top of page

A RAZÃO DE PLANEJAR

A atitude mental de “desejar” não leva efetivamente ao objetivo de planejar.

A “razão de planejar” foca alcançar um propósito, pois é com essa decisão que os desejos individuais irresolutos dão lugar às soluções sociais resolutivas”.


No artigo JGE “Planejar ou Desejar” pudemos aprender com as experiências de John Leach que o cérebro humano não responde plenamente quando temos que tomar decisões rápidas ao estarmos diante de grave ameaça. Parafraseando Leach, “quando o indivíduo não tem um plano para responder a um evento crítico ele perde a capacidade cognitiva e, em vez de agir, congela.


Para planejar é preciso estar atento e se antecipar aos eventos. O exercício da antecipação, da previsão, do planejamento, implica em concentrar atenção para projetar um futuro e, com isso, definir os recursos para empreender a resposta decisiva.


A habilidade da preparação assertiva é um atributo natural facultado a algumas pessoas, mas no âmbito geral, qualquer um pode aprender a observar e desenvolver a capacidade de perceber ameaças para agir de forma coerente. De maneira geral, todas as pessoas podem, e mesmo devem, exercitar presságios e praticar a busca de soluções para responder a tempo. Ou seja, é um conjunto de ações que faz toda a diferença, pois de nada adianta perceber, pressagiar e não conseguir agir de forma rápida e precisa.


APRENDER A PLANEJAR E AGIR

Cada plano tem as suas peculiaridades de acordo com a atividade, localidade, sazonalidade e vulnerabilidades às adversidades dentro de um determinado contexto.


Os planos de ações, tanto individuais, domésticos, empresariais, comunitários e governamentais precisam considerar os diversos fatores delimitadores.


No aspecto semântico, o termo “considerar” suscita a abrangência da percepção do planejador para identificar os perigos, analisar os riscos e vulnerabilidades potenciais. Por exemplo, eventos climáticos como furacão ou tempestade de verão são ameaças que podem ser previstas com antecedência suficiente para preparar uma defesa, mas ameaças antropogênicas podem ocorrer sem aviso, como tiroteios, atos terroristas, explosões ou vazamentos químicos, demandando respostas coerentes e rápidas.


OS TIPOS DE PLANOS

Para a Ciência das Emergências os planos são requisitos essenciais no âmbito da disciplina Gestão de Emergências. O Programa Estratégico de Gestão de Emergências (PEGE), de cada setor da sociedade, tem como principal objetivo implementar e operar os planos.


Sabemos que compete ao setor governamental de cada localidade dar início ao processo de planejamento estratégico, desenvolvendo e publicando o Plano de Operações em Emergências (POE) para que seja a referência a embasar os demais planos das empresas e ONGs. Também é o POE a fornecer os fundamentos teóricos e práticos para estruturar os planos de Educação Pública e de Preparação Doméstica para desastres.


Sabemos que compete aos gestores de emergências tecerem a complexa teia que promove a inter-relação de todos os planos desenvolvidos pelos setores – primário, secundário e terciário – de cada localidade e, sabemos ser esse um dos maiores desafios para que os gestores setoriais consigam desempenhar suas atribuições de forma eficaz.

16 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page