A JORNADA DO HERÓI

O labirinto é conhecido em toda a sua extensão.

"Não precisamos correr sozinho o risco da aventura, pois heróis de todos os tempos a enfrentaram antes de nós. Temos apenas que seguir a trilha dos heróis, e lá, onde tememos encontrar algo abominável, encontraremos um deus. E lá onde esperávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde pensávamos estar sós, estaremos com todos".

Joseph Campbel

Desde os primórdios, filósofos revelam que as pessoas procuram um padrão significativo no curso dos acontecimentos, descrito como “necessidade da realização individual”.

O desejo e o reconhecimento constituem, portanto, a mola que impulsiona os indivíduos a participarem com determinação nas ações em emergências.

As emergências são eventos garantidos, sem data, local ou magnitude para ocorrer que abrem oportunidades para ações sociais com valores universais compreendidos por todos.

As interações sistêmicas, operam a autonomia e fomentam competências individuais que confluem para que as pessoas valorizem a si mesmas, aos outros e à coletividade.

A gestão de emergências insere-se nesse contexto. Os valores percebidos e praticados transformam-se na base da convivência nas comunidades influenciadas pelas empresas.

As pessoas querem alcançar metas e melhorar a autoestima, e para isso, precisam se superar e receber reconhecimento pelos seus feitos. Independentemente da situação econômica da empresa, cada vez mais é necessário lutar contra os riscos operacionais.

A proposta é, investir em políticas de mitigação, preparação e resposta a emergências: medidas de gestão associadas que, na essência, precisa dar ênfase à “melhoria” do fator humano, ou seja, da qualificação.

Responder a emergências sem que ocorram falhas a suceder a primeira falha é a nova fronteira da gestão de emergências determinada a garantir a confiabilidade das instalações, nas operações e nos equipamentos, com os quais os trabalhadores são a solução.

Em função desse objetivo, o Programa Estratégico de Gestão de Emergências (PEGE) é o fenômeno central. Isso deve acarrear uma atenção aos indivíduos e à valorização do papel que desempenham adicionando o controle de riscos.

É nesse sentido que a força de trabalho assume identidade e se traduz em conjuntos respeitados e reconhecidos como responsáveis. O pragmático deve ser substituído pelo programático e manter a informação como valor agregado aos papéis profissionais.

Em síntese, esses são fatores decisivos para retirar o herói das equações, substituindo-os pelo cidadão treinado.