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MUDANÇA DE PARADIGMA

  • Foto do escritor: Randal Fonseca
    Randal Fonseca
  • 9 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 29 de jan.


INTRODUÇÃO


Além dos desastres naturais e agravos de saúde existem as ameaças por atos terroristas.

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Impactos de eventos indesejáveis, por suas intemperanças, podem demandar anos para dissipar os efeitos, incluindo os traumas emocionais advindos que podem se tornar crônicos.


As pessoas simples, nos mais distantes rincões do país, são reconhecidas pela forma instintiva de sobrepujar ameaças. Também, é creditado a essas pessoas a habilidade para adaptar a adversidades, com forte espírito humanístico de ajuda. No entanto, há sempre entre essas populações a expectativa de obter auxílio governamental para recuperar dos desastres.


É notório que, de tempo em tempo, novos assombros voltam a atingir as mesmas localidades e até com níveis aumentados de destruição. Por isso é preciso ir além e mudar paradigmas.



A RESPONSABILIDADE COLETIVA


Considerando o testemunho do aumento dos níveis de gravidade dos desastres naturais e antropogênicos, é possível reconhecer que há iminente necessidade de se coordenar as ações cooperadas no âmbito regional, paralelamente aos demais esforços existentes, para se estar à altura de enfrentar os desafios e recuperar dos efeitos de forma economicamente orientada.


Uma comunidade resistente é aquela em que a população se volta às necessidades de atuar em sintonia, ao compreender o sentido de gerir os riscos que precisam enfrentar. A resistência a desastres difere da resiliência a impactos. Ambas as capacidades resultam de ações coletivas e responsabilidade individual, incluindo na equação todos os níveis de governo, empresas, organizações não-governamentais e famílias. Quando esses setores trabalham focando um propósito e conjugando esforços para distribuir os níveis comuns de responsabilidades, o grau de resistência aumenta e pode ser mensurado pela capacidade de recuperação com custos e tempo-resposta conhecidos. A capacidade de retornar ao estado que antecede o impacto é o que se define como “resiliência”, e este fonema enseja a necessidade de se propor ajustes para melhorar continuamente a resistência. Esse conceito é amplo e diferente de se contar com uma ou outra agência ou setor governamental com propósito reativo em vez de proativo.


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A realidade demonstra que a resistência e a resiliência a impactos somente podem ser alcançados com ações coletivas e coordenação de esforços, a partir do planejamento estratégico da gestão – que precisa vir antes, muito antes e não após, como de costume.



ESTRATÉGIAS PARA RESISTÊNCIA E RESILIÊNCIA A DESASTRES


Os esforços coletivos são objeto das ações que dependem de qualificação e treino. Esse conjunto de competências tem a proposta de alcançar diversas expertises, por meio de Comitês Técnicos Especializados, a serem compostos por peritos identificados com auxílio das autoridades locais e conselhos comunitários relevantes. E isso depende de incentivos.

O primeiro Comitê Técnico a ser formado ficará especializado em coletar dados sistematizados sobre a natureza, distribuição geográfica regional e níveis de impactos de causas naturais, bem como aferir os resultados bem-sucedidos (ou não) das ações de recuperação de desastres.


As lições aprendidas beneficiarão o fortalecimento das argumentações, integração, cooperação e coordenação de esforços coletivos. Os comitês técnicos devem sob a égide de cada especialização, reunir os pontos de vista representativos das empresas privadas, das ONGs e da governança local que, a seguir, ingressão no processo orientadas pelos oito princípios da disciplina Gestão de Emergências.


PARADIGMA INOVADOR


O paradigma inovador da responsabilidade coletiva objetiva o compartilhamento de atribuições em emergências e recuperação de desastres, para obter maior nível de resistência e de resiliência, sem depender apenas das agências governamentais. O novo paradigma dita: estar preparado, pois agora “todos somos tanto parte do problema como das soluções”.



POR QUE ADERIR A ESSE NOVO PARADIGMA


As pessoas simples são engenhosas e dotadas de um admirável espírito de solidariedade quando expostas a ameaças. Independentemente de já existirem esforços voltados a segurança e de resistência a emergências e recuperação de desastres, todos os anos populações experimentam os efeitos de algum tipo sazonal de impacto, como incêndio florestal, inundações, ondas de calor, vendavais, deslizamento de encostas e tempestades.


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Esses eventos precisam ser mantidos na lembrança para justificar os esforços coletivos voltados à proteção da economia, infraestrutura, métodos de produção e meio ambiente.


As empresas do setor privado precisam incorporar novas formas de fazer aquelas coisas que melhoram não somente a resistência, mas também a resiliência a impactos, pois esses arranjos passam a incluir os benefícios das parcerias firmadas com foco em objetivos comuns que envolvem setores do governo e ONGs.


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Os registros dos desastres, com imagens e depoimentos, são importantes para viva a memória. Isso incentiva famílias e indivíduos a buscarem os meios para manter o estado natural de prontidão, vencendo a complacência trazida com o esquecimento.


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