A EDUCAÇÃO PARA DESASTRES
- Randal Fonseca
- 15 de jun. de 2024
- 5 min de leitura
Objetivos e métodos educacionais reduzem as vulnerabilidades a desastres.
Emergências que chegam à condição de desastres têm aumentado em todo o mundo.
O JGE reitera que a efetiva redução das vulnerabilidades a impactos pode ser alcançada com conhecimento associado a tecnologias. Para o JGE essa é a única forma eficaz de controlar emergências e recuperar de desastres com foco na redução de danos. Registros internacionais demonstram que são as pessoas com formação específica as que obtêm os melhores resultados na mitigação de impactos.
Assim, a educação pública para desastres é a ferramenta funcional, operacional e econômica a ser adotada ostensivamente para reduzir as vulnerabilidades. O JGE reconhece existir diferentes métodos para educar, mas alerta que nenhum deles pode ser classificado como melhor ou pior. Com a formação e treino, a partir do planejamento estratégico (PEGE), o potencial é de proteger melhor a si e aos outros.
A constatação da autoproteção deve considerar dois aspectos distintos:
1. As adversidades que variam de acordo com os contextos;
2. Os programas educacionais a serem desenvolvidos de acordo com os contextos.
O JGE alerta para o detalhamento do PEGE que possibilite atuar na etapa da preparação e promover os meios para proteger não só os entes queridos, mas também seus animais.
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REDUZ RISCOS
A essência das estratégias consiste em identificar perigos e analisar os riscos.
É necessário reunir profissionais com diferentes habilidades para que identifiquem as ameaças sutis e indiquem quais as competências consistentes necessárias para controlar quaisquer emergências, antes que o evento inesperado alcance o nível de desastre. Neste sentido, a gestão de emergências entra na equação com a finalidade de propor medidas para que as respostas garantam que os desastres sejam menos prováveis de acontecer e menos prejudiciais quando acontecem.
Em síntese, o gestor de emergências trabalha para tornar as comunidades mais fortes, mas resistentes, menos vulneráveis e mais bem preparadas para lidar com as adversidades. A Gestão de Emergências categoriza as ações de planejamento estratégico em quatro etapas: Mitigação, Preparação, Resposta e Recuperação.
A EFICÁCIA DA PREPARAÇÃO
A etapa da Preparação se torna mais eficaz quando as pessoas de uma comunidade integram esforços e assumem atribuições bem-definidas na composição dos recursos para controle da emergência. Neste âmbito, é lícito lembrar que o significado de “desastre” indica a condição em que os recursos próprios foram insuficientes para controlar uma emergência, e então, se torna necessário obter ajuda adicional para recuperar dos danos.
A educação para desastres é uma das formas de envolver todos, e principalmente para cuidar dos vulneráveis, pois com o acesso ao conhecimento e treino as pessoas passam a ter uma melhor compreensão sobre suas fragilidades que, por um lado as predispõem a sofrer impactos e, por outro lado passam a depender da ajuda de outras pessoas.
O baixo nível de conscientização e a crônica incompreensão dos riscos climáticos ou deliberadamente produzidos pelas ações humanas, por exemplo, tem efeito negativo na Preparação; então, na etapa seguinte, da Resposta, as pessoas precisam saber interpretar os “alertas, avisos e notificações”, para iniciar a etapa da Recuperação em curto prazo.
As medidas de preparação são eficazes quando as lideranças unem esforços para educar as pessoas a tomarem atitudes que contribuem para a redução dos riscos aos familiares.
O JGE reitera que a etapa da Recuperação é otimizada na medida em que as pessoas estão conscientes e motivadas a manter uma cultura de prevenção e de prontidão. Nesse sentido, o Plano de Educação Pública deve priorizar as informações sobre os perigos, os riscos e as competências, especialmente ao educar os vulneráveis. É importante observar que as pessoas mais susceptíveis são exatamente aquelas com limitações nas habilidades e treino para cuidarem de si e, de prescindirem da ajuda das pessoas treinadas.
LIDERANÇA EXPERIENTE
Alguns líderes têm mais experiência do que outros em lidar com desastres; em última análise, porém, este é um domínio do saber que todos os responsáveis empresariais ou comunitários devem necessariamente aprimorar suas competências. Qualquer organização ou município, mais cedo ou mais tarde, pode ser impactado por eventos de quaisquer magnitudes, seja por falta temporária de energia ou por uma ameaça de bomba, ou por episódio de grande impacto - são muitos, e não só climáticos.
O episódio da COVID-19 provocou súbitas alterações sociais ao redor do mundo.
Os efeitos danosos da pandemia atingiram as organizações que, para garantir a segurança dos seus clientes e funcionários, optaram pelo trabalho Home-Office, adotaram novas ferramentas de telecomunicação, desenvolveram novos hábitos de higiene pessoal e de convívio social.
A imensa maioria das lideranças não tinha nenhuma previsão de meios efetivos para lidar com os efeitos do corona vírus, mas algumas organizações tinham já algum tipo de planejamento estratégico para lidar com emergências e desastres e, com isso, ficaram posicionadas a um ou vários passos à frente das outras.
A gestão de emergências é uma emergência profissional - que traz novidades.
Os profissionais que se interessam em saber como lidar com eventos indesejáveis, seja por participarem em “atividades de aventura” ou por terem sido expostos a episódios inesperados, reúnem mais competências para responder a ameaças com melhor resultado do que as pessoas comuns, que em suas atividades cotidianas não têm estímulos que as motivem pensar no que fazer diante de assombros; alguns exemplos incluem líderes de turismo, aviadores, paraquedistas, mergulhadores, policiais, bombeiros e Defesa Civil.
Na realidade, toda e qualquer função, em diferentes níveis de responsabilidade, exigem a preparação: isso não é uma regra nova. Mas, para gerir emergências sob a égide da Ciência das Emergências, em sua acepção sociológica, exige habilidades que incluem se posicionar com medidas de preparação para garantir o sucesso na responsabilidade assumida.
O curso Gestão de Emergências do JGE posiciona os egressos muitos passos à frente dos demais líderes sem competir, mas pelo contrario, auxiliando a adequar as competências às novas exigências impostas pela rejeição a ameaças e pelo controle de alcançar a eficácia.
FORMAÇÃO EM GESTÃO DE EMERGÊNCIAS
Os EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, dentre outros países, já estão a formar profissionais neste domínio do saber, oferecendo programas técnicos pós-secundário, graduação e pós-graduação.
O curso JGE para gestores, oferece oportunidades reais para que os participantes adquiriram habilidades e competências essenciais e necessárias para atuar nesta profissão, abrindo possibilidades para ingressar em um campo profissional dinâmico, com perspectivas amplas de sucesso em quaisquer setores sociais: desastres atingem a todos.
A profissão de gestor de emergências tem tudo a ver com liderar uma comunidade ou uma organização, e mesmo um conglomerado. Para pessoas apaixonadas por áreas inusitadas, a gestão de emergências se apresenta como instância para solucionar desafios que já estão aí, sejam eles climáticos, antropogênicos ou a combinação deles.
O programa de curso on-line JGE proporciona os elementos para os alunos darem um salto decisivo em direção a uma carreira significativa e que está apenas começando, como um dia todas as demais começaram.
Comments