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ESTUDOS E PESQUISAS EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS *

  • Foto do escritor: Jornal da Gestão de Emergências
    Jornal da Gestão de Emergências
  • 2 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

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Estabelecer a padronização dos estudos científicos é importante para se determinar o porquê de a investigação estar sendo realizada e, se é de qualidade variável.



Às vezes, os métodos de coleta de dados, as descrições dos resultados e a interpretação dos achados entram em descompasso com os padrões científicos aceitos. Esta observação é verdadeira para alguns trabalhos publicados sob os auspícios de instituições educacionais (por exemplo, relatórios de estudos, teses concluídas e dissertações). O JGE, por meio de suas publicações, biblioteca e contribuições de diversas especializações profissionais e acadêmicas, assume a missão de formar e manter a rede de intercâmbio de conhecimentos necessários à educação para alcançar níveis resolutos para o benefício das organizações de ensino superior e pesquisas.


DISCUSSÃO


Embora haja consenso de que a Gestão de Emergências deve entrar em processo de se tornar uma cadeira acadêmica dentro das ciências sociais e humanas, por direito próprio, o debate sobre o desenvolvimento da matéria para integrar o ensino superior e alcançar o status disciplinar conclui, com unanimidade, a importância de se fomentar o programa de pesquisa dentro dela, reiterando que a gestão de emergências estuda "como os humanos e suas instituições interagem e lidam particularmente com perigos, riscos e vulnerabilidades a eventos impactantes (ou seja, emergências, desastres, catástrofes, calamidades e crises humanitárias complexas), por meio das atividades de preparação, resposta, recuperação e mitigação”.


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Com base nas assertivas que resultaram das discussões mantidas entre as autoridades governamentais dos EUA, Reino Unido e Japão, há concordância de que a pesquisa científica deve ter um papel central dentro da disciplina universitária, como base para educar os alunos e para ser reconhecida, sem riscos de objeções futuras. Assim, na medida em que a gestão de emergências como conjunto de saberes cientificamente orientados evolui, sua credibilidade e valor serão aumentados por meio de uma compreensão mais abrangente e com ênfase no uso e na condução das pesquisas continuadas, orientadas pelos contextos sociais de cada país. (Fatores para determinar o nível da evidência: Sistema GRADE, Frágil State Index, OCDE).


FORMAÇÃO ACADÊMICA INCLUI INCIALMENTE:

  • discutir a abrangência das disciplinas contidas no elenco destinado ao desenvolvimento do conhecimento neste âmbito da Sociologia;

  • direcionar a filosofia social para amparar as ciências do homem e da comunidade;

  • conceituar as diretrizes do direito nos seus aspectos objetivos e humanos;

  • definir os padrões de pesquisas para avançar nas abordagens metodológicas;

  • indicar os canais para disseminar as diretrizes éticas dos estudos neste sentido.


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DÚVIDAS


Para dirimir as dúvidas há uma variedade de explicações parciais que justificam o motivo pelo qual a pesquisa realizada no âmbito da gestão de emergências, atualmente, não desempenha um papel tão significativo quanto deveria. Há relevante ênfase colocada pelas diferenças de opinião sobre o que constitui pesquisa, colocando em perspectiva:

  • conhecimento variável sobre métodos de pesquisa;

  • padrões de pesquisa;

  • dificuldades associadas ao acesso de pesquisas relevantes.


Sob esses pontos de vista, há consenso relativamente a se produzir um esboço inicial de conjunto de padrões de pesquisa para efetivamente se desenvolver a gestão de emergências como uma disciplina acadêmica. Na esteira desse consenso resta iniciar a atividade que deve delinear um conjunto básico de padrões de estudos cientificamente orientados para garantir que qualquer pessoa possa participar, incluindo professores, alunos e profissionais.


A publicação oficial dos padrões de pesquisa deve ficar sob escrutínio permanente, para que a comunidade científica possa revisar e dar feedback. O JGE está aberto a iniciativas individuais relacionadas a elementos que indiquem formalmente o apoio a Pesquisa da Gestão de Emergências, como disciplina acadêmica.


PRÓXIMOS PASSOS


O JGE toma por pressuposto que a formação em gestão de emergências precisa estar amparada em evidências trazidas à luz por pesquisas de qualidade. Para esse fim, o programa de formação em Gestão de Emergências oferecido pela RTI Editora por meio do JGE, pode auxiliar em várias áreas, incluindo para receber material que resulte de estudos e pesquisas, e para fornecer elementos voltados à educação dos alunos, promovendo:

  • os métodos de como preparar e conduzir pesquisas;

  • os métodos para avaliar a qualidade da pesquisa;

  • os padrões para implementar os procedimentos.


COMO USAR A PESQUISA


É importante reiterar que o campo de conhecimento da Gestão de Emergências é vasto. As fontes que contribuem com este domínio do saber têm suas origens em dezenas de disciplinas acadêmicas que divulgam seus trabalhos na Internet, periódicos, livros etc. Dezenas de milhares de artigos e ensaios relacionados a perigos e desastres aguardam coleta, análise, integração e síntese. Essas peças ficam a disposição para serem consultadas por alunos, professores e profissionais interessados em gestão de emergências. No entanto, concluir e dar corpo definido ao conhecimento é difícil, para dizer o mínimo. Desafios como a falta de intimidade com as publicações que tratam de temas como perigos e desastres, e outros veículos onde trabalhos relevantes sobre gestão de emergências são publicados, não reconhecem palavras-chave comuns e assim, sem ter familiaridade, os alunos e professores não conseguem localizar a literatura gerando frustração.

Por isso o programa de ensino de Gestão de Emergências da RTI Editora, com suporte de acesso livre por meio do JGE, auxilia nos esforços do pessoal de ensino superior para que possam resolver esta questão (qualidade da pesquisa) por meio de:

  • curso de curta duração para introduzir alunos e professores ao tema;

  • estabelecer efetivamente o campo de conhecimento da gestão de emergências;

  • apontar o caminho para as fontes de pesquisas em gestão de emergências;

  • definir o que deve ser incluído nos estudos e pesquisas;

  • prover informações necessárias para desenvolver uma pesquisa;

  • indicar qual literatura específica de gestão de emergências está disponível.


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A maioria das disciplinas acadêmicas tradicionais contam com conferências e exposições do resultado de pesquisas, e compartilhamento de informações científicas em andamento.


A maioria das disciplinas acadêmicas depende de uma combinação de grandes bancos de dados (por exemplo, EBSCO, Project Muse, ProQuest, Sage, Web of Science e semelhantes) e bancos de dados disciplinares específicos para fornecer citações/artigos significativos em resposta às consultas. Como mencionado, os grandes bancos de dados não respondem bem a palavras-chave comumente utilizadas no âmbito da gestão de emergências e não há ainda bancos de dados específicos em gestão de emergências para apoiar a disciplina.

O desenvolvimento da base de dados específica para gestão de emergências exigiu da RTI Editora significativo investimento financeiro, técnico e logístico, a exemplo do JGE.

Esse compartilhamento cria a oportunidade para os pesquisadores receberem feedback e acesso a novos conhecimentos para que os acadêmicos, por sua vez, desenvolvam teses e conceitos por meio de suas próprias pesquisas e disponibilizem para o ensino superior.


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