SOBRE A HERÁLDICA
- Randal Fonseca

- 13 de ago.
- 3 min de leitura
A identificação com símbolos dos brasões de armas ou escudos na Europa no século XII.

BRAZÃO JGE (2023)
O termo “heráldica” designa tanto a arte de elaborar os brasões como a ciência que estuda suas regras, formas, tradições, simbolismos e significados históricos, políticos e culturais.
As origens da heráldica são incertas, mas provavelmente derivou de sistemas de identificação visual cultivados desde a Antiguidade Clássica.
Segundo a tradição, os brasões surgiram para distinguir os participantes das batalhas e dos torneios, e para registrar os serviços dos belatores simbolizados pelos seus escudos.

A função identificadora dos escudos tem sido mantida ao longo da história.
O termo escudo é utilizado para referir ao brasão de armas, mas na realidade é apenas um dos seus elementos, e muitas vezes é o único componente existente ou conhecido.

A composição tradicional de um brasão segue uma série de regras, mais ou menos restritas. A diretriz para desenvolver um brasão é redigida pela linguagem do “brasonamento”.
O escudo no brasão pode ser acompanhado por outros elementos, como suportes, coronéis, listéis com motes (ou lemas). No cerne do escudo são gravadas figuras, objetos ou sinais, que configuram um conjunto identificador, às vezes num campo (fundo) indiviso, às vezes subdividido de variadas maneiras. (“About: Heraldry - DBpedia Association”)

BREVE HISTÓRICO
Nos primeiros séculos da Idade Média a heráldica, com a adoção de escudos era livre e, de modo geral, qualquer pessoa podia criar um brasão para uso pessoal ou familiar.
Na baixa Idade Média, entre os séculos XIII e XIV, os brasões se multiplicaram em todos os estratos sociais. Além de identificarem as corporações de ofícios, estados, cidades, comunidades leigas e religiosas, irmandades, associações, partidos políticos e outras entidades formais ou informais, a heráldica se tornou numa linguagem visual apreciada.

A partir do século XV as monarquias tentaram regulamentar o uso de brasões por meio de legislações, objetivando restringir essa forma de comunicação à nobreza, aos patriciados, ao alto clero, às autarquias civis e instituições ilustres. As restrições não tiveram efeito para todas as nações europeias e algumas a utilizaram para políticos e militares de baixa patente.
O uso indiscriminado dos brasões confundiu seu significado original.

Depois de um período de descrédito, já no início do século XX, outros tipos de governos, como os presidencialistas, semipresidencialistas e parlamentaristas (esses com resquícios de monarquias), recuperaram o significado da heráldica e implantaram uma flexibilização em seus princípios, como se deu com o uso generalizado na União Soviética.
A valorização política ainda é criticada pelas tradições que atribuem o valor da heráldica a bravura e a coragem de uma pessoa ou um conjunto social que se diferencia dos demais.
A heráldica não é uma prática da aristocracia e nem das ideologias, mas da meritocracia.

A heráldica tem sido estudada como uma ciência auxiliar da História e outros campos do saber, oferecendo informações valiosas para a reconstituição de usos e costumes sociais, das genealogias e cronologias, e para o conhecimento dos significados e práticas vinculados à iconografia, à simbologia e às artes visuais que enaltecem a aptidão, a competência, excelência, talento e virtudes dos protetores, com valores como a cortesia, a lealdade, a generosidade e perseverança nos serviços em defesa das sociedades.
A NEOMILITAR
Considera que os contextos sociais variam em função dos ambientes, economia, níveis de educação, interações étnicas e principalmente em relação as linguagens. Por isso, as organizações de Segurança Privada utilizam várias formas de códigos, por exemplo, com sirenes, luzes e cores, gestos, e fardamento que transmitem informações sobre as circunstâncias que podem incluir riscos permanentes ou apenas para naquele momento.
Automação e telecomunicações interoperáveis trazem sentido à segurança privada.





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