiente para corrigir o engano conceitual do que definem como gestão de desastres.


ENQUADRAMENTO

A disciplina acadêmica de gestão de emergências estuda como os humanos e suas instituições interagem e lidam com perigos, riscos, vulnerabilidades e eventos resultantes (ou seja, emergências, desastres, catástrofes e crises humanitárias complexas), particularmente por meio das ações de mitigação, preparação, resposta, recuperação e mitigação.


Entre as responsabilidades disciplinares da gestão de emergências está a produção de novos conhecimentos com pesquisas básicas e aplicadas, e a disseminação dos resultados.


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Investigação é um processo sistemático para desenvolver um projeto de pesquisa, coletar dados, analisar e interpretar os resultados, e relatar de uma forma que atenda aos padrões estabelecidos para a descoberta, verificação e disseminação do conhecimento na disciplina.


REITERAÇÃO IMPORTANTE

A denominação “Gestão de Desastres” não faz nenhum sentido, pois os riscos que antecedem o desastre são diferentes daqueles que as comunidades enfrentam após o impacto, uma vez que os esforços serão geridos sob a ótica das ações de recuperação a partir dos serviços básicos e dos investimentos de reconstrução direcionados às comunidades atingidas.

A má gestão ambiental e a falha em desenvolver e aplicar códigos de construção contribuem com as perdas nos desastres. A gestão de emergências, por seu turno, dedica atenção e promove atividades de prevenção e mitigação que precisam ser conduzidas por outros setores.


SOBRE O GESTOR DE EMERGÊNCIAS

Esses profissionais desempenham o papel de consultor político sênior que supervisiona um programa comunitário com foco em todos os perigos e todas as fases do ciclo da gestão. Essas são competências do Programa Estratégico de Gestão de Emergências (PEGE).


Os gestores de emergências investigam e avaliam os perigos e apresentam sugestões para que as autoridades públicas deem suporte às leis que reduzem riscos e vulnerabilidades.


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Esforços colaborativos entre especialistas e organizações dos setores público, privado e ONGS são necessários para promover a prevenção e a preparação com Plano Diretor e gestão ambiental, seguindo o código de construção. Atividades fora da gestão de emergências, cujo objeto é progressivo, ao cobrar dos gestores que façam aquilo que foram designados a fazer.


3. Da orientação à padronização

Os gestores de emergências utilizam princípios sólidos de gestão na identificação de perigos, análise de riscos e determinação de vulnerabilidades a impactos, definindo prioridades, unificando e padronizando métodos de resposta das organizações com base na NFPA 1600, que postula: “identificar perigos, monitorizar a probabilidade de impactar pessoas, propriedades, meio ambiente e a própria entidade”.


NOTA: segundo a NFPA, a gestão eficaz se baseia:

(1) na identificação dos perigos naturais e provocados pelo homem que podem ter efeitos significativos na comunidade ou organização;

(2) na análise desses perigos com base na vulnerabilidade da comunidade; e

(3) na análise do impacto sobre comunidades, organizações e outras entidades específicas.

As estratégias de mitigação, planos de operações em emergências, planos de ações em emergências e de continuidade de negócios, são acompanhados dos planos de recuperação pós-desastres, baseados nos riscos e nos recursos para lidar com esses riscos.


Orçamentos, decisões de recursos, planos, educação pública, treinos multijurisdiscionais e outros esforços devem se concentrar em primeiro lugar nos perigos com os maiores riscos.


O foco da gestão de emergências é garantir que os planos sejam adaptáveis ​​a uma variedade de ameaças e que, ao lidar com esses perigos, coloquem em perspectiva os principais riscos: a comunidade também ficará mais bem preparada para os riscos menores.


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4. Da integração de esforços

Os gestores de emergência garantem a unidade de esforços entre todos os níveis de governo e todos os elementos de uma comunidade. A unidade de esforços depende da integração vertical e horizontal. Isso significa que em nível local os programas da gestão de emergência devem ser integrados a atividades da iniciativa privada.

Por exemplo, os planos de ações em emergência das empresas devem ser desenvolvidos tendo como base o plano geral de operações em emergências da comunidade. Além disso, os planos em todos os níveis, privados e do governo local devem, em última análise, além de integrados, apoiarem a visão consistente com os valores da comunidade.


PLANO DE CONTINUIDADE

Os planos de continuidade de negócios do setor privado devem considerar o Plano de Operações de Emergência da comunidade. Ao integrar esforços com o governo, essas empesas precisam saber como agir de forma cooperada, acionando o Sistema de Coordenação e Comando (SCC) quando a magnitude do evento ameaçar sua sobrevivência.


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As empresas podem fornecer recursos significativos tanto para suporte à etapa da resposta como nos esforços voltados a recuperação de danos por desastres e, portanto, podem ser consideradas como componente do Plano de Operações em Emergências da comunidade.


5. Das ações cooperadas

A gestão de emergências nas empresas segue padrões de nível superior. Por isso, as agências governamentais devem incluir a iniciativa privada como um recurso cooperado.


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A gestão de emergências é parte importante na tomada de decisões diárias, e não apenas nos períodos de recuperação de desastres. Embora a proteção da população seja responsabilidade primária do governo, não deve negligenciar a construção de parcerias entre atores de todos os setores, como privado, a mídia, e as ONGs que arregimentam voluntários.


É essencial lembrar que os gestores de emergências são especializados em tecer uma complexa rede de relacionamentos entre indivíduos e organizações, incentivando a confiança nos órgãos do governo local, formando equipes multidisciplinares e construindo consensos.


Há uma diferença entre os termos “cooperado e coordenado”, mas a má interpretação ou o uso como sinônimos contribuem para dificultar a finalidade operacional sob essas ordenanças.


Coordenação tem a ver com manter o bom entrosamento e andamento das funções. Implica que as responsabilidades sejam colocadas em perspectiva para alcançar objetivos.


Cooperação diz respeito a uma atitude ou cultura organizacional que caracteriza o grau de unidade e colaboração mútua dentro de uma comunidade. Em essência, a cooperação cria um ambiente no qual a coordenação pode funcionar de forma eficaz.

Nos esforços de recuperação de desastre, o único fator de melhoria no desempenho de uma comunidade é o grau de relacionamento aberto e cooperativo entre os indivíduos, corporações ONGs e agências envolvidas.


Assim, “o fator mais importante do enlace intergovernamental são os relacionamentos entre aqueles que se predispõem a trabalhar juntos diante de elevados níveis de estresse. Nos esforços cooperados os atores não querem “encontrar alguém encostado nos escombros”.


Esse é o tipo de cultura e relacionamento (cooperado) que a colaboração visa estabelecer.

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O compromisso com a colaboração possibilita outros papéis e funções essenciais, e isso é reconhecido como a natureza essencial da cooperação dentro da gestão de emergências.

Em ambientes de alta incerteza, confiança interpessoal é essencial para a ação coletiva. Esse nível de confiança é construído ao longo de um processo, complexo dentro de um ambiente operacional multiorganizacional; talvez seja essa a tarefa mais difícil na criação de uma rede de relacionamentos que integre um sistema cooperado confiável.


6. Da coordenação dos recursos

Os gestores de emergência integram atividades com um propósito comum, mas raramente conseguem direcionar as atividades das agências e organizações. Na maioria, os responsáveis ​​por essas organizações são superiores ao gestor de emergências. Cada parte interessada traz para o processo de planejamento suas próprias convicções autoritarismo, cultura e missões operacionais pré-definidas.


O princípio da coordenação exige que o gestor de emergências obtenha consenso para alcançar um propósito comum e, que suas atividades sejam independentes para atingir o propósito comum. Em essência, o princípio da coordenação exige que o gestor de emergências pense estrategicamente, que tenha uma visão geral e identifique como cada parte interessada se encaixa nesse mosaico. Essa é a base do plano estratégico exigido pela Norma Nacional de Preparação (NFPA 1600) e pelo Programa de Acreditação em Gestão de Emergências.


Ao desenvolver o plano estratégico, o gestor de emergências identifica metas e, em seguida, convence as partes a aceitarem a responsabilidade por objetivos específicos.


O plano estratégico é um mecanismo para avaliar o progresso e as realizações do programa.

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Esse mesmo processo pode ser usado em menor escala para um plano de recuperação comunitária; também é um componente inerente da resposta tática.


A fase da coordenação é essencial para o sucesso do planejamento e das atividades operacionais da gestão de emergências. A fase da coordenação consigna ao gestor de emergências as ferramentas que produzem os resultados para atingir um propósito comum.


7. Da flexibilidade

Os gestores de emergência utilizam abordagens criativas e inovadoras para resolver os desafios e, devido a diferentes responsabilidades, constituem um dos elementos organizacionais mais flexíveis em órgãos do governo e nas empresas.


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A realidade mostra como as leis e políticas operacionais impedem a flexibilidade e calcinam os órgãos governamentais. Na direção oposta, os gestores de emergências incentivam as soluções para atingir objetivos que na gestão tradicional permanecem inalcançados.


O principal papel do gestor de emergências é identificar perigos, analisar os riscos e determinar as vulnerabilidades, definindo estratégias para melhorar a resiliência. Em síntese, compete ao gestor de emergências ter flexibilidade para escolher não apenas o curso de ação mais eficiente, mas principalmente aquele que tenha maior probabilidade de ser implementado.


Na fase da preparação, o gestor de emergências utiliza recursos para manter uma estrutura de resposta comunitária bem-organizada. Um desses recursos é o desenvolvimento de um plano de operações de emergência comunitário baseado nas vulnerabilidades aos riscos analisados.  


Embora a maioria das políticas governamentais sejam projetadas para oferecer aplicações restritas, o plano de operações de emergência é projetado para ser flexível e aplicável a todas as operações em emergências na comunidade. A flexibilidade do plano foca as consequências do evento e não na ação panfletária promulgada pelos políticos de plantão.


A fase mais dramática da gestão de emergências é a resposta. Nesta fase, o gestor de emergências coordena as atividades para garantir que os objetivos gerais sejam alcançados.

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O gestor de emergências deve sugerir variações de táticas e adaptar a resposta a mudanças em que a resolução criativa difere da adesão rígida a planos preexistentes.


Como parte da equipe comunitária que determina as prioridades de recuperação, o gestor de emergências deve ser capaz de lidar com as pressões políticas, econômicas e sociais na tomada dessas decisões. É comum que os esforços da recuperação sejam direcionados para soluções em curto prazo. No entanto, o gestor de emergências não pode perder de vista as necessidades de longo prazo da comunidade, e esse é o aspecto da recuperação a ser impulsionado.


A flexibilidade é uma característica fundamental da gestão de emergências e o sucesso depende das flexibilidades. Apresentar soluções alternativas e, em seguida, ter a flexibilidade para implementá-las é uma fórmula para o sucesso na gestão de emergências.


8. Da cientificidade e profissionalismo

A abordagem científica é baseada no conhecimento, na educação, treinamento, experiência, prática ética, gestão pública e melhoria continuada dos resultados.


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O profissionalismo, no contexto dos princípios da gestão de emergências, não se refere aos atributos pessoais do gestor de emergência, mas ao comprometimento com a gestão de emergências como profissão. Uma vocação que possui certas características, entre as quais:

Código de ética – embora ainda não tenha sido acordado um código de ética único para a profissão, a Ética da Associação Internacional de Gestores de Emergências, tem sua ênfase em respeito, comprometimento e profissionalismo.


Associações profissionais – gerentes de emergência que buscam avançar na profissão de gerenciamento de emergências são membros de organizações profissionais como a Associação Nacional de Gerentes de Emergência (NEMA) e a Associação Internacional de Gestores de Emergência (IAEM). Eles também participam de associações profissionais afins.

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