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EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Por que o treino de primeiros socorros é ideal para qualificar agentes da segurança privada?

O método de ensino dos primeiros socorros, ao ser adotado para agentes da segurança, aprimora a capacidade para identificar e controlar ameaças nos mais diferentes cenários.


O método de ensino para adultos (andrologia) combina a teoria (afetiva/cognitiva) com a prática (psicomotora e social) para qualificar profissionais que no âmbito de suas responsabilidades precisam tomar decisões rápidas e consistentes.


Quando os agentes da segurança privada aprendem primeiros socorros eles aperfeiçoam os níveis de percepção para avaliar os cenários complexos e contextualizar ameaças.


Os agentes, assim como os socorristas, precisam pensar o impensado e esperar pelo inesperado para agir a tempo, com habilidades para salvar vidas e proteger patrimônio.


BREVE HISTÓRICO

Os protocolos de primeiros socorros até 2015, eram revisados a cada cinco anos por pessoal de instituições médicas. Os socorristas credenciados recebiam dessas organizações um certificado com reconhecimento internacional. No entanto, estudos em Tucson e Seattle (EUA), revelaram que as referidas atualizações de protocolos eram embasadas em opiniões médicas, sem evidências científicas para dar suporte às recomendações, além de selecionarem os tópicos sem considerar as fragilidades de recursos e educação nos contextos onde os socorristas fossem atuar.


MUDANÇA DE PARADIGMAS

O que era decidido em tempo de paz no ambiente hospitalar, passou a ser reexaminado pelo ILCOR sob o escrutínio de evidências científicas e, as recomendações passaram a considerar os contextos, segundo critérios economicamente orientados pela OCDE.

A partir de 2021, as recomendações do European Ressuscitation Council (ERC), para ensinar os primeiros socorros ampliaram a base conceitual que estimula a cognição dos participantes de forma que sejam eles a buscar soluções que podem incluir a integração de equipes multidisciplinares.

Atualmente as aulas de primeiros socorros assumiram um nível bem mais realista, e os resultados foram aferidos tanto dentro de empresas como no âmbito doméstico, com foco na segurança terceirizada.


No treino-baseado-em-cenário o fundamento é a “tomada de decisão” pelos alunos.


Os egressos são incentivados a demonstrar não apenas uma atitude segura diante do inesperado, mas também que estão aptos a aplicar procedimentos consistentes com os recursos disponíveis. Ou seja, especificamente no caso dos agentes da segurança privada e socorristas, o fator crucial é manter o nível de prontidão com percepção abrangente para avaliar a segurança de tudo nos contextos tanto frágeis, como estáveis e não-frágeis.


Esta metodologia de ensino-aprendizado é utilizada na formação e atualização das equipes de respostas das polícias, paramédicos e bombeiros dos EUA, com resultados positivos.


Adotando esse mesmo sistema, a qualificação dos agentes de segurança privada passa a incluir técnicas como a condução de veículos de emergência, telecomunicações em emergências, gestão de emergências, resgates em áreas remotas, sobrevivência na selva, salvamento aquático e subaquático, apenas para citar alguns.


Os cursos teóricos com aulas online são amparados com imagens, E-books ilustrados e quizzes de fácil compreensão. A tecnologia de ensino adotada pelo JGE, afere o aproveitamento individualizado por meio de metodologia de pontuação comparativa, promovendo incentivos a cada passo dado em direção às conquistas de cada participante e em grupo, pela integração com outros colaboradores.


Os gestores podem acompanhar o desenvolvimento de todos em tempo real.

O treino baseado em cenários modificou não apenas a qualidade educacional, pois ajuda a desenvolver e manter o estado de alerta para segurança própria e das pessoas ao seu redor.


O MÉTODO DE ENSINO QUE DEU CERTO

Ao ensinar, os instrutores de primeiros socorros solicitam que os alunos, um de cada vez, descreva algum cenário de emergência médica no qual tenha estado envolvido, seja na residência, no transporte, na academia de ginástica ou no trabalho.


Essa estratégia coloca o aluno como protagonista da sua própria situação diante de desafios. Isso coloca o participante em posição de desconforto, obrigando que reflita sobre como interagiria para controlar a cena garantindo a segurança de forma abrangente.

Diante do exposto, os alunos percebem quando há relação com as tarefas do ambiente de trabalho e quando a situação nada tem a ver com as suas rotinas, mas que podem ocorrer, visto que outras pessoas, em diferentes oportunidades, passaram por experiências similares.


ESPECIFICIDADE DOS CENÁRIOS

O JGE disponibiliza gravações em vídeos e E-books de autores que reúnem temas diversos e experiências obtidas em diferentes situações. As aulas tele presenciais também podem ser contratadas quando os cenários incluem especificidades, como aqueles em que pesquisadores vão a campo e precisam lidar com populações e/ou ambientes adversos.


Eventuais desafios decorrentes do relacionamento podem incluir aspectos subjetivos, como conflitos socioculturais, descrença nos reais objetivos das equipes, além de condições climáticas severas e ambientes naturalmente inóspitos.


DO SIMPLES AO COMPLEXO

Nos cursos com treino-baseado-em-cenário, os participantes são colocados diante de situações diferentes daquelas que estão habituados encontrar durante as aulas tradicionais.

Por exemplo, as técnicas de espaço confinado e resgate com cordas, no método tradicional, em geral, são ensinadas apenas para grupos de brigadistas especialistas, mas há que se considerar que qualquer agente de segurança privada poderá, subitamente, se encontrar numa condição de tomar decisões que não foram sequer discutidas em aulas, nem mesmo superficialmente.


Após estudar a teoria, o aluno pode ser direcionado para o módulo de controle de fogo ou pelo menos entrar em um espaço confinado. Neste exemplo ele utilizará o EPI da rotina, porém para realizar uma tarefa específica, em que é obrigado a “colocar a mão na massa”.

Os fatores para tomadas de decisão vão gradativamente se tornando mais complexos.


Por exemplo, ao simular o uso de Toxímetro há na leitura presença de um gás tóxico. Então o instrutor dá o comando de que um colaborador está sendo afetado e que logo ficará inconsciente. Na sequência, outro aluno atuando como agente de segurança deverá providenciar os meios para retirar o trabalhador que colapsou pela exposição ao gás, fazendo o transporte para fora do espaço confinado com ambiente contaminado.


O treino baseado em cenários não deve ficar limitado a um ou outro exercício, com objetivo de evitar que um aluno diga ao outro o que fazer na sua vez de tomar decisões.


Diferentes aspectos de segurança e de respostas são utilizados, e podem incluir desafios como cenários com múltiplas vítimas, sendo necessário fazer a triagem e priorizar as vítimas, segundo o sistema START (Simple Triage And Rapid Treatment).


O auxiliar precisa demonstrar como acionar a equipe da Brigada e, enquanto aguarda, precisará aplicar os Primeiros Socorros de alta qualidade para o tipo de intercorrência.


TREINO INTERMITENTE

Aleatoriamente, os colaboradores são convidados a sair da rotina e, por alguns minutos, participarem de um simulacro virtual. Esses exercícios utilizam um sistema de medições para cada tarefa, determinando quem deverá refazer os treinos e quem necessitará retomar aulas teóricas online. Em alguns casos é necessário incentivar os agentes a revisarem as lições para se manterem atualizados.


O “feedback” obtido dos colaboradores que foram expostos a esse modelo de formação tem sido surpreendentemente positivo. Os pareceres no final das aulas online visam avaliar o desempenho individual, as ações em equipe e o programa como um todo. Embora as análises sejam em caráter voluntário, a maioria dos participantes adere.


Os registros demonstram que os níveis de intercorrências diminuem, e que as empresas constatam a evolução no desempenho técnico e social dos agentes da segurança privada.

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