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O NÚMERO ÚNICO PARA CHAMADAS DE EMERGÊNCIAS

Central telefônica no início do século 20


O primeiro número único para chamadas de emergência no mundo foi implantado em Londres, em 30 de junho de 1937,com o número 999.


O sistema 999 consistia em um serviço adicional das operadoras que faziam as conexões das linhas telefônicas. Quando o número 999 era discado por um chamador acendia na central, diante dos olhos das operadoras, uma luz vermelha e também uma cigarra brandia para alertar se tratar de um chamado de emergência. Então, a funcionária ao perceber a luz vermelha acionava a polícia, ou bombeiros, ou ambulância, deixando as soluções dos problemas na cena delegadas aos tripulantes dessas agências.


O PONTO DE MUTAÇÃO

No âmbito da 2ª Guerra Mundial, quando Londres foi bombardeada pelos aviões alemães da Luftwaffe, o 999 passou a ser discado para comunicar às telefonistas haver dentre os escombros “uma bomba que não explodiu”.


A partir daí as telefonistas do 999 passaram a ser treinadas a obter do chamador informações detalhadas sobre o local onde a bomba havia sido encontrada, e a repassar ao chamador instruções de segurança na cena. Há de se perceber que em uma cidade destruída os endereços formais já não mais existiam. Então, as telefonistas deveriam saber extrair da pessoa que chamava indicações pormenorizadas que possibilitassem mapear os logradouros para pontuar os artefatos. Para isso, foi necessário criar uma rotina bem diferente na recepção de chamadas telefônicas.


Em decorrência desta primeira forma de interlocução impulsionada pela Guerra, o serviço prestado de telefonia de emergência se expandiu além de Londres para cobrir todo o país.


O SIGNIFICADO SOCIAL DO 999

Muitas bombas lançadas pelos aviões alemães sobre a Inglaterra na Segunda Guerra não explodiram ao cair. Durante o processo de reconstrução das cidades, quando os trabalhadores que removiam os entulhos para liberar vias e terrenos para as novas edificações encontravam uma bomba, ao manipular o artefato sem ter o treino necessário, provocavam a detonação. Da mesma, forma crianças e adultos que perambulavam pelas edificações colapsadas ao localizar uma bomba poderiam, como alguns fizeram, acionar inadvertidamente o detonador.


MODIFICAÇÕES NO 999

Essas novas atribuições modificaram radicalmente a forma que até então eram atribuições das operadoras do 999. Foi criada uma Força-tarefa com pessoal especializado em desmonte das bombas. O número de integrantes era reduzido. Para atender a todas as chamadas os membros produziam uma lista ressaltando as prioridades, estabelecidas de acordo com o relato enviado do 999, que descrevia como a bomba fora encontrada.


A Força-tarefa contava com especialistas que faziam uma inspeção precursora para avaliar detalhes da situação e planejar a operação. A atribuição de determinar quais bombas teriam prioridade ficava à cargo de estrategistas militares, envolvidos no plano de reconstrução das cidades.

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