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SAIBA MAIS SOBRE DESASTRES

DESASTRES RECAEM EM DUAS CATEGORIAS: NATURAIS e ANTROPOGÊNICOS.


Há diferenças entre as duas causas de desastres, por isso é importante aumentar o conhecimento sobre uma e outra, para adequar as ações de preparação.


Podemos tomar como exemplo de desastre antropogênico a ruptura da barragem de mineração na região central do estado de Minas Gerais que, além de atingir a economia, a lama soterrou a cultura de comunidades tradicionais. Além disso, a enxurrada sufocou a quinta maior bacia hidrográfica deixando sem água cerca de 3,5 milhões de pessoas.


Outra forma de desastre antropogênico, menos estridente, mas não menos imperiosa, são os automobilísticos que, dispersos pelo território nacional, representam grave problema de saúde pública, atingindo a economia, famílias e organizações.


Um número significativo de pessoas morre no trânsito e outras mais ficam com sequelas.


A PERFÍDIA DOS DESASTRES

Os desastres provocam prejuízos econômico-financeiros que são sempre expressos com no mínimo nove dígitos, ou seja, as perdas somam bilhões e bilhões de reais a cada ano.



Os desastres naturais incluem as mudanças climáticas extremas, como ondas de calor, frio intenso, inundações, furacões, deslizamentos de terra, ou decorrem das placas tectônicas, como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas. Esses fenômenos provocam perdas e sofrimento nas populações estratificadas que, devido ao uso irregular da terra, ficam mais vulneráveis aos danos e têm maior dificuldade de recuperar do impacto.


Ataques terroristas, além das mortes, sofrimento e destruição de patrimônio, provocam o medo crônico e desestabilizam diversas atividades: como o turismo.


Os desastres antropogênicos podem decorrer do erro, negligência, imprudência, imperícia, ou da paixão, que podem resultar da intencionalidade de ofender, machucar, prejudicar ou para chamar a atenção a uma causa ideológica, ou por doenças psicopatológicas ou psicossociais. Independentemente da causa, se natural ou antropogênica, o que realmente importa é tomar consciência dos danos e estabelecer medidas para resistir ao impacto e recuperar dos danos.


Diante desta constatação há uma longa jornada a ser cumprida, que implica enfrentar o desafio de sensibilizar as pessoas para que percebam os efeitos que incluem sofrimento humano, perdas de propriedade, dos meios de subsistência e danos ambientais. Embora seja um desafio, é interessante saber que existem métodos para se atingir este objetivo, como ao exibir reiteradamente os números e dados que revelam os custos da recuperação de desastres. Outra estratégia é compartilhar a experiência dos grupos sociais que passaram por esses dissabores e, que teria sido possível mitigar as agruras se ações da Gestão de Emergências tivessem sido planejadas, desenvolvidas e implementadas.


GRAVIDADE DOS DESASTRES

Vazamentos radiológicos, como o Césio 137 em Goiás, ou Chernobyl, na Rússia, ou Fukushima, no Japão, são catástrofes cujos efeitos deletérios perduram por muitas décadas. Os derrames de produtos perigosos, como vazamento de óleo e gases, são mais comuns do que a maioria das pessoas percebe. Nesses incidentes químicos, o produto perigoso penetra na terra, alcança o lençol freático, chega aos pastos, aos rios e atinge os oceanos, indo com as correntes marítimas de um hemisfério a outro. Os incêndios cumprem sua parte na destruição. Os fogos, além dos estruturais, podem ser divididos em categorias que incluem a perda do controle de queimadas de agricultura e o florestal, às vezes em decorrência de queda de raio e, às vezes intencionais, que além de destruir a vegetação mata a vida animal silvestre.


OS CUSTOS DOS DESASTRES

As perdas e danos contabilizados pelos desastres de quaisquer naturezas justificam em muito os investimentos para mitigar e preparar para resistir e resilir a impactos, de forma que a recuperação supere os esforços e o dinheiro empregado. Um aspecto importante reside nos recursos disponíveis e que as lideranças públicas não fazem uso por falhas graves de gestão. Há uma diferença entre a recuperação aferida nos países pobres densamente povoados, em relação a essa mesma aferição feita nos países ricos também densamente povoados.


Nos países mais pobres os custos com a recuperação estão relacionados aos seguros. O número de mortos varia de acordo com condição geográfica e densidades habitacionais.


Nos países ricos os custos da recuperação estão relacionados a medidas para resistir e investimentos nas ações de preparação para responder e recuperar com rapidez.


O emprego de softwares viabiliza lidar com as ameaças de forma segura e rápida.


A tecnologia desempenha um papel preponderante na Gestão de Emergências. Ou seja, os investimentos em informação para responder e recuperar otimizam a preparação que reduz as perdas, de forma que o resultado econômico-financeiro fique dentro do orçamento.


Os países mais pobres, por falharem em investir em educação e informação para desastres sofrem perdas muito maiores. Ou seja, sem a preparação planejada, pagam as apólices de seguro, o que se torna muito mais caro para as administrações. Um exemplo pode ser tomado das pessoas que perdem seus bens e meios de subsistência, daí passando a depender do auxílio governamental, ou de ajuda internacional, que implicam em complexos sistemas de arrecadação, manejos de doações e de subvenções financeiras, com imenso risco de corrupção e desvios dos insumos.


MAS AFINAL O QUE CARACTERIZA UM DESASTRE

Dois aspectos importantes sobre a caracterização de desastres precisam ser reiterados:


Primeiro: um desastre fica caracterizado quando os recursos de resposta são menores do que o necessário para controlar a condição de impacto e recuperar. Está correto.


Segundo: governanças canhestras apregoam que fenômenos naturais que causam danos a propriedade e aos meios de produção, sem provocar vítimas, não são desastres. Está errado.


Essa manobra semântica utilizada por gestores pragmáticos busca dissimular a gravidade da condição ao afirmar existir diferença etiológica entre uma enchente que destrói residências, logradouros e compromete os meios de produção, mas ninguém morre, e outra enchente em que alguém morre. E, então será sob essa premissa bizarra que a localidade investirá em meios para preparar e responder a ameaças naturais. Esses governantes com vocação literária matizada estão se propondo a colocar a população a sofrer sempre com os efeitos das enchentes.


As pessoas com maior nível educacional têm melhor compreensão da situação, mas serão as camadas estratificadas, menos favorecidas e educadas a sofrer as maiores perdas, pois para elas será muito mais difícil lidar com eventualidades. No passado, as comunidades ficavam menos expostas a impactos devido a pequenas taxas de ocupação do solo. As pessoas não viviam nas encostas de morros ou várzeas de rios como hoje se vê. As camadas mais pobres são as impactadas; mesmo quando não ocorrem mortes estarão gravemente prejudicadas. Ao se perceber os benefícios da Gestão de Emergências encontraremos na “Educação Pública” o melhor resultado para as localidades desenvolverem a preparação de indivíduos e famílias para desastres.


Preparação doméstica para desastres não é exagero. Não é futilidade. É realidade.


As lideranças, tanto governamentais como não-governamentais e da iniciativa privada, precisam unir esforços coordenados para as ações cooperadas, com vista a aliviar a carga que recai sobre a economia e o meio ambiente, e descrédito nas governanças (EESG).


Desastres de todos os tipos e magnitudes estão a agravar, seja pelas perdas diretas ou pelos custos humanitários para socorrer grupos estratificados: enfim, todos sofrem com desastres. Os que acreditam não serem penalizados por viverem em países ricos, é não ter visão ESG abrangente, pois são eles que pagam para recuperar os países pobres: todos, de alguma forma, custeiam os danos provocados pelos desastres naturais.


O melhor é estar preparado.

Preparado para resistir e ajudar os vizinhos: responsabilidades socioambientais.





































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