RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NÃO É RESPONSABILIDADE IGUAL
- Randal Fonseca

- 27 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
A expressão “responsabilidade compartilhada” é adotada com sentido de todos assumirem maior compromisso e não significa obrigação igual.
A recomendação para compartilhar deveres e ordenamentos deve logo ser a doutrina adotada pelas agências de resposta, para que sejam elas a solução para todos os problemas e para todas as populações, como se tem observado.
A expressão “responsabilidade compartilhada” em sua acepção semântica para lidar com eventos inesperados deve chegar a todas as famílias e indivíduos, para que entendam a importância de assumir os desígnios da própria segurança, da resistência e, da indispensável habilidade para atuar com determinação na composição dos conselhos e grupos sociais que buscam soluções eficazes, em vez de ficar a crer que desgraças só atingem os incrédulos.

É lícito reiterar que compartilhar incumbências não significa dizer que todos se dediquem às mesmas obrigações. Existem encargos assumidos pelo governo e por grupamentos especializados. Por exemplo, em um incêndio os bombeiros estarão mais capacitados a intervir, enquanto indivíduos podem contribuir muito melhor para identificar os riscos a incêndios florestais e outras ameaças como enchentes e deslizamento de encostas.
As diretrizes tradicionais, seguidas pelos setores governamentais e agências de respostas, incluem políticas diferentes e agendas desconectadas da ajuda coletiva e, na contramão do sentido de integração, passam a competir com os interesses prioritários e a demonstrar separadamente os níveis de preparação de cada autarquia. Esse tipo desarticulação tem provocado a superposição de esforços e a produção de hiatos entre os recursos, reduzindo a efetividade da coordenação das ações cooperativadas ao longo de todos os serviços.
Torna-se, portanto, imperativo focar na distribuição de tarefas em que os líderes políticos, os dirigentes das empresas, as lideranças comunitárias e ONGs adotem os princípios da gestão de emergências e funções consultivas, de forma integrada e coordenada.

Por sua vez, indivíduos e seus familiares precisam ter consciência e comprometimento com sua própria segurança, e obter informações em tempo real com aconselhamentos, orientações e outras instruções pertinentes às fases, antes, durante e após um desastre.
A Defesa Civil assume a responsabilidades ao longo do território nacional. Isso pode fazer sentido ao se considerar que a maioria dos eventos são de magnitude compatível com a capacidade de resposta das agências, mas não será verdade quando se tratar de desastres com proporções incomuns que, sem cerimônia ou compaixão, levam a condição para além da capacidade controlar com um nível aceitável de efetividade.
A maioria dos esforços da segurança é dedicada ao conceito dominante da prevenção e da resposta das agências, partindo a seguir para as ações de recuperação que envolvem as políticas e finanças. No entanto, já nos últimos dez anos, a maior consideração entre os países que adotaram programas de gestão de emergências e recuperação de desastres tem sido dada a se conhecer o potencial dos riscos em relação aos níveis de vulnerabilidades e, então, incentivar a mitigação e exigir a preparação para responder aos riscos que não puderam ser mitigados ou eliminados.
Cada uma das etapas da gestão de emergências ajuda, por seu turno, a melhorar os níveis de resistência e de resiliência. É importante compreender que o conceito de recuperar de desastres se baseia na doutrina de integração de esforços com recursos diversificados e não na substituição das forças e dos arranjos existentes.
O nível de competências a resulta da dedicação em longo prazo, focada na Educação a Distância (E-learning), nos objetivos e recursos: um compromisso permanente a ser mantido.
A gestão de emergências como parte das administrações é um processo inovador para apoiar o desenvolvimento de localidades com vista à prática das ações cooperadas.






Comentários