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LIDAR COM OS RISCOS FUTUROS

Atualizado: 30 de set. de 2024


Erosão do litoral frágil de Odessa (Ucrânia) fez as casas deslizarem em direção ao mar.

A elevação do nível do mar aumenta a probabilidade da erosão costeira e inundação.


Os eventos climáticos extremos representam uma das mais graves ameaças que desafiam a estabilidade social de muitas localidades. A dimensão, a gravidade, a intensidade, o tempo de duração, onde impactará e os efeitos cascata e acumulativos são fatores difícieis de pontuar, considerando as incertezas criadas pelos riscos climáticos potenciais em conjunção com a ocupação desordenda do solo, principalmente pelas camadas populacionais estratificadas. A modelagem científica sugere que haverá aumento da frequência, como também da intensidade e gravidade dos impactos de eventos climáticos extremos.


A crescente complexidade e interdependência de sistemas técnicos de infraestrutura social influenciam nos processos aumentando a vulnerabilidade a desastres. O desenvolvimento urbano estende a ocupação territorial para áreas com maior risco a desastres naturais, como várzeas de rios, encostas de morros e litorais e, com isso agrava o problema, uma vez que as pessoas têm a expectativa de nestas condições poderem contar com o mesmo nível de acesso aos serviços das agências de resposta em em qualquer lugar que decidam ir viver. As características geográficas contribuem com o nível de vulnerabilidade a desastres. Densidade demográfica, migrações, uso irregular do solo e anseios por melhor estilo de vida são alguns desses fatores que aumentam os níveis de fragilidade.


A fragmentação das populações altera o comportamento e reduz o interesse das pessoas em participar das ações sociais locais, diminuindo a oferta de voluntários e a efetividade dos já arregimentados. Outros fatores incluem as distâncias para acessar suporte das agências, densidade e mobilidade populacional, condição socioeconômica, de saúde e faixa etária.


A escalada da frequência e magnitude dos impactos aumenta o número de chamadas às agências de resposta, gerando anseio nas populações mais carentes de essas organizações não conseguirem cumprir a tempo com suas finalidades: é exatamente isso que acontece.


As frustrações dos grupos sociais refletem nas demandas políticas e podem estar a criar expectativas irrealistas, relativamente à capacidade de resposta e de dependência insustentáveis. Neste sentido, se as pessoas não puderem receber a ajuda que estão a demandar, ocorrerá um processo que corroerá a confiança nas suas lideranças políticas. Por isso, é essencial desenvolver a capacidade de indivíduos e famílias compartilharem esforços e desenvolver os meios de coordenar a responsabilidade cpara lidar com os desastres.


O planejamento tradicional para gerir emergências e recuperar de desastres enfatiza a documentação das responsabilidades e as atribuições das funções. No entanto, os novos conceitos modificaram esses paradigmas substituindo-os pelos arranjos estratégicos que dividem o planejamento em etapas de: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação (em curto e em longo prazos). O foco desses mecanismos está concentrado em determinar os níveis de vulnerabilidades e os graus possíveis de resiliência aos impactos, para então estabelecer as políticas públicas considerando a Educação e Recursos em cada contexto.


Os desastres não afetam a todos da mesma maneira, pois o padrão de fragilidade das localidades e das pessoas são variáveis em graus de exposição aos riscos. Para reduzir as vulnerabilidades aos danos socioeconômicos e ambietais é fundamental ampliar a visão dos impactos sob a ótica dos princípios da Gestão de Emergências: abrangência, antecipação, orientação dos treinos, integração, cooperação, coordenação, flexibilidade e profissionalismo.






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