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LER PARA SER INTELIGENTE

  • Foto do escritor: Jornal da Gestão de Emergências
    Jornal da Gestão de Emergências
  • 2 de ago. de 2024
  • 5 min de leitura

Este artigo JGE se inspira em uma matéria publicada por Scott Corrigan*.

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A avaliação da cena começa do lado de fora, mas só é confirmada do lado de dentro.


Muitos métodos para analisar riscos são ensinados nos cursos de segurança, mas a maioria dos alunos sai das aulas observando o mundo sob o ponto de vista pessoal. O desafio é encontrar meios para que egressos dos cursos desempenhem suas atividades com foco no interesse da corporação, identificando métodos para compensar dificuldades operacionais.

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Muitas decisões são tomadas em frações de segundos pelo pessoal de resgate.


Em geral, os grupamentos de resposta não participam das ações empresariais que criam os perigos, e nem das análises de riscos de esses perigos impactarem. Como resultado, o que se ouve são explicações aleatórias proferidas como forma de mitigar as consciências. Frases convenientes são em geral utilizadas como escusas tácitas para justificar não ter que agir.


Não vale a pena arriscar nada, pois as pessoas lá dentro já devem estar mortas”.

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Arrisque bastante para salvar bastante ou arrisque nada para salvar nada.


Pessoal do resgate precisa sempre determinar com precisão o que deve ser feito. Para isso, é necessário ter informações obtidas com planejamento antecipado e abrangente.


Compete a gestão de emergências saber como ler e interpretar os dados.

A informação está em cada local, e todos os detalhes precisam ser ponderados.

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As técnicas da Gestão de Emergências resultam de estudos direcionados a decifrar incógnitas e testar diferentes procedimentos que salvam vidas.


Gestores de emergências estão aprimorando as percepções de vulnerabilidades, trazendo a luz novidades, como as que tratam dos riscos jurídicos a que estão expostas as lideranças. Porém, às vezes esses profissionais se surpreendem ao identificar que muitas ameaças são apenas mais do mesmo, involucradas sob a égide dos pareceres de embusteiros que confundem os desatentos e os muito mal informados.


Mesmo com os sites de busca, redes sociais, blogs e outros recursos na Internet, ainda assim é preciso saber usar os filtros para separar a informação que interessa, pois há uma profusão de possibilidades e de armadilhas camufladas com máscaras de conhecimentos prontos para usar.

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É possível perceber que os profissionais pragmáticos, ao fazerem buscas na Internet, tendem a selecionar as informações que estão em consonância com aquilo que acreditam saber a respeito, deixando de lado qualquer coisa que desafie o conhecimento existente.


Se é algo que eu desconheço, então não é importante"


ISSO NÃO É IMPORTANTE

Se essa é a forma de selecionar informações, então é possível asseverar que o conhecimento não está a avançar e que falhas estão a rondar as decisões calcinadas.


Temos plena noção de que a quantidade de informações que circulam nas redes sociais e websites é espantosa, como também entendemos que a velocidade, a paixão e o baixo nível de conhecimento estão gravemente atrelados a uma miríade de dados insólitos.


A maioria das informações de alto-nível não está disponível, porque aqueles que as possuem não têm tempo livre para postar, mas há que se reconhecer o valor daqueles que, a despeito das dificuldades, se esforçam para compartilhar informações importantes.

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Também é importante ovacionar as pessoas que fazem buscas, filtram e se debruçam sobre uma leitura criteriosa, aproveitando as informações colhidas para desenvolver perspectivas, escrever editoriais e estabelecer discussões construtivas.


No entanto, há também um imenso número de pessoas que apenas admira as imagens, interpreta gráficos, lê cabeçalhos, mas aguarda até que algo efetivamente aconteça. Essa é a maioria que não toma as rédeas, não se envolve com nada a partir do que recebe; não se aprofunda na prevalência do que recebeu; espera que as informações integrem um novo tipo de rotina mágica e que algo surpreendente aconteça para então comentar.


Esses são os que acreditam que as novidades, assim como os frutos, nascem em árvores.


PONTO DE VISTA

O JGE tem publicado artigos com reflexões científicas sobre emergências e desastres. Também os textos curtos elucidativos, com gráficos e fotos publicados pelo JGE têm a finalidade de atrair a atenção de profissionais que atuam nas áreas de Saúde e Segurança Ocupacional, Meio Ambiente e Qualidade.


As publicações do JGE estão direcionadas tanto aos que estão em início de carreira como os que já alcançaram nível de liderança nas empresas, governos e ONGs. As matérias publicadas pelos autores australianos evidenciam a similitude dos fenômenos sociais e ambientais, que tanto cá como lá atingem a todos. Se não ler, não pode ser inteligente.


O JGE traz temas que tratam tanto de novos conceitos como de fatores históricos, mostrando a evolução das formas de pensar e agir diante de desafios: desde os gregos na Antiguidade, passando pelos feudos da Idade Média, chegando aos iluministas e às mais recentes formas de interpretar o real significado de emergências e desastres que resultam das ações humanas e da exposição a intempéries, sem que sejam impostas pelos desígnios dos deuses pagãos.


O JGE, às vezes simplifica os temas e, às vezes aprofunda ao conectar as informações com as operações em campo, exemplificando como coordenar esforços cooperados com as mais recentes recomendações das organizações como NFPA, FEMA e OSHA, ou qualquer outra agência que produza conteúdo para especializar profissionais em benefício das comunidades. 

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LER É ESSENCIAL PARA FORMULAR QUESTÕES


A ciência não nos diz o que, ou como fazer sem que antes formulemos perguntas.


Sem que tenhamos uma questão em mente, não há como procurar uma resposta para um problema. São as perguntas que movem a ciência, são também as perguntas à História que nos permitem saber como chegamos a ser o que somos. Então, o objetivo das perguntas é que nos coloca diante das informações, para que saibamos onde estamos e para onde queremos ir, trilhando novos caminhos para lidar com os desafios do século.


HÁ QUE MUDAR PARADIGMAS

O primeiro passo é ler e, a seguir interpretar os textos, cruzando informações na medida em que se apropria dos conteúdos e identifica o que precisa mudar, tendo em vista as coisas que não param de mudar.


Embora possa parecer inverossímil, essa é a realidade dos desafios socioculturais. Então, para avançarmos em relação a novos paradigmas, há que encontrar onde estão os próximos rumos a serem perseguidos, abandonando o conforto e as ilusões.

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ILUSÕES OU INÉRCIA

O JGE tem recebido feedback de pessoas que alegam não ter tempo para ler. As justificativas incluem: “estar apenas buscando por informações curtas, rápidas e prontas”.


A busca tem sido apenas por informações telegráficas que independem de reflexões.


Para o JGE é plenamente compreensível que se a pessoa não gosta de ler, então a leitura aprofundada se tornará uma tortura. Mas, infelizmente, se a pessoa não lê, então como é possível que possa emitir um comentário inteligente. Um ponto de vista que promova o cruzamento de dados e conduza a conclusões consistentes. Só lendo se consegue.


Para o JGE, se a pessoa não consegue ler, então como poderá se envolver em discussões significativas com membros de outras organizações afins? Não pode. É preciso ler.


O JGE alerta serem muitas as organizações e inúmeras as abordagens suscitadas sob as profusas implicações socioeconômicas e culturais relegadas à Gestão de Emergências.


SEM LER NÃO SERÁ POSSÍVEL MELHORAR AS HABILIDADES

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