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DESASTRES NATURAIS

  • Instituto Australiano de Resiliência a Desastres, Melbourne, Austrália.
  • 19 de jan. de 2024
  • 3 min de leitura

Os fenômenos globais de inundações, incêndios florestais, ondas de calor, frio intenso e secas estão a desafiar a capacidade de recursos das agências de resposta, bem como a penalizar populações que não puderem preparar suas defesas.



O FUTURO DO APRENDIZADO JÁ ESTÁ AQUI

Nos últimos tempos os riscos a perigos de causas naturais, conforme observado, têm sido “simultâneos, consecutivos e agravados”. Isso coloca em perspectiva ameaças complexas para as ações de preparação, resposta e recuperação das perdas e danos provocados pelos desastres. Embora muitos dos desafios relacionados a esses eventos sejam conhecidos, há sempre novas incógnitas que dificultam prever a magnitude dos seus efeitos. Isso raramente é reconhecido pelas autoridades com viés reativo, como se percebe por meio dos noticiários sobre eventos indesejáveis, sugerindo ser necessário haver formas de aprender com tais eventos para mudar o paradigma das determinações reativas passando para uma nova era com vista a resistir e resilir a impactos com resoluções proativas.


Uma abordagem governamental equilibrada reconheceria que há poucas definições acordadas sobre o que a aprendizagem realmente significa para além de um foco mais do que tradicional de simplesmente culpar a crônica falta de investimentos para operar a melhoria sob um ponto de vista do que correu mal. Este discurso vencido de justificação do fracasso permanece o mesmo, sem voltar a atenção para os mecanismos propostos pela Gestão de Emergências que sugere focar não só na contumaz e muitas vezes inócua prevenção, mas principalmente na preparação doméstica que possibilita responder com assertividade, empregando a coordenação de recursos cooperados, inclusive para a etapa da recuperação.


O que se constata diante dos fenômenos, sugere que poderia haver mais coisas certas do que erradas em termos de políticas, procedimentos e práticas para operacionalizar o quadro PPRR (Prevenção, Preparação Resposta e Recuperação).


Uma análise dos relatórios de inquéritos públicos relacionados aos perigos naturais mostra que as recomendações permaneceram estáveis ao longo de décadas e são até recorrentes.


A boa notícia está no conhecimento, na medida em que podemos predizer qual futuro queremos, baseando as recomendações nas conclusões das análises históricas e inquéritos que têm reforçado a importância da gestão de emergências para lidar com tais eventos.


Provavelmente, as recomendações incluirão:


➢ Liderança para esforços cooperados

➢ Integração/parcerias interagências (público-privadas)

➢ Interoperabilidade entre as jurisdições

➢ Capacidade de gestão proativa

➢ Revisão dos acordos de cooperação

➢ Implementação da gestão de emergências nas localidades

➢ Alertas, avisos e notificações nas localidades

➢ Medidas de suporte e abrigo ao desalojar comunidades

➢ Políticas austeras para uso da terra

➢ Políticas de segurança pública em desastres

➢ Resposta e recuperação

➢ Educação pública para emergências e desastres


Em uma era em que os comentários do público e dos meios de comunicação são rápidos a enquadrar os eventos indesejáveis de alto risco, definidos como “sem precedentes” a Gestão de Emergências chama a atenção para importância de se aprender com as lições.


Os eventos têm ensinado a gestão de emergências, como disciplina, a continuar a “aprender como aprender” em cada desafio que enfrenta. Os eventos climáticos extremos fornecem uma base importante para o tirocínio colaborativo entre empresas e todos os níveis de governo. As agências precisam integrar esforços coordenados com as ONGs que arregimentam voluntários e com as organizações de iniciativa privada: indústria, comércio e serviços.


O mais importante é mostrar os caminhos para as iniciativas conhecerem os métodos de manter prontidão nas comunidades, uma vez que os perigos atingem simultaneamente, continuamente e intensamente. A comunicação eficaz com alertas e avisos é um elemento crítico que reiteradamente a gestão de emergências enfatiza que salva vidas.


Em emergências de quaisquer naturezas e magnitude, a informação pública desempenha um papel importante, colocando as pessoas em estado de alerta para tomarem decisões estudadas e a colocarem em prática as medidas planejadas de proteção. Este conjunto de ações reúne um acervo importante de resultados de pesquisas, estudos, práticas e, principalmente, de matéria-prima para o desenvolvimento dos recursos de qualidade.


© 2023 dos autores.

Licença obtida com o Instituto Australiano de Resiliência a Desastres, Melbourne, Austrália. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos e condições da licença Creative Commons Attribution (CC BY) (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)




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