MÉTODOS PARA PUBLICAR PESQUISAS NO JGE
- Randal Fonseca
- 20 de mar.
- 5 min de leitura
Quando os padrões de pesquisa são respeitados, a Gestão de Emergências se beneficia das monografias, dissertações e teses que contribuem com a função da disciplina.

Os métodos para conduzir e publicar pesquisas no JGE se aplicam a:
Alunos, como parte de seus programas de mestrado ou doutorado;
Professores associados e sociólogos investigando aspectos epistemológicos da
CONTEXTOS
Acadêmicos e pesquisadores precisam explorar de forma crítica o contexto do seu tema de investigação nos estágios iniciais do projeto.
Exame das circunstâncias históricas, políticas, econômicas, sociais e/ou físicas que forneçam uma explicação ou compreensão do tópico, bem como uma base para avaliar a importância para a prática (informação, conhecimento, educação e aplicação).
Documentos históricos relevantes, literaturas, bibliografias e registros de ofício, adequados ao tópico da pesquisa.
Avaliar como o contexto influencia o método de estudo e design.

OBJETIVO
Acadêmicos e pesquisadores precisam formular uma ou mais questões que especifiquem quem (ou o que) e a finalidade do que será investigado, antes de determinar outros aspectos do projeto de pesquisa.
Uma vez articuladas, a questão ou questões formuladas precisarão estar moldadas à exploração do contexto, conforme descrito nos itens acima;
As questões articuladas devem ser respondidas por meio de trabalho empírico.
As questões articuladas devem ser viáveis sob a ótica de obter dados com os recursos disponíveis (orçamento, tempo, acessibilidade a arquivos e interlocutores).
Os pesquisadores devem articular o objetivo a ser alcançado com o resultado do estudo, antes de propor outros aspectos mais aprofundados do projeto de pesquisa.

LITERATURA
Pesquisadores devem conduzir a revisão da literatura como parte do estudo.
A literatura revisada deve ser inicialmente orientada pela questão formulada.
Posteriormente, os resultados da investigação poderão sugerir que a literatura seja conferida e adicionada a estudos exploratórios.
A literatura revisada também deve incluir artigos e referências a emergências e desastres, bem como estar encadeada a tópicos de outras disciplinas.
A literatura primária precisará estar baseada nas descobertas da pesquisa empírica original publicada em artigos acadêmicos revisados por pares, livros revisados por pares e/ou capítulos de livros revisados por pares.
Um tipo de literatura secundária pode ser utilizado, como as teses e dissertações concluídas e aprovadas institucionalmente, papéis de trabalhos preliminares de centros de pesquisas, relatórios de projetos de grupos de reflexão e/ou relatórios de centros de pesquisas de setores governamentais. Essas fontes servem como material contextual para estudos em contraposição. O material contextual pode gerar hipóteses e servir de base lógica para ideias de tópicos ou para ilustrar e exemplificar, mas por si só não constitui o que a disciplina Gestão de Emergências normalmente reconhecerá como base suficiente para a pesquisa.
Um tipo terciário de literatura pode ser usado, que inclui material da imprensa popular, relatórios da mídia, revistas profissionais, white papers (documento publicado por governo ou organização internacional, a fim de servir de informe ou guia sobre um problema e como enfrentá-lo), artigos anônimos, opiniões e documentos governamentais (legislação, política, portarias setoriais, instruções técnicas). O material dessas fontes pode adicionar uma revisão da literatura, mas por si só não constitui o que a disciplina reconhecerá como suficiente para o resultado da pesquisa. Esta categoria terciária de literatura não inclui enciclopédias ou blogs online.
Pesquisadores em Gestão de Emergências devem apresentar a revisão da literatura por escrito em um ou mais pontos no processo de desenvolvimento da pesquisa.
Síntese de vários resultados de pesquisas da literatura empírica de desastres e perigos, bem como da literatura relacionada a tópicos de outras disciplinas.
Explicar a lacuna, se a literatura discutida não for consistente ou não for abrangente o suficiente para servir de base para o estudo. Seguindo a explicação, o pesquisador deverá apresentar uma síntese da literatura revisada de fontes secundárias e terciárias, juntamente com sua lógica conceitual.
Incluir uma introdução que faça uma correlação explícita entre a questão (ou questões) com o objetivo da pesquisa e a literatura revisada;
Estruturar tematicamente de maneira lógica e histórica;
Explicar como a revisão da literatura informa os métodos do estudo;
Identificar na literatura revisada, consenso, conflitos, pontos fortes e fracos na literatura (relaciona a questões articuladas da pesquisa, teoria adotada para fundamentar a pesquisa, variáveis exploradas, populações amostradas, abordagens metodológicas), pontos fortes e fracos metodológicos, lacunas de pesquisas existentes. Embora a revisão dessas questões não precise ser igual, todas as áreas de problemas acima mencionados devem constar na revisão da literatura escrita.

Sempre que possível, o pesquisador deverá reforçar e resumir, por meio de gráficos e ilustrações, a revisão da literatura escrita.
O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PESQUISA
Populações amostradas
Os pesquisadores devem adotar técnicas de amostragem aceitas nas ciências sociais. As técnicas aceitas incluem: conveniência/disponibilidade, propósito, efeito cascata e cota para amostragem de não probabilidades; e ainda:
Técnicas aleatórias simples, aleatórias sistemáticas, aleatórias estratificadas e de agrupamento de estágios múltiplos para amostragem probabilística.
Os pesquisadores, antes do início da coleta de dados, devem considerar as implicações da técnica de amostragem empregada para valorizar a sua amostragem em relação às questões de generalização dos resultados da pesquisa.
Os pesquisadores devem empregar a técnica de amostragem escolhida de acordo com um livro-texto confiável sobre a metodologia das ciências sociais.
Os pesquisadores devem articular, por escrito, a técnica de amostragem do estudo em um ou mais pontos do processo de desenvolvimento da pesquisa.

A declaração da amostragem
Identificar o livro-texto de metodologia de ciências sociais selecionado para fundamentar as técnicas de amostragem implementadas no estudo;
Articular o processo de desenvolvimento da amostra, incluindo uma justificativa para a técnica de amostragem adotada;
Descrever a amostra que resultou da técnica utilizada, com detalhes suficientes para permitir avaliar a variabilidade do estudo. No caso da pesquisa quantitativa, poderá haver discussão sobre a população estudada e a base da amostragem.
Abordagens na coleta de dados
Qualitativas e/ou quantitativas são aceitas nas ciências sociais; no entanto, deve ser justificada para embasar a questão formulada, o objetivo e a literatura articulada.
As abordagens aceitas nas ciências sociais:
Compilar estatísticas existentes e outras formas de dados secundários para análise, utilizando técnicas quantitativas e coleta de dados originais por meio de entrevistas presenciais ou online; experimentos e perícias quantitativas; também,
Compilar dados primários/secundários para fins comparativos/históricos ou análise de conteúdo, coleta de dados por meio de questionários respondidos presencialmente ou online; entrevistas intensivas não-estruturadas ou semiestruturadas, grupos direcionados e/ou observação (direta, participação mista, participação coletiva) para técnicas qualitativas.
O pesquisador, antes de coletar dados, deve considerar as implicações das abordagens que pretende empregar para questões de qualidade do estudo (confiabilidade, validade, credibilidade), bem como as questões que podem ser levantadas por meio da análise de dados, o tipo de discussão que resulta da análise e os tipos de conclusões que podem ser tiradas com base na pesquisa.
O pesquisador deve empregar a abordagem da coleta de dados escolhida de acordo com um livro-texto de metodologia de pesquisa em ciências sociais confiável.

O pesquisador deve articular a abordagem de coleta de dados por escrito, em um ou mais pontos do processo de desenvolvimento da pesquisa.
A articulação deverá:
Identificar o livro-texto da metodologia adotada na coleta de dados;
Descrever as decisões e avaliações que orientaram a coleta de dados;
Explicitar a orientação para replicar o estudo total ou parcialmente.
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