PROFISSIONALISMO PIONEIRO
- Randal Fonseca
- 23 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
É imperativo observar as múltiplas atribuições inovadoras da gestão de emergências.

A função de gestor de emergência é uma emergência profissional.
O Princípio de Thomas Drabek (2009) permite constatar que no Brasil, a qualificação do pessoal envolvido com a disciplina gestão de emergências é inadequada, tanto nos níveis das administrações superiores quanto dos subalternos.

Segundo Drabek, os gestores de emergência precisam apresentar três características:
Profissionalismo (pioneiro)
Atributos individuais
Atribuições definidas
BREVE HISTÓRICO
Para nós que vivemos em uma sociedade complexa, fica muito difícil imaginar viver sem a existência dos médicos. Profissionais como advogados, engenheiros e contabilistas receberam tal nível de legitimidade em suas carreiras que dispensa qualquer questionamento.
Os serviços que eles prestam são de inestimável valor, e o mérito deles deve ser recompensado com pagamentos à altura de suas performances. Como seres humanos, esses profissionais entram em nossas vidas quando acreditamos que o conhecimento técnico que eles possuem nos auxiliará a resolver problemas.
Poucos podem imaginar construir um hospital de seis andares com todos os serviços sem os benefícios da ajuda de arquiteto, engenheiro estrutural e diversos outros tipos de profissionais especializados.
Quando pensamos em pessoas sofrendo os efeitos de um desastre, seja de causa natural ou provocada pelo homem, um conjunto de profissionais especializados surge em nossas mentes.
Vamos refletir sobre quem seriam eles?
Brigadistas, bombeiros
Polícias, agentes da segurança privada
Médicos, enfermeiros
Agentes da Defesa Civil
Pessoal das ONGs
Em geral são pessoas trajando algum tipo de uniforme.

Se ajustarmos melhor o foco da nossa observação, especialmente se um dia já presenciamos uma cena, outros tipos de uniformes de corporação aparecerão em nossa memória, motoristas de ambulâncias, trabalhadores da companhia de eletricidade, de telefonia, Internet, todos representam recursos, e a lista pode ser expandida.

Observando essas categorias concluímos que cada grupamento reflete diferentes especializações e áreas de conhecimento, mas quem dentre eles é o responsável por planejar, sincronizar e coordenar todas as ações?

Quem é o profissional encarregado de prover esse tipo essencial de serviço especializado?
Por mais estranho que possa ser, embora tenhamos convivido com desastres ao longo dos séculos a função de gerir emergências, de fazer a coordenação sistematizada das múltiplas agências presentes na cena, nunca foi explicitamente reconhecida.
Por isso, é possível observarmos respostas fragmentadas, esforços individualizados, organizações desorganizadas, qualidade duvidosa de procedimentos, como uma característica típica das cenas de emergências complexas.

Poucas pessoas compreendem isso ou tem alguma ideia para resolver essa questão.
FELIZMENTE AS COISAS ESTÃO MUDANDO
O JGE parabeniza a iniciativa dos que participam do curso de Gestor de Emergências.

Essa decisão tem a ver com as transformações que estamos a testemunhar em nossa sociedade, e uma delas está relacionada a sua determinação ética e profissional.

A função de gestor de emergência é uma emergência social.
A Gestão de Emergência, como disciplina indispensável nas administrações públicas e privadas ainda não alcançou a legitimidade que merece, mas temos que concordar que todas as profissões que hoje estão aí, um dia tiveram que começar. Não é verdade?
Contamos com o seu pioneirismo prevalente em relação aos demais gestores.

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