AS ORGANIZAÇÕES, OS PLANOS E OS DESASTRES
- Randal Fonseca
- 26 de mai. de 2024
- 13 min de leitura
As organizações internacionais como NFPA, OSHA, NSC, FEMA, dentre outras, dedicam suas atividades a identificar os tipos de perigos, os fatores de riscos e as causas de desastres
SAIBA MAIS SOBRE AS ORGANIZAÇÕES
A NFPA – National Fire Protection Association é uma organização sem fins lucrativos que identificou os perigos potenciais e os elencou segundo a natureza, tipo e velocidade de impacto. A lista dos perigos está disponível abaixo neste artigo para qualquer interessado.
A OSHA Occupational Safety and Health Administration, desde 1970 analisa índices estatísticos publicados pelo NSC e, com base nas evidências, desenvolve e implementa leis, normas trabalhistas e instruções técnicas para equipamentos e métodos de proteção laboral.
O NSC – National Safety Council criou em 1913 o conceito mundialmente difundido de Higiene Industrial com vista a Segurança e Saúde Ocupacional. O NSC promove estatísticas sobre as atividades produtivas que podem provocar doenças e males laborais nos vários ambientes sociais, como no trânsito, no lar, no lazer e, principalmente, no local de trabalho.
A FEMA – Federal Emergency Management Administration, investiga e publica orientações para controlar emergências e recuperar de desastres de causas naturais e/ou antropogênicas.
OS PLANOS (A BASE DO CONTRATO SOCIAL)
Sabemos que os perigos vão continuar e temos consciência de que os riscos de cada perigo impactar precisam ser analisados, mitigados e monitorados, pois novas formas de ameaças sofrem alterações nas regras de resposta, por influências objetivas – e subjetivas.
A ênfase de se ter um planejamento estratégico dinâmico não é uma esquisitice passageira. A forma individualista e tecnicista de comportamentos pós-moderno tem sido influenciada pela recusa da fatalidade. Ou seja, aquela pressuposição de estar no controle e a pretensão de dominar os eventos impetuosos que não se submeterem à vontade humana.
A partir de certo momento histórico, pessoas que no comando administrativo e político, entenderam ser inaceitável que algo pudesse lhes escapar ao controle técnico; para elas isso era simplesmente inaceitável. No entanto, a realidade se sobrepõe às crenças e convicções e o que se tem a cada novo assombro é a ascensão do medo e da insegurança. Gestores recalcitrantes tendem a insistir em cumprir metas de planejamento empregando práticas vencidas e, como consequência falham a cada nova falha, revelando a ineficácia da cultura tecnicista e deslegitimando a ideia metafísica de acreditar em resignação.
A sensação de ter o poder divino de controlar não elimina a exigência de proteção e de planejar para minimizar os erros, e as insistentes pretensões falíveis, que surpreendem.
ÉTICA ABSOLUTA
Se existe um nível facultativo da ética nos processos da gestão de negócios e de governos, há também um nível obrigatório incondicional e inviolável de manter os princípios da moral, que prescrevem o respeito às pessoas, a proteção à vida, à dignidade do outro. Assim, seja qual for a situação econômica da administração pública ou de uma empresa, estas não podem, de maneira alguma, prevaricar em relação às vulnerabilidades.
Cada vez mais, a Base do Contrato Social – a ética e a moral, obrigam a rever os planos promovendo a resistência e a redução por meio da preparação doméstica para desastres.
POR ONDE INICIAR
A proposta é sempre determinar as condições do uso do solo, investir em saúde, estabelecer políticas de prevenção e de redução dos riscos a eventos previsíveis, preparando a população para o imponderável. Em termos de gestão o plano dever estar associado a “qualidade total”: um imperativo moral absoluto.
Para avançar na solução do problema inerente a vulnerabilidades aos riscos, será necessário reforçar a avaliação regular das atividades produtivas, dar ênfase à “melhoria” do fator humano, da função pessoal e das famílias, ou seja, da competência, do treino, dos exercícios simulados, e da aferição sistemática das metas.
A responsabilidade dos indivíduos e famílias é inquestionavelmente a nova fronteira de uma gestão pública determinada a garantir a confiabilidade em suas lideranças políticas. Em função desse objetivo a Gestão de Emergências é o fenômeno central. Essa disciplina precisa estar no cerne do planejamento estratégico e deve acarrear uma atenção sistemática a qualificação profissional, à realização e respeito aos indivíduos, e à valorização do papel comunitário.
O RECONHECIMENTO
O planejamento estratégico exige que as pessoas se sintam respeitadas e reconhecidas como parte dos problemas e das soluções, ou seja, se sintam responsáveis. A uma administração tecnocrática deve suceder uma gestão de reconhecimento (sistema de recompensa, negociação coletiva, qualificação permanente, informação, valorização dos papéis profissionais e suas competências, etc.) sem isso, o clima social se deteriora e, por conseguinte, os fatores intrínsecos se tornam decisivos no tocante a multiplicação das catástrofes.
A GESTÃO ÉTICA
O processo de planejamento estratégico para desastres exige uma gestão ética que não se limita à formulação de códigos e de normas de conduta, mas que se balize por diretrizes, padrões de procedimentos e protocolos de prevenção. A ética na gestão deve focar nos métodos de correção permanente dos erros, com sistema eficaz de recursos para controle de emergências, que não falhe além da primeira falha, que não chegue a condição de desastre e aumente problemas, com patologias institucionais e condutas inaceitáveis dos governantes.
Fatal é o erro que negligencia a dimensão humana e subestima tudo aquilo que pode favorecer o bom ambiente nas equipes voluntárias, as motivações embasadas pelo domínio das técnicas especializadas, a satisfação dos profissionais liberais, a autoestima dos aventureiros, a valorização dos papéis comunitários. Os eventos indesejáveis podem ser mitigados e devem ser controlados, investigados sob a ótica da falha de planejamento, para ser objeto das medidas de correção: gestão incondicional, ampla, participativa, interativa e eficaz.
OS PLANOS E OS ENTRAVES
Sabemos existir diferentes tipos de óbices para se implementar um Plano de Ações com níveis significativos de amplitude operacional e abrangência geográfica, pois criará o entrelaçamento com as políticas governamentais. No entanto, antes disso, o primeiro empecilho ocorre quando os gestores, diretores e outros líderes relutam em investir nos suportes das telecomunicações em emergências. O segundo embraço se dá quando os tomadores de decisões recalcitram em aprovar a formação e treino de alta qualidade para estruturar um sistema integrado de recursos. Essas são patologias subjacentes aos desastres e catástrofes com vieses que conduzem à Calamidade Pública e seus contumazes entraves políticos.
O QUE FAZ O JGE
a) O JGE enfatiza a importância de que os planos, como POE e PAE, contenham as provisões e dispositivos voltados, em perfeita sintonia, para contemplar os perigos identificados pela NFPA em todos os ambientes (ver: lista abaixo).
b) O JGE reitera a importância de as organizações da iniciativa privada, governos e ONGs, desenvolverem e manterem um Programa Estratégico de Gestão de Emergências (PEGE) para estarem aptas a operar o Sistema de Coordenação e Comando (SCC).
Os cursos para o PEGE são direcionados a profissionais e agentes públicos com poder de decisão em recuperação de desastres com potencial de chegarem a catástrofes.
O BINÔMIO PEGE/SCC
O PEGE e o SCC congregam uma variedade de disciplinas em diferentes níveis de especialização para adequar os recursos às magnitudes das mais diferentes ameaças.
Os cursos são com aulas e exercícios teóricos que incluem situações-problema e casos específicos que possibilitam conhecer em profundidade os elementos do PEGE e SCC.
O conteúdo desses cursos coloca os alunos em contato com os conceitos, dispositivos e provisões dos planos estratégicos e princípios da Gestão de Emergências, iniciando pela história e estrutura organizacional que coaduna o relacionamento multijurisdicional.
O SCC é uma ferramenta modular empregada nas respostas a emergências e recuperação de desastres. Para o uso correto do SCC é necessário que as empresas, ONGs e órgãos governamentais adaptem suas estruturas organizacionais e implementem o PEGE.
O QUE FAZ O PEGE
Orienta a implementação das práticas que operacionalizam os dispositivos dos Plano de Ações em Emergências e as bases para ativar o Sistema de Coordenação e Comando (SCC), fornecendo os elementos para o comando unificado e coordenações políticas, financeiras e de jornalismo no sistema de Coordenação Multiagência (CMA).
O QUE FAZ O SISTEMA CMA
O Sistema de Coordenação Multiagência (CMA) é responsável pelas políticas superiores e não infere diretamente sobre as ações na cena. É ativado quando recursos multijurisdiscionais são necessários, de forma a pacificar as tomadas de decisões políticas e financeiras das lideranças, que podem incluir óbices de outros países.
SAIBA MAIS SOBRE O SCC
O sistema de coordenação e comando é uma ferramenta modular que expande e contrai de acordo com a condição na cena. As respostas a eventos com potencial de expansão dependerão de recursos adicionais que são ativados conforme as definições dos Coordenadores de Operações e de Planejamento.
OS PLANOS PROGRAMÁTICOS VERSUS OS PRAGMÁTICOS
E vez de planos pragmáticos e reativos, os programáticos são proativos, aprovados com antecedência e endossados pelas lideranças políticas e empresariais. Uma vez que sejam estabelecidos os parâmetros para declarar a outorga de autoridade excepcional em emergências o SCC é ativado.
Dentre as ações programáticas está também a estruturação do sistema integrado de recursos que pode incluir brigadistas industriais, socorristas, pessoal da Saúde, operadores de veículos de emergências e players com habilidades específicas, como mergulhadores, navegadores, canoístas, escaladores, operadores de máquinas, veterinários, dentre uma miríade outros técnicos e profissionais liberais que possam interagir com recursos multijurisdiscionais, nacionais e internacionais.
Cadastrar pessoal com formação, treinos e práticas em atividades radicais de aventura é parte do “processo estratégico” que, paralelamente à identificação do capital humano realiza simulações computacionais para avaliar as interações operacionais e calcular os custos de cada conjunto de competências empregado na preparação, aferindo sistematicamente, em curto e longo prazo, os resultados das ações de resposta.
Uma vez que esses dados estejam disponíveis é possível estabelecer políticas assertivas na Educação Doméstica para Desastres, respeitando valores socioculturais, ambientais e políticos-comunitários nas etapas da resposta a emergências e da recuperação de desastres.
ATUALIZAÇÃO DOS PLANOS
As simulações gráficas possibilitam atualizar sistematicamente cada plano de acordo com as variáveis que forem introduzidas nas equações. Assim, por exemplo, no caso de ruptura de barragem de mineração, se a população à jusante aumentar, diversificar ou diminuir, ou se uma empresa se instalar na área em risco, o sistema computacional simulará os efeitos e os custos de impactos, considerando as diferentes variáveis e propondo novas soluções. Uma solução possível para populações em áreas de risco pode ser removê-las, como também construir canais, diques e medidas para conter a força das águas e dejetos arrastados.
Nas empresas, as provisões e dispositivos do Plano de Ações em Emergências devem considerar os fatores do POE, com vista a vulnerabilidades das populações aos riscos.
O plano empresarial precisa contar com os Grupos Técnicos Especializados, compostos por geólogos ambientalistas, biólogos, engenheiros, médicos, economistas, jornalistas, técnicos em computação gráfica, dentre outros espertos que examinam os modelos computacionais para propor alternativas. Os empregados devem utilizar essas alternativas nos planos domésticos e na preparação dos planos comunitários de associações e igrejas, por exemplo.
As cheias em São Luiz do Paraitinga – SP: 2010, há muito já foram superadas por outras.
FATORES ADVERSOS PREVISÍVEIS OU NÃO
Ao planejar para preparar e responder a emergências, não se pode dispensar as ações desempenhadas pela gestão de Segurança e Saúde. No entanto, sabemos que eventos indesejáveis ocorrem independentemente e a despeito de toda a segurança. Essa foi a lição aprendida pelo país mais seguro do mundo em setembro de 2001, em que 2840 pessoas morreram, e a seguir, sob outras perspectivas, com o furacão Katrina (Nova Orleans), em 28 de agosto de 2005, onde mais de um milhão de pessoas foram evacuadas e 1836 morreram no impacto. O Katrina foi considerado o terceiro furacão mais mortífero e um dos mais destrutivos a ter atingido os Estados Unidos.
Não é preciso haver falha na segurança para ser atingido por impactos, previstos ou não.
Emergências podem ocorrer e os efeitos dos impactos precisam estar incluídos nas projeções, mesmo quando não for necessário obter ajuda adicional para recuperar.
Faz parte da gestão de emergências calcular os efeitos tardios das contaminações que, silenciosamente atingem os socorristas, bombeiros, policiais, pessoal da enfermagem e médicos, sem esquecer dos voluntários que integram os esforços, tendo ou não sido arregimentados pelas ONGs. Podemos citar como exemplo as cerca de 3.000 pessoas que morreram em 11 de setembro de 2001, dos quais cerca de 400 eram socorristas voluntários.
Na década seguinte, centenas de outras pessoas que intervieram, morreram e milhares ficaram doentes devido a participação nos esforços de limpeza e identificação.
Embora a poeira dos ataques tenha assentado, os efeitos psicológicos do desastre ainda estão sendo sentidos", disse o senador Charles E. Schumer (D-NY) dois anos após.
"Os socorristas que chegaram em casa em segurança naquele dia ainda estão, quase oito anos depois, sofrendo de condições médicas resultantes da poeira que aspiraram enquanto ajudavam a resgatar inúmeras vítimas." Schumer fez esses comentários em 24 de junho de 2009, quando introduziu a Lei de Saúde e Compensação de James Zadroga (S. 1334).
O projeto de lei previu cuidados de saúde a trabalhadores (profissionais e voluntários) expostos a produtos químicos tóxicos liberados pelo colapso das duas edificações gêmeas.
ELEMENTOS DA CULTURA
Fatores culturais são subjetivos e podem inferir quando grupos sociais acreditam que esses episódios perturbadores só ocorrem por castigo divino, ou porque uma ou outra empresa é criminosa, ou o governo é corrupto, ou por não terem sido feitas as obras para aumentar a igreja, ou porque uma determinada santidade foi desrespeitada por pressupostos algures.
Nada disso tem a ver.
PLANO DOMÉSTICO PARA DESASTRES
Quais os benefícios de a família estar preparada?
Estar preparado para o inesperado reduz o medo e ansiedade, podendo também prevenir perdas materiais e de vidas humanas e/ou animais. Essas já são razões suficientes a justificar ter já um plano para agir em emergências, mas não basta; é preciso testar as ações de forma a manter estado de prontidão. O plano deve conter informações publicadas pelas autoridades locais, quanto aos refúgios pré-selecionados considerando as necessidades especiais dos membros da família e animal de estimação ou de serviços.
A PARTICIPAÇÃO COLETIVA
As pessoas nas comunidades podem reduzir o impacto de emergências evitando chegar ao nível de desastres, por exemplo, preparando contra inundações, elevando o nível da casa ou avaliando o tipo de terreno onde querem construir; considerando as ameaças potenciais que podem incluir, deslizamento de terras, queda de barreiras e perigos naturais ou industriais.
Em resumo, a necessidade de manter estado de prontidão é real e imperativa, mas muitas comunidades podem descuidar e conviver com perigos iminentes por muito tempo. Exemplos para ilustrar essa afirmação podem incluir as comunidades atingidas pelas barragens de mineração ou incêndios florestais.
As pessoas acreditavam que estariam seguras pelo fato de viverem naquelas vilas pacatas e pequenas cidades fixadas na região há mais de dois séculos. Na verdade, não estavam seguras, pois elas não sabiam que as regras no entorno haviam mudado – mas as mentalidades não.
ESTAR PREPARADO É IMPERATIVO
Os desastres causam sérias perturbações a centenas de milhares de vidas todos os anos. Cada desastre tem efeito duradouro, tanto para as pessoas quanto para a propriedade. Quando um desastre atinge uma comunidade, o governo local deve prestar ajuda, mas nem sempre isso se dá na velocidade e proporção em que as populações atingidas acreditam que receberiam das autoridades. Ajudas humanitárias prestadas pelas organizações não-governamentais e voluntários abnegados buscam compensar as lacunas deixadas pelos governantes, mas a principal ajuda precisa partir de cada pessoa, de cada família e do conjunto comunitário.
ESSE É O PONTO FULCRAL DE SE ESTAR PREPARADO
OS EXEMPLOS
Os poucos exemplos citados são suficientes para alertar sobre a importância de manter vigilância constante nas modificações de terrenos e instalações de plantas industriais, dentre outras variações ambientais que podem surgir ao longo do tempo em decorrência da evolução da localidade e desenvolvimentos sociais.
Qual a razão de estar preparado?
Estar preparado garante não ter que aguardar ajuda das agências governamentais, como Defesa Civil, SAMU, bombeiros polícias, pois a “ajuda esperada” poderá não chegar de imediato, mas necessidades imediatas podem ameaçar a vida e propriedade.
Por que a ajuda pode demorar?
O pessoal das agências e mesmo das ONGs podem estar concentrando esforços em outras prioridades e tardar em atender a sua por não terem meios de responder na mesma medida.
Todas as pessoas precisam estar preparadas?
Cada pessoa deve avaliar se ela e familiares estão aptos a responder a qualquer evento indesejável que possa impactar a área, como ondas de calor, falta d’água, frio intenso, tempestades, enchentes, deslizamento de terras, terrorismo ou assaltos pontuais, etc.
Qual o nível de preparação a ser mantido?
Com base nas experiências o ideal é estar sempre pronto e autossuficiente para sobreviver por pelo menos três a cinco dias sem depender de ajuda de ninguém. Para alcançar este nível de prontidão e se proteger inclusive de grupos violentos, é necessário seguir uma regra básica para conseguir o seu próprio abrigo, água, alimento, higiene, medicamentos e primeiros socorros a membros da família e aos animais domésticos.
PROGRAMA PARA PREPARAÇÃO
Considere utilizar as instruções do JGE de Preparação Doméstica para Desastres que contém as mais recentes recomendações para sobrevivência em desastres.
O programa JGE incentiva desenvolver lideranças locais e ser utilizado em conjunto com informações e instruções disponibilizadas pela Defesa Civil, pelos corpos de bombeiros ou por ONGs, como a Cruz Vermelha. As pessoas podem utilizar o Plano Doméstico sugerido pelo JGE para organizar insumos e colocar em prática quando um evento ocorrer.
Cada indivíduo treinado se torna parte de um sistema de autoproteção, pois a realidade tem reiteradamente demonstrado que nem sempre as agências possuem meios suficientes para atender sequer a eventos moderados. Essa percepção tem tudo a ver com estar preparado (apto) a proteger a si, seus familiares, animais e propriedade, contra todos os tipos de perigos naturais ou antropogênicos.
Faça um exercício mental: comece imaginando uma pirâmide em que o indivíduo forma a base dessa pirâmide e, com isso se torna responsável por prover a sustentação de todos que vêm acima, ou seja, os familiares, animais e propriedades.
A questão é: “como garantir a estabilidade da pirâmide se ela for impactada por desastre?
O Programa JGE ensina o que fazer em cada fase: 1. ANTES, 2. DURANTE e 3. APÓS.
LISTA DE PERIGOS (NFPA)
O objetivo desta lista NFPA reflete apenas as categorias gerais de perigos que precisam ser identificados sob as categorias para serem incluídos na análise de riscos no desenvolvimento de planos de operações (governos) e planos de ações em emergências (empresas):
1. Perigos naturais que podem ocorrer sem a interferência de pessoas e tem potencial de causar impactos diretos ou indiretos (pessoas, propriedades e meio ambiente):
A) Perigos geológicos (não inclui asteroide, cometa e meteoro):
a) Terremoto
b) Tsunami
c) Vulcão
d) Deslizamento de terras, lama e movimentos da crosta
e) Glaciais, iceberg
B) Perigos climáticos (Intempéries):
a) Inundação, enxurrada, onda, enchente, corrente marítima
b) Seca, fome
c) Fogo (florestal, matas, urbanos, e nas interfaces)
d) Neve, gelo, geada, avalanche
e) Vendavais, ciclone extratropical, furacão, tornado, tromba d’água, nuvem de poeira
f) Temperaturas extremas (calor, frio)
g) Queda de raio
h) Tempestade geomagnética (explosão solar)
C) Perigos biológicos:
a) Doenças que surgem e impactam humanos ou animais [pragas, Varíola, Antraz, vírus do Nilo, doenças bucais e cutâneas, SARS, pandemias, Vaca louca]
b) Infestação ou danos causados por insetos ou animais
2. Perigos antropogênicos:
A) ocasionais
a) Derrames ou vazamentos de: produtos perigosos (explosivos, líquidos inflamáveis, gases inflamáveis, sólidos inflamáveis, oxidantes, venenos, radiológicos, corrosivos).
b) Explosão/fogo
c) Incidente de transporte
d) Colapso de estrutura/edificação
e) Falta de energia ou falha nos serviços essenciais
f) Falta de combustível
g) Poluição ou contaminação do ar e da água
h) Falha de barragem ou de represa
i) Problemas financeiros, crise econômica, inflação e colapso do sistema financeiro
j) Interrupção nos sistemas de comunicação
k) Boatos, rumores ou informação errada
B) intencionais
a) Terrorismo (explosivos, químicos, biológicos, radiológicos, nuclear, cibernético)
b) Sabotagem
c) Distúrbios sociais, sequestro público, histeria coletiva, movimentos civis.
d) Ataque inimigo, guerra
e) Insurreição, revolução
f) Greves e disputas laborais
g) Desinformação
h) Atividade criminal (vandalismo, armação, fraude, estelionato, roubo de dados)
i) Pulso eletromagnético
j) Quebra de segurança em informações físicas
k) Violência no local de trabalho
l) Contaminação por defeito em produto industrializado
m) Assédio
n) Discriminação
3. Falhas tecnológicas não-relacionadas a naturais ou provocadas pelo homem:
a) Computador central, mainframe, software, ou aplicativos – internos e externos
b) Equipamentos de suporte
c) Telecomunicações
d) Energia/força/serviços essenciais
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