ENTREVISTA COM DIRETOR PRESIDENTE DA NEOMILITAR
- Randal Fonseca
- 13 de out. de 2023
- 5 min de leitura
Atualizado: 21 de nov. de 2023


SR. PAULO MARTINS
EMPREENDEDOR EM ARTIGOS DE SEGURANÇA E HERALDICA.
CONTATO: 011 2649 2853
JGE: conte para os leitores JGE um pouco sobre a NEOMILITAR
GESTOR: foi em Portugal que em 1986, iniciamos um processo de desenvolver materiais e equipamentos para atender ao mercado internacional, com vista a alçadas da defesa e com foco na qualificação profissional para adequar aos diferentes contextos socioculturais e ambientais.
JGE: podes explicar um pouco sobre o significado expresso como diferentes contextos?
GESTOR: a partir de 2021, segundo a OCDE e Fund For Peace, os países ao redor do mundo foram categorizados em relação à condição de fragilidade de seguimentos socioambientais e, com isso foram então definidos como áreas frágeis, não frágeis, remotas e conflagradas.
JGE: qual o parâmetro adotado para categorizar essas condições de fragilidade?
GESTOR: a OCDE diz que a fragilidade se dá quando se produzem falhas que sucedem a primeira falha, enquanto a UNICEF, por exemplo, define como contextos frágeis aqueles locais com riscos específicos, como no caso das áreas conflagradas; já a ONU define como fragilidade as áreas em que são produzidos riscos sem que exista a condição de se lidar com esses riscos.
JGE: então como a NEOMILITAR atende a esses diferentes contextos?
GESTOR: nossos produtos são desenvolvidos com base em ciência e tecnologia dos materiais. Os equipamentos são projetados para atender ao que definimos como “os heróis de todos os tempos”, ou seja, aplicamos inovação e criatividade para coadunar com os mais diferentes cenários e setores públicos e privados, na defesa e segurança das sociedades complexas.
JGE: entendo, mas como chegaram a ter essas expertises?
GESTOR: a nossa expertise foi obtida de forma gradativa a partir do pessoal civil e dos militares que serviram nas Forças Especiais portuguesas. Esses heróis contribuíram com suas experiências adquiridas ao atuarem nas guerras de Angola, Guiné, Moçambique e dos Balcãs.
JGE: mas essas expertises devem ser bem diferentes, como então coadunaram?
GESTOR: promovemos ensinamentos de alta qualidade para que os heróis de todos os contextos pudessem relatar em detalhes e com isso chegamos então a conhecer muito bem as minúcias das atividades dos heróis que protegem indivíduos e grupos nos mais diferentes ambientes socioculturais. A a partir daí personalizamos as soluções com rigor e elevando a qualidade, visando primordialmente o custo-benefício.
JGE: em geral, é esperado que os profissionais de segurança estejam em uniformes militares ou paramilitares, mas essa premissa não parece ser seguida pela NEOMILITAR.
GESTOR: os trajes dos heróis de todos os tempos representam muito mais do que uma roupa bem-talhada. Na Idade Média eram as armaduras que identificavam e dignificavam os heróis. Os fardamentos são tidos como símbolos que aguçam a percepção e destacam a qualidade da organização envolvida em desafios sociais. As indumentárias são personificações que indicam
estarem os heróis unidos, fortalecendo assim a imagem da organização e elevando a autoestima de quem os veste. Na NEOMILITAR, cada detalhe é pensado com a finalidade de se comunicar ser algo muito bom. Esses trajes variam de acordo com os contextos.
JGE: como é que se dá essa variação contextual?
GESTOR: as vestimentas variam de acordo com recintos dos mais diversos, que podem incluir desde ambientes esportivos até aqueles muito cerimoniosos, com nuances que devem adequar ao clima e horários, mobilidade e resistência, relacionadas a cada item do conjunto.
JGE: então a NEOMILITAR desenvolve todos esses itens adequando a todas as variáveis?
GESTOR: sim; quando pensamos em roupas é normal esquecer que cada item deve estar em perfeita harmonia com todos os acessórios. Gosto de ressaltar que as organizações ao fazerem a licitação de compras, elas especificam os itens dos fardamentos como um conjunto mas, em geral, finalizam comprando separadamente, prevalecendo os preços que lhes forem ofertados.
JGE: e no caso da NEOMILITAR, qual é a diferença?
GESTOR: nós, da NEOMILITAR, pensamos no conjunto integrando cada item para se ajustarem ao corpo do profissional em perfeita harmonia, e isso pode incluir camisa, camiseta, guarda-chuvas, capas, gravatas, coletes, bengalas, sombrinhas, cintos, óculos, meias, trajes debaixo, calçados finos, botinas de cano alto ou baixo etc.
JGE: pode nos dar um exemplo?
GESTOR: por exemplo, a NR-6 trata dos EPI e EPC dos trabalhadores em ambiente fabril, comercial ou de serviços, então, de acordo com as classificações de riscos dos ambientes laborais níveis de proteção individual e coletiva podem incluir mais do que trajes e especificar também barreiras, bloqueadores (Lockout Tagout), corrimãos, cancelas, sinalizadores luminosos e em cores. Assim percebemos que as cores e refectivos precisam estar alinhados.
JGE: como as NRs são planejadas para fazerem as recomendações e exigências?
GESTOR: as NRs consideram as atividades laborais associadas aos contextos sociais que variam não apenas em função ambiental, mas também em níveis de educação, condições econômicas, interações étnicas, linguagens, dentre outros fatores. Por isso, os sistemas de sinalização de segurança precisam informar em configuração óbvia, sem deixar dúvidas, considerando que as luzes e cores chamativas precisam estar bem configuradas para auxiliar a cumprir a missão de proteção, diante das circunstâncias observáveis naquele momento.
JGE: como é que a heráldica se posiciona entre os produtos da NEOMILITAR?
GESTOR: a HERÁLDICA ou armaria teve sua origem no século XII, na Europa, e vem através dos séculos se mantendo como uma tradição relacionada a uma forma de simbolismo, uma identificação visual baseada nos brasões de armas ou escudos dos reinados. As insígnias exibidas, têm objetivo de distinguir os participantes nas batalhas e nos torneios, e essa função identificadora é uma especialidade da NEOMILITAR, que aprimorou a arte empregando novos materiais e tecnologias de fundição que melhorou ainda mais a qualidade da simbologia europeia transcendente.
JGE: como é que as telecomunicações entram nos produtos da NEOMILITAR?
GESTOR: é preciso ressaltar que as comunicações representam um fator essencial na segurança e proteção de pessoas e propriedades. Assim, as telecomunicações precisam ser interoperáveis, ou seja, há que se considerar que existem diferentes tipos de aparelhos e que precisam se comunicar entre eles para os profissionais obterem o melhor resultado de suas atividades. Por exemplo, as comunicações não se dão somente de pessoa a pessoa, mas também entre detectores de metais, identificação térmica ou facial e acesso a banco de dados, tanto para para alimentar os registros como para obter informações com vista as melhores práticas na proteção contra os desafios das sociedades complexas.
JGE: a NEOMILITAR atende somente empresas de iniciativa privada?
GESTOR: é imperativo que além das empresas privadas, também os municípios adequem seus recursos de defesa para lidar com os diferentes modais e intermodais e, tenham acesso a automação para agilizar as atividades “do herói de todos os tempos” alinhando os servidores das cidades ao tempo futuro.
JGE: como a NEOMILITAR enxerga a importância do JGE
GESTOR: nós da NEOMILITAR admiramos as iniciativas que vão além do que está diante dos nossos olhos. Nós da NEOMILITAR, por exemplo, mantemos sempre um pé nas tradições e outro no futuro e enxergamos o JGE como um veículo de comunicação de suma importância pela inovação ao colocar o tema GESTÃO DE EMERGÊNCIAS diante das autoridades e altas lideranças empresariais.
JGE: um aspecto que nos chama atenção é a NEOMILITAR ter uma abordagem antecipada dos desafios, sem contudo perder as referências do valor atribuído ao que a empresa define como “os heróis de todos os tempos”.
GESTOR: é verdade. Esses heróis precisam estar presentes não apenas nas empresas, ruas e e logradouros. A NEOMILITAR entende que os heróis precisam estar em todas as famílias.
JGE: nesse aspecto há do JGE perfeita concordância com a NEOMILITAR, pois o JGE advoga que todos os indivíduos devem estar aptos a proteger seus entes queridos a sobreviver com qualidade a eventos de causas naturais ou antropogênicas.
GESTOR: sem dúvida alguma. Ao estar preparada, as famílias evitarão a angústia das incertezas ao aguardar ajuda, pois a “ajuda” poderá não chegar de imediato, mas as necessidades imediatas podem ameaçar a vida, a propriedade e os meios de produção
NOTA IMPORTANTE DO JGE AOS SEUS LEITORES
A disciplina Gestão de Emergências e Desastres é inovadora e, por isso é ainda desconhecida pela maioria dos gestores e mal interpretada pelos profissionais que pensam saber do que se trata. A Gestão de Emergências implica em muito mais do que intervenções técnicas durante eventos indesejáveis. A disciplina Gestão de Emergências está no domínio da Ciência das Emergências que é um ramo da Sociologia, pois envolve as culturas que podem variar substancialmente em cada contexto de educação e recursos.
SUBSCREVA O JGE.
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