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DESAFIOS E TENDÊNCIAS NA HOSPITALIDADE

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 28 de jun. de 2024
  • 5 min de leitura

No artigo, “A (des)preparação pública”, 11/06/24, o JGE discorre sobre os riscos subjetivos do turismo cultural e ambiental que predispõem A subjetividades dos desastres crônicos.

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Como qualquer local no planeta, os destinos turísticos estão vulneráveis a impactos agudos, desconstruindo a suposição de ser possível garantir o lazer cheio de “boas intenções” com absoluta tranquilidade e segurança. A realidade é que as pessoas precisam estar preparadas para lidar com os desígnios das intemperanças ambientais mesmo ao se dirigem a “santuários” ecológicos ou de quaisquer ideologias. Um exemplo surpreendente pode ser tomando do que ocorreu na Indonésia em 2004, quando em minutos um tsunami deixou mais de 227 mil mortos com “destruição inigualável”.


A Tailândia (Ko Phi Phi), foi uma das localidades mais atingidas pelo tsunami. Foto BBC.

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Todos os turistas e receptivos estavam de bem com a vida. Isso não fez a menor diferença.


OS IMPACTOS CRÔNICOS

A diferença entre as consequências de desastres agudos e crônicos está no tempo necessário para se perceber os danos e se iniciar as ações de recuperação. No caso do turismo ambiental e cultural os danos têm a característica de não causarem sobressaltos súbitos entre os que estão sendo atingidos, pois os efeitos de longa duração tendem a ser absorvidos como decorrência do modo de vida. Uma das razões da leniência pode estar relacionada a designação de “desenvolvimento sustentável”, alinhada ao conceito do politicamente correto.


VAMOS VER

Os desastres culturais e ambientais crônicos têm inícios em ações sutis, a partir de atividades de caráter bondoso, como por exemplo, de levar os visitantes a conhecerem a morada e a modesta forma de vida das famílias tradicionais. Somente ao longo de um período desse tipo de experiências é que se pode avaliar a subjetividade dos danos do impacto cultural.


O contato no ambiente doméstico entre diferentes culturas transforma o cotidiano das famílias em “objeto de faturação” para financiar políticas públicas de desenvolvimento.

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Em alguns casos, os chegantes são hospedados nas moradas para uma convivência mais aprofundada, para ter um tipo de experiência reveladora ao compartilhar intimidades.


Sob a perspectiva da Gestão de Emergências, o conceito de hospitalidade e de turismo, revela que há consequências subjacentes quando há falha no planejamento estratégico.


Quando o contexto é examinado sob uma visão estereoscópica é possível identificar os sutis e disfarçados fenômenos socialmente perturbadores que dão ao termo emergências culturais um contorno ampliado. Sob essa ótica tridimensional, o tempo de impacto entra na análise revelando pontos diferentes, suscitando que a etapa da recuperação de desastres seja reinterpretada. É nesse aspecto que prevalece a doutrina da Gestão de Emergências em sua mais ampla e complexa interação com as ciências sociais. Não é simples. É complexo.


A SUSTENTABILIDADE NA HOSPITALIDADE

Em determinado prazo, o princípio da sustentabilidade na hospitalidade pode oferecer vantagens até que os profissionais desta indústria superem os desafios da alavancagem, para então chegar a empregar práticas sob o conceito sustentável de longa duração.


Então, no intervalo, é necessário trabalhar para dissuadir a crença corrente de que durante o prazo dedicado à sustentabilidade os custos são mais elevados para os clientes, e que os consumidores não se importam com essas condutas corretas. Esse pressuposto canhestro precisa ser corrigido. A realidade demonstra que a hospitalidade que usa o selo de “sustentabilidade”, em termos energéticos, por exemplo, atrai mais clientes.


Há que demonstrar de forma enfática que os avanços nas tecnologias de energias renováveis ​​ reduziram os custos com as fontes solares. Os operadores de turismo sensibilizados com a proposta dos destinos que aplicam aportes de sustentabilidade, divulgam as ações como um valor agregado à proteção dos ecossistemas, e isso se torna uma das principais atrações.


Outro apelo mercadológico na hospitalidade é a comunicação dos esforços de cooperação e de apoio às economias e cultura locais. Esses fatores, por serem socialmente orientados, contribuem para obter suporte financeiro das instituições governamentais.


Algumas organizações temem que as práticas sustentáveis ​​perturbem a experiência dos hóspedes, no entanto, ao se concentrarem nas necessidades dos convivas e personalizarem seus serviços com as melhores práticas, melhorarão a imagem do negócio.


Iniciativas energéticas no prazo de sustentabilidade melhoram a experiência do cliente com:

•         Tecnologia de termostato inteligente que permite aos hóspedes personalizarem as temperaturas em suas habitações enquanto reduzem o consumo de energia;

•         Opções de reciclagem de resíduos, incentivando os hóspedes a manterem ou adquirirem hábitos ecológicos durante a hospedagem e levarem consigo aos seus destinos;

•         Alimentos e produtos de origem local, divulgando a proposta para que os hóspedes levem essa experiência e passem a apoiar os fornecedores das regiões de origem;

•         Acesso gratuito a bicicletas como incentivo a reduzir as pegadas de carbono;


Em síntese, a indústria da hospitalidade e da promoção de turismo podem fazer muito empregando nesses setores os gestores de emergências que auxiliam esses segmentos sociais a não serem apenas a causa de problemas crônicos, mas parte da solução.


A EDUCAÇÃO ECOLÓGICA PREPARA PARA DESASTRES.

O JGE reitera que é a Educação que torna possível desenvolver as atividades culturais e de aventura em parâmetros sustentáveis, também prepara os guias e seus clientes para mitigar os desastres crônicos. Mas, o JGE também reitera que dentre os programas de Educação deverão estar, obrigatoriamente, ementas da gestão de emergências.

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A educação ampla, com a gestão de emergências é a solução sustentável disponível.


Tanto os visitantes, como os profissionais que atuam no receptivo precisam receber educação e treino, mas o conhecimento na disciplina Gestão de Emergências é adquirido com requisitos específicos para gestores com habilidades especiais. Esse processo precisa iniciar identificando os líderes para que possam perceber a abrangência desta proposta e ajudar a implementar práticas sustentáveis ​​com vista a cultura de responsabilidade social, ambiental e econômica.


A preparação para desastres de causas naturais é bem conhecida, mas pouco aplicada quando o foco recai sobre os desastres antropogênicos de natureza crônica. A realidade dos impactos crônicos demonstra que mesmo tendo sucesso na área mercadológica, os danos crônicos, ao longo de um determinado espaço de tempo subverterão os esforços e as perspectivas de continuidade do negócio. Neste ponto as três fases do turismo: halocêntrico, mesocêntrico e psicocêntrico terão sido alcançadas e ultrapassadas, sem chance de retorno ao plano original.

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O melhor é estar preparado e preparar os colaboradores, os hóspedes e o grupo social.


EDUCANDO FUNCIONÁRIOS

A educação dos colaboradores e a sensibilização dos clientes para chegar até as práticas sustentáveis ​​devem desempenhar um papel importante na integração e na formação de todos os envolvidos com os setores de uma empresa. As práticas voltadas a sustentabilidade devem ser implementadas até que se torne parte da cultura da organização e alcance os níveis sustentáveis.


Para isso é necessário iniciar a formação pelas lideranças, pois essas servirão de modelo a inspirar os liderados para que abraçarem com orgulho as práticas sustentáveis. Trabalhadores têm orgulho da empresa que além de satisfazer suas expectativas funcionais, colaborem com o desenvolvimento sustentável das comunidades em que estão inseridos.

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Diante das alterações climáticas, há muito que aprender com a Gestão de Emergências sobre como preparar as populações locais e como receber visitantes que, em geral, ficam logo deslumbrados com as belezas naturais, sem perceberem as ameaças naturais.

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