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GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 17 de abr.
  • 7 min de leitura

O JGE em suas recentes publicações tem dedicado especial atenção a prevalência do setor da Segurança Privada, sob a perspectiva da preparação dos agentes especiais para interagir nas ações de mitigação, preparação, resposta e recuperação


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O plano de ação da Segurança Privada é o núcleo do processo para enfrentar desafios.    

O JGE incentiva as lideranças a tornar as probabilidades de danos por desastres menos possíveis, ​e menos prejudiciais se impactarem seus clientes.

O programa para reduzir os riscos de desastres torna as empresas e comunidades mais fortes, mais resistentes ou menos vulneráveis, e consequentemente, mais resiliente.


ETIOLOGIA

O estudo sobre a origem das coisas


Sabemos que emergências não marcam hora, nem local ou magnitude para ocorrer, mas sabemos que podem ocorrer em qualquer lugar, a qualquer hora e em todas as proporções. O importante é reconhecer ameaças e seus efeitos antes que a condição vire desastre.


O MOMENTO

  1. Emergências que chegam à categoria de desastre têm aumentado em todo o mundo.

  2. Diante do desassossego a Segurança Privada contribui com a Gestão de Emergências.

  3. A Gestão de Emergências referencia a “Lição da Alice” sobre o ponto em que estamos.


A LIÇÃO DA ALICE

Na obra de Lewis Caroll: País das Maravilhas, Capítulo 12. Lewis Carrol (1832-1898), Alice pergunta: “Vossa majestade, por favor, por onde eu devo começar?” A Rainha então aconselha Alice: “Comece pelo começo, siga em frente, quando chegar ao final, pare.”

O conselho da Rainha não é tão simples. Em primeiro lugar, Alice precisa saber onde está, e depois para onde ir. Também Alice terá que decidir quando sair dali para chegar ao final.


No senso comum, é mais fácil considerar que há um ponto de partida físico para se iniciar uma jornada: mas não há. O caminho não começa em um ponto físico pelo qual Alice ao seguir em frente chegará a um final. Na realidade Alice se encontra em um momento, a partir do qual precisa seguir adiante, e o Sr. Coelho está sempre com pressa – à beça.


A LIÇÃO DAS TORRES GÊMEAS

Tanto a Lição de Alice como a dos ataques terroristas às torres gêmeas, reiteram a necessidade de entender o momento em que estamos, “ao chegar ao final, parar!” E, agora, sob ótica da Gestão de Emergências reinterpretar o significado de desastres. Foram os ataques terroristas uma nova forma de desastre? Qual é esse tipo de desastre? O furacão Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleans é um desastre Natural? Antropogênico? Ou ambos? Como classificar?


REVISÃO DO SIGNIFICADO DE DESASTRES

Foi a partir de 2007 que os gestores de emergências assumiram como desafio redefinir o significado de desastre, considerando existir uma diferença entre a teoria e a prática.

O problema em pauta está consignado a designação semântica, uma vez que este verbete tem sido a mesma empregada para descrever situações totalmente díspares. Vamos refletir.


CIÊNCIA E A ARTE SÃO DÍSPARES?

Prever o imprevisível e estabelecer um custo financeiro para cobrir perdas desconhecidas, é um conceito díspar - heterogêneo? Que não tem par em alguns aspectos?


Emergência pode ser um fenômeno estudado sob os paradigmas científicos? Ou seja, com método, rigor e objeto. Mas como estudar um objeto que ainda não existe? Isso torna a investigação da emergência incomum, porque “objeto” deste episódio está no futuro, mas pressupomos que ocorrerá, portanto, é “arte”. Então o paradigma inovador é interpretar “arte” sob a ótica das “Ciências Sociais”.


É o momento da Alice, não no país, mas no mundo das maravilhas. 

DE VOLTA À LIÇÃO DE ALICE

Podemos perceber que os países industrializados não estão a caminhar a partir de um ponto físico em direção a algum lugar seguro, mas estão em um momento que, a qualquer tempo, pode ser impactado por eventos socialmente perturbadores. Esse é o desafio de Alice. Tudo pode mudar de um momento para outro e, se mudar, pare – identifique o desafio e estabeleça uma conduta para controlar a condição, com pressa, de defina o preço, evitando o desastre.

USANDO A TECNOLOGIA CONTRA OS DESASTRES

Atualmente, com o acesso quase irrestrito ao conhecimento é possível chegar a níveis de sabedoria para aplicar soluções trazidas pela Gestão de Emergências para tratar vulnerabilidades, minimizando impactos e reduzindo custos socioambientais.


ESTUDOS QUALITATIVOS

Os estudos no âmbito da Gestão de Emergências, foram iniciados a partir de 2007, e estão disponíveis no JGE.APP.BR em português. Os programas de ensino JGE é especialmente direcionado a lideranças e liderados com diferentes métodos de ensino. Os programas são ecléticos para alcançar o público-alvo com diferentes responsabilidades, funções e atribuições da Segurança Privada. Os conteúdos focam a efetiva redução dos efeitos de eventos surpreendentes com ênfase na preparação para ajudar as pessoas vulneráveis.


EVIDÊNCIAS DAS VULNERABILIDADES

Com base em evidências filtradas e padronizadas, é razoável afirmar que pessoas as vulneráveis, como primeiro passo, precisam aprender sobre a etiologia dos desastres e, a seguir no processo do aprendizado, devem desenvolver as habilidades de previsibilidade, ou seja, de que forma os eventos, a partir das emergências, têm potencial de impactar com desastres de diferentes magnitudes diante das eventuais falhas de integração de recursos.


EFEITOS DESTRUTIVOS A SEREM MITIGADOS

Os efeitos de desastres naturais e provocados pelo homem causam sérias perturbações às comunidades, produzindo muitas vítimas, perdas financeiras, ambientais, sociais e econômicas, que, reconhecidamente, estão além do poder da comunidade.


Os dados revelam que os efeitos dos desastres estão aumentando em todo o mundo.

FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO

A educação para desastres, foca os efeitos dos impactos e, com isso, distribui o conhecimento entre indivíduos e grupos para que possam tomar medidas consistentes na redução das suas vulnerabilidades. Essa proposta está sustentada pelas avaliações feitas durante as duas últimas décadas, em que se concluiu que as pessoas treinadas apresentam um nível de preparação satisfatório para responder, tanto ao controlar emergências como ao recuperar de desastres, de forma social e economicamente orientada. Então, com base nos resultados, é lícito afirmar que a educação pública para desastres é uma ferramenta funcional, operacional e econômica na recuperação dos efeitos de desastres.


PEQUISAS EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS

A pesquisa foi limitada a artigos revisados ​​em inglês publicados nos últimos 20 anos. Além disso, os artigos selecionados foram revisitados ​​por pesquisadores independentes. A pesquisa primária gerou 128 referências relevantes.

MÉTODOS DE ENSINO QUALITATIVO

Existem diferentes métodos para ensinar e treinar as pessoas vulneráveis, mas nenhum deles pode ser considerado como melhor do que outros. Pessoas treinadas podem proteger melhor a si mesmas e aos outros. Nesse sentido, planejar e elaborar programas abranges de qualificação é a base estrutural da gestão para que as pessoas enfrentem as ameaças, coordenando as ações cooperativadas.

CONHECIMENTO ADQUIRIDO

Esse aspecto que está seno colocado em perspectiva pelo JGE possibilitando aplicar soluções tecnológicas mais eficazes para prever e prevenir que emergências não-controladas (ou mal interpretadas) evoluam para o nível de desastres e, se impactar, contar com meios para recuperar em tempo-resposta e custos conhecidos.

EFEITOS PROTETIVOS

É possível aplicar as tecnologias de IA generativa para o setor de Segurança Privada e oferecer aos seus clientes os benefícios, com acesso a escalabilidade personalizada para usar os dados das experiências em favor de todos que inclui as comunidades. O objetivo é determinar de forma acurada e sintética os níveis de vulnerabilidade das organizações à desastres, preparando os colaboradores para desempenharem ações coordenadas tanto na redução dos impactos como na rápida recuperação da comunidade e de indivíduos.


EFEITOS COMUNITÁRIOS E INDIVIDUAIS

Há evidências de que a maioria das perdas e danos patrimoniais, operacionais e de ferimentos, e mortes por desastres podem ser mitigados com medidas de preparação que incluem desde ajustes da infraestrutura comunitária, comercial, industrial e das moradias, contra os riscos plenamente conhecidos. As ações de resposta são planejadas utilizando modelos computacionais alimentados por IA generativa que projetam diferentes cenários com os potenciais níveis de impactos. Com essas antevisões tecnológicas é possível melhorar a recuperação, reduzindo sofrimento e danos ambientais causados ​​por desastres.


INTEGRAÇÃO COORDENADA

Os níveis de eficácia aumentam significativamente quando as pessoas de uma comunidade se predispõem a integrar os recursos e a cooperar na recuperação de desastres. Muito além da população cooperar, está a importância de as autoridades e formuladores de políticas reverem seus métodos de persuasão e se concentrarem em desenvolver novas abordagens para as pessoas a darem saltos qualitativos na redução do risco de desastres. O processo inclui treinar as crianças, cuidar dos animais domésticos e do público em geral, especialmente as pessoas vulneráveis. Um desafio candente está nas ameaças das alterações climáticas severas que ao atingirem áreas frágeis de ocupação estratificada aumentam a vulnerabilidade a desastres.

Há uma estreita correlação entre as alterações climáticas, o desenvolvimento de áreas frágeis, pessoas com necessidades especiais e falha na prontidão das donas de casa.


EFEITO CASCATA

Ao educar pessoas vulneráveis ​​ as ações de suporte se tornam mais eficazes e menos penosas para as pessoas responsáveis – ou seja é um benefício em cascata para a comunidade. Além disso, alguns confirmaram que no sentido oposto, a baixa conscientização e a compreensão inadequada do risco exercem um efeito negativo na prontidão, na resposta e na atenção aos avisos de perigo, prejudicando as medidas de proteção dos vulneráveis a efeitos dos desastres.

INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO

A prioridade ao inovar é aplicar conhecimento e criar uma cultura de segurança com capacidade de resposta para todos os níveis de ameaças. Os impactos de desastres podem ser reduzidos quando as pessoas entendem as ameaças e ficam motivadas a aderir às ações de prevenção. Nesse sentido, a prioridade é coletar dados e disseminar informações sobre os riscos aos quais ficam sujeitas as pessoas vulneráveis, cujas limitações ​​exigem a atenção especial de profissionais de resposta e pessoas treinadas para lidar com a condição.


RESULTADOS

As análises temáticas revelaram oito categorias principais de estratégias educacionais, como o aumento de conhecimento, a avaliação de necessidades educacionais, o planejamento educacional, os conteúdos e abordagens educacionais, as ferramentas e as organizações envolvidas e as barreiras e desafios de aprendizagem.


CONCLUSÃO

A maioria dos países lançou atividades voltadas a educação pública, mas sabendo não serem suficientes. Há lacunas entre o que é e o que deveria ser. Estratégias de ensino e aprendizagem mais eficazes são necessárias para aumentar a qualidade da preparação para controlar emergências e reduzir o impacto de desastres em todos os níveis da comunidade.


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